Lição 1, Escatologia, o Estudo das Últimas
Coisas
1º trimestre de 2016 - O Final de Todas as
Coisas - Esperança e Glória Para os Salvos
Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato
de Lima
Complementos,
ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
"Sabe, porém,
isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos." (2 Tm 3.1)
VERDADE PRÁTICA
O estudo da
Escatologia bíblica traz ao coração dos salvos a esperança de um dia estarem
para sempre com o Senhor JESUS CRISTO.
LEITURA DIÁRIASegunda - Mt 24.3 A preocupação dos discípulos de JESUS a respeito da sua segunda vindaTerça - Lc 12.40 O Filho do Homem virá a qualquer momentoQuarta - At 1.7 Não se pode especular quanto à segunda vinda do Filho de DEUSQuinta - 2 Pe 3.8 O tempo de DEUS não é o nosso tempo Sexta - Mt 24.36 Só DEUS sabe o tempo da vinda de JESUS e o fim do mundoSábado - Mt 24.23-25 Antes da vinda de JESUS surgirão falsos cristos e falsos profetas LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 24.4, 5, 11-13; 1 Tessalonicenses 1.10Mt 24.4 - E JESUS, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane, 5 - porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o CRISTO; e enganarão a muitos.11 - E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 12 - E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. 13 - Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.1 Ts 1.10 - e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, JESUS, que nos livra da ira futura. OBJETIVO GERALExplicar o real significado da Escatologia Bíblica. OBJETIVOS ESPECÍFICOSDefinir a Escatologia;Mostrar a preocupação do homem com os fins dos tempos;Explicar algumas das diferentes interpretações escatológicas. INTERAGINDO COM O PROFESSORPrezado professor, neste primeiro trimestre do ano estudaremos a respeito das últimas coisas, pois em breve JESUS virá! Muitos já não creem na Segunda Vinda de CRISTO, por isso, desprezam as profecias bíblicas. Todavia, JESUS virá como um ladrão, na hora que ninguém espera. Este glorioso dia não nos pegará de surpresa, pois somos do Senhor e aguardamos a sua vinda a qualquer momento. O comentarista do trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima - autor de diversos livros, líder da Assembleia de DEUS em Parnamirim, RN.Que o estudo de cada lição possa trazer esperança ao seu coração, pois breve Ele virá e estaremos para todo o sempre em sua presença. PONTO CENTRALO estudo da Escatologia Bíblica traz esperança para os salvos em JESUS CRISTO. Resumo da Lição 1, Escatologia, o Estudo das Últimas Coisas I - O ESTUDO DA ESCATOLOGIA1. Definição.2. A escatologia e a volta de JESUS. II - A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS1. Os discípulos de JESUS.2. As previsões falsas sobre o futuro.3. Falsos profetas. III - INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICASExistem diferentes interpretações escatológicas a respeito do fim. Não podemos estudar todas em uma única lição, porém estudaremos algumas:1. Futurista. subdivide-se em:
a) Pré-tribulacionista.
b) Pré-milenista.
c) Midi-tribulacionistas.
d) Pós-tribulacionistas.2. Histórica.3. Preterista.4. Simbolista. SÍNTESE DO TÓPICO I - A Escatologia Bíblica tem como objetivo estudar os assuntos relacionados às últimas coisas.SÍNTESE DO TÓPICO II - Os discípulos de JESUS sempre se preocuparam com os fins dos tempos.SÍNTESE DO TÓPICO III - Existem várias interpretações escatológicas a respeito do fim. PARA REFLETIR - A respeito da Escatologia Bíblica, responda: Defina "escatologia".A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, "último", e logos, "estudo", "mensagem", "palavra". O termo grego cognato é éschata, que significa "últimas coisas". Daí vem à expressão "estudo", ou "doutrina" das "últimas coisas". Quais os temas estudados pela escatologia?Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.
Quando se dará a volta de CRISTO?A qualquer momento CRISTO poderá voltar. Cite três interpretações escatológicas a respeito do fim.Pré-tribulacionista, Pré-milenista, Midi-tribulacionistas.O que a corrente Preterista entende a respeito do Apocalipse?Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C.. CONSULTERevista Ensinador Cristão - CPAD, nº 65, p. 36.Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. SUGESTÃO DE LEITURAEscatologia, doutrina das Últimas Coisas, Erros escatológicos que os Pregadores devem evitar e Hermenêutica Fácil e descomplicada. Comentários de vários autores com alguma modificações do EV. Luiz HenriquePontos difíceis e polêmicosMas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. João 16:13 Nosso credo - Igreja Evangélica Assembleia de DEUS11 - (1Ts 4.16. 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14)Cremos na Segunda Vinda premilenial de CRISTO, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos.12 -(2Co 5.10)Cremos que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de CRISTO, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de CRISTO na terra.13 - (Ap 20.11-15)Cremos no juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.14 - (Mt 25.46)Cremos na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis. Haverá ação do ESPÍRITO SANTO durante a grande Tribulação e durante o milênio?O ESPÍRITO SANTO estará atuando nas duas testemunhas e nos 144 mil pregadores, eles todos vão fazer sinais e prodígios além de pregar o evangelho do reino de DEUS.Durante o milênio o ESPÍRITO SANTO será derramado sem medida - Joel 2.27-29 E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado.E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito Joel 2:27-29 Quem serão as duas testemunhas que farão proezas durante a Grande Tribulação?Estudando sobre as duas testemunhas chegamos a uma conclusão mais provável: Serão Moisés e Elias.Moisés é representante da lei e o maior desejo que ele tinha era entrar na terra prometida, entrou depois de morto mas entrou e voltará novamente.Elias é representante dos profetas e o maior desejo dele era ver Israel sem idolatria, ainda terá chance de ver seu povo deixar sua última idolatria, o anticristo.As pessoas mais representativas são Moisés representando a lei e Elias representando os profetas, tanto a lei como os profetas previram a vinda de JESUS e seu ministério.A bíblia se resume na lei e nos profetas.Ap 11.6 Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem. - Claramente identifica Elias e Moisés. Elias - 3 anos e meio sem chuva e Moisés - águas transformadas em sangue e pragas. Haverá salvação para gentios e desviados do evangelho durante a Grande Tribulação?Claro que vai haver conversões aos montes na grande tribulação. DEUS é tremendo. Esse amor nos constrange.As pessoas que estão desviadas não precisam de mais nada a não ser mais uma chance. Deus em sua infinita misericórdia dará essa chance para elas. DEUS é amor (Esses fazem parte da “Força-os a entrarem" E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha. Lucas 14:23).Lembre-se de que - Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:15Os pregadores serão as duas testemunhas e os 144 mil pregadores.Apocalipse 11:3-6 E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra. E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem.Apocalipse 7:13,14 E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Estudo importantíssimo para o trimestre - Setenta semanas de Daniel
Crucificação de JESUS CRISTO (FINAL DA 69a Semana)
A Escatologia no Novo Testamento.
O LIVRO DE APOCALIPSE
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ESBOÇO
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AUTOR
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TEMA
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DATA
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PROPÓSITO
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Prólogo (1.1-8)
I. 1.9 - 3.22 -* 0 Senhor Clorifícado e Suas
Igrejas.
II. 4.1 - 11.19-.0 Digno Cordeiro e Seus Feitos
no Desfecho da História.
III. 12.1 -22.5-* DEUS Pai e CRISTO, no Grande
Conflito com Sataná5.
Epílogo (22.6-21)
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João, o apóstolo.
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A Consumação do Conflito dos séculos.
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Cerca de 9096 d.C.
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Há um tríplice propósito no livro: (1) Revelar
os desvios doutrinários das igrejas da Ásia. (2) Fortalecer a fé e a firmeza
na fidelidade a CRISTO. (3) Dar aos crentes uma perspectiva divina na
revelação do desfecho da história humana.
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ARREBATAMENTO E SEGUNDA VINDA
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ARREBATAMENTO
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SEGUNDA VINDA
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Será em segredo (Mt 24.36)
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Será pública (Ap 1.7)
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CRISTO vem para a Igreja (1 Ts 4.17)
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CRISTO vem com a Igreja (Judas 14)
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Antes da Grande Tribulação (Ap 3.10)
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Após a Grande Tribulação (Mt 24.29-30)
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JESUS vem nos ares (1 Ts 4.17)
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JESUS pisa no Monte das Oliveiras (Zc 14.4)
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Os santos o verão (1 Ts 4.17)
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Todo olho verá (Ap 1.7)
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Tempo de Alegria (I Jo 3.2 Ap 1.6)
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Tempo de Lamentação (Mt 24.30 Sf 1.17)
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Incrédulos deixados (Mt 24.40)
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Incrédulos destruídos (Mt 25. 41-46 Sf 1.17)
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Em todo o Planeta
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Fisicamente em Israel
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O Glorioso Aparecimento de CRISTO do Céu para
Julgar e Guerrear
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CRISTO voltará com os crentes e com seus
anjos
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2 Ts 1.7-10; Jd 14, 15; Ap 19.14
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CRISTO reunirá os santos da tribulação
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Mt 24.31; 25.31-40; Mc 13.27; Ap 20.4
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Os incrédulos não estarão preparados para isso
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Mt 24.38,39,43
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CRISTO separará os homens na terra
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Mt 13.40,41, 47-50; 25.31-46
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As nações ficarão enfurecidas diante desse evento
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Ap 11.18
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Os santos se regozijarão diante desse evento
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Ap 19.1-8
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CRISTO julgará e destruirá os ímpios, inclusive o
Anticristo, e Satanás será aprisionado por mil anos
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Is
13.6-12;Ez 20.34-38; Mt 13.41-50; 24.30; 25.41-46;Lc 19.11-17;1Ts 5.1-11;
2Ts 2.7-10,12;Ap 6.6,17; 11.18; 17.14; 18.1-24; 19.11-20.3 |
Os santos da tribulação receberão galardões
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Mt
5.11,12; 1Co 3.12-14; 9.25-27; Gl 6.9,10; 2Tm 4.8; Ap 20.4
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Os santos da tribulação compartilharão da glória
de CRISTO e do seu Reino
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Mt 25.31-40; Rm 8.29; 2Ts 2.13,14; Ap 20.4
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A SEGUIR
VEM AS BODAS DO CORDEIRO
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O REI
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É o
próprio JESUS
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PARTICIPANTES
DA FESTA
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JESUS, a
Igreja, os Anjos e os Santos do AT
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A FESTA
NUPCIAL
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Os
benefícios e as delícias do reino messiânico
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TRAJE
EXIGIDO
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Vestes
santas de pureza e justiça de DEUS
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OCASIÃO
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Após o
Arrebatamento e o Tribunal de CRISTO
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A VIDA GLORIOSA NA DITOSA CIDADE
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REFERÊNCIA
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Será de Comunhão com CRISTO
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Ap 21.22; 1Jo 3.2
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Será de Plena Santidade
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Ap 21.27
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Será de Glória Inaudita
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Ap 21.11
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Será de Riquezas Imensuráveis
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Ap 21.11,18-21
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Será de Completo Conhecimento de DEUS
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Ap 21.14; 22.4
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Será de Infinita Adoração
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Ap 22.3
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Será de Contemplação da Face Divina
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Ap 22.4
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Será de Incomensurável Governo
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Ap 22.5
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236 Silva, Severino Pedro da SIL e Escatologia, doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro, CPAD, 1988. 1 v. 1. Escatologia. 2. O Anticristo. I. Título.
O que Significa Escatologia?
1. Definição־ do termo
O termo “ escatologia” e seus cognatos
correspondem à “doutrina das últimas coisas” . Escaton (que
vem por último) designa a doutrina que diz respeito ao fim do mundo presente e
ao mundo vindouro. Desde que CRISTO irrompeu e com Ele o Reino de DEUS, o
domínio da escatologia já está presente misteriosamente entre nós, com o seu
peso de promessas e, simultaneamente, seu atual julgamento.(1)
2. Definição do argumento
Existem em o Novo Testamento alguns termos
técnicos que designam o domínio presente, atual e futuro, ao mesmo tempo, da
escatologia na vida da Igreja e na vida do mundo. Estes termos, segundo se diz,
focalizam com exclusividade este tempo futuro. Vejamos:
a) “E nos últimos dias acontecerá, diz
DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne...” (J1 2.28 e ss; At
2.17 e ss).
b) “Mas o ESPÍRITO expressamente diz que
nos últimos dias apostatarão alguns da fé...” (1 Tm 4.1a).
c) “Sabe, porém, isto: que nos últimos
dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1).
d) “Havendo DEUS antigamente falado muitas
vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes
últimos dias pelo Filho” (Hb 1.1).
e) “Sabendo primeiro isto: que nos últimos
dias virão escarnecedores...” (2 Pd 3.3a), etc.
Portanto, a expressão “ os últimos dias” e
seu equivalente apontam para: a descida do ESPÍRITO SANTO em sua plenitude (J1
2.28; At 2.17 e ss); para a época do Evangelho de CRISTO (Hb 1.1) e,
concomitantemente, para os últimos dias maus (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1; 2 Pd 3.3).
3. A vinda de JESUS
A vinda do Senhor JESUS tem uma tríplice
relação: à Igreja (para o arrebatamento), a Israel (para seu preparo em receber
o Messias sete anos depois) e, às Nações.
(para o Milênio). A tríplice divisão natural
é depreendida de (1 Tessalonicenses 4.16) que expressa o significado do
argumento quando diz: “ ...o alarido” (à Igreja); “ ...a voz do arcanjo” (a
Israel); “ ...a trombeta de DEUS” (às Nações).
a) Em relação à Igreja. Para
com a Igreja, a descida do Senhor aos ares para ressuscitar os que dormem e
transformar os crentes vivos é apresentada como constante expectação e
esperança (1 Co 15.51,52; F1 3.20; 1 Ts 4.14-17; 1 Tm 6.14; Tt 2,13; Ap 22.20).
b) Para Israel. Para o
povo escolhido, a vinda do Senhor é predicada para cumprir as profecias que
dizem respeito ao seu ressurgimento nacional, a sua conversão, e
estabelecimento em paz e poder sob o Pacto Davídico (Am 9.11,12; At 15.14-17).
c) Para as Nações. No
caso das Nações, a Volta do Senhor é predicada para consumar a destruição do
presente sistema político universal (Dn 2.44,45; Ap 19.11 e ss). Sendo, porém,
que os dois últimos acontecimentos relacionados com Israel e as Nações só terão
lugar sete anos depois do arrebatamento da Igreja por JESUS CRISTO.
4. O desenvolvimento do argumento
A volta do Senhor, no que diz respeito à sua
primeira vinda (ou fase), se destinará apenas à sua Igreja, e é chamada de
“encontro” em (1 Tessalonicenses 4.17). A palavra “ arrebatamento” não se
encontra, graficamente falando, nas passagens que descrevem o momento do
arrebatamento da Igreja, mas a ideia do termo está na frase inserida. Isto é,
no contexto que diz: “...seremos arrebatados” (1 Ts 4.17). A presente expressão
obedece à seguinte sentença: “ tirar” , “ arrancar” , “ levar” , “ afastar” , “
tirar por força ou por violência” , “ impelir” , “ suprimir” , “ elidir” ,
etc.( ) Todas estas expressões designam, fundamentalmente, o traslado de uma
coisa de um lado para outro ou de uma dimensão inferior para uma outra
superior. Encontramos em o Novo Testamento cinco termos técnicos na língua
grega que descrevem a manifestação de CRISTO em suas duas fases futuras:
Arrebatamento e Parousia e cada uma delas exemplificadas com passagens
bíblicas:
a) Optomai (aparecer). ”Assim
também CRISTO, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28).
b) Ercomai (vir). ”E, se
eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo,
para que onde eu estiver estejai vós também” (Jo 14.3).
c) Epphanos (aparição). ”Que
guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até a aparição de nosso Senhor
JESUS CRISTO” (1 Tm 6.14).
d) Apokalypsis (revelação,
desvendamento). “ De maneira que nenhum dom vos falta,
esperando a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Co 1.7).
e) Parousia (presença ou vinda). “ E
então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca,
e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2 Ts 2.8).
Aqui estudamos a ocasião da parousia de
CRISTO.(4) Será no fim da Grande Tribulação, e, efetivamente, terminará esse
período de aflição. O aparecimento do Rei será acompanhado de certos sinais que
não deixarão ninguém em dúvida sobre o que vai acontecer (Mt 24.29). Isto
significa que a volta do Senhor, portanto, terá efeitos opostos e resultados
positivos (para os santos) e negativos (para os incrédulos). Os efeitos serão
sentidos sobre: amigos (Mt 24.31) e inimigos (Mt 24.30); tristeza e alegria,
gemidos e adoração, medo e delicias. Ele não virá como veio da primeira vez, em
fraqueza (a fraqueza de DEUS) e humildade, mas na glória e poder (Ap 1.7;
19.11-21).
5. O "encontro “
Em 1 Tessalonicenses 4.17, a palavra “
arrebatamento” tem o mesmo sentido no grego que “ nosso encontro” , em Atos
28.15 onde lemos: “ ...ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à
praça de Ápio e às três Vendas. E Paulo vendo-os deu graças a DEUS, e tomou
ânimo . A palavra “ encontro” , neste sentido, significa portanto literalmente
“ sair” a fim de voltar com “ alguém” . Somente duas passagens focalizam essas
palavras com tal sentido, a saber: no trecho de Gênesis 24.63-67 e Mateus
25.1,6. Na passagem de Gênesis descreve-se o encontro de Rebeca com Isaque e na
passagem de Mateus ilustra o encontro da Igreja com CRISTO.
a) Para Israel. A
volta do Senhor no que diz respeito à sua segunda fase (Parousia) se destinará
especificamente a Israel, mas as Nações, de um certo modo, estão envolvidas no
acontecimento. Prenunciando a volta do Senhor nos ares, Israel é representado
na figueira que brota. “ Aprendei pois esta parábola da figueira: Quando já os
seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão”
(Mt 24.32). As parábolas foram métodos de ensino muito usados por JESUS. As
parábolas são estórias que transmitem instrução, comunicando geralmente um
ponto importante.( ) O ponto enfatizado na parábola da figueira contada por
JESUS tem como objetivo ensinar-nos a identificar um "período de tempo
geral” . Quando as folhas da figueira começam a brotar, sabemos que o verão se
aproxima. Ainda hoje em Israel a natureza da figueira continua a mesma.
Tão-somente quando as árvores ali brotam, anunciam a vinda da primavera, assim
estes sinais (disse JESUS) anunciarão a Volta do Rei em glória.
b) A figueira nesta passagem e em outras do
mesmo gênero é Israel (Lc 13.6-9). “ A nação
judaica é comparada a três árvores nas Escrituras Sagradas: À vinha (Is 5.1-7),
este foi o conceito de Isaías e de outros profetas do Antigo Testamento. A
oliveira (Rm 11.17 e ss), este foi o conceito de Paulo por amor de seu
argumento. E à figueira (Mc 13.28), este foi o conceito de JESUS em relação a
Israel. Antigamente a nação era como uma “ vinha frutífera” , depois uma “
figueira estéril” , e mais tarde na Vinda do grande Rei uma “ oliveira
florescente” . O Senhor JESUS já no entardecer de seu ministério terreno
exorta-nos a observar os acontecimentos por virem na vida de Israel e depois
acrescenta: “ Olhai para a figueira, e para todas as árvores” (Lc 21.29).(6)
Ora, a partir do ano 70 d. C., a figueira secou-se de acordo com as palavras
proféticas de JESUS (Lc 13.8,9), e durante quase dois mil anos que se seguiram,
a nação israelita se transformou profeticamente falando num “ montão de ossos
secos” (cf. Ez 37.1,2,11). Esses “ ossos” como diz o profeta do Senhor, seriam
espalhados na face de um grande vale (o mundo), e ali seriam absorvidos pelas
sepulturas (as nações). (Cf 37.12). Mas apesar de tudo, a promessa de DEUS é de
restauração e, em 14 de maio de 1948, a figueira começa então a “ brotar” , e
as sepulturas (as nações) devolvem a Israel não só seus filhos, mas também sua
Terra e, de lá para cá, o grande progresso na vida deste povo são os brotos,
preditos por nosso Senhor quando falou sobre o futuro (Mt 24.33).
c) Mas segundo os ensinos de JESUS, não só a
figueira (Israel) seria alvo das profecias, mas
todas as árvores havia também de “brotar” Lc 21.29). As Escrituras são
proféticas e se combinam entre si em cada detalhe! Todas as nações que margeiam
Israel vêm de uma maneira ou de outra, sentindo certo progresso. Isto prenuncia
a Vinda do Senhor, que continua dizendo: “ Não passará esta geração...”
6. A posição de CRISTO
No plano mais amplo de Seu ministério
mediatorial, CRISTO está agora assentado no Céu “ aguardando” . O grego
êkõêxouai transmite o significado de alguém esperando o recebimento de alguma
coisa vinda de outro. Isto mostra CRISTO agora na atitude de alguém que está
esperando; encontra-se revelado em Hb 10.12,13. Ele está entronizado e
pacientemente aguarda: o tempo certo e a ordem do Pai. Mas enquanto isso não
acontece, Ele está exercendo sua tríplice função: Primeiro, como concessor de
dons (Ef 4.7-16), e o diretor do seu exercício (1 Co 12.4-11), e conforme
tipificado pelos sacerdotes do Antigo Testamento que consagravam os filhos de
Levi (Êx 29.1-9), CRISTO está incessantemente ativo no Céu. Em relação a isto,
todo o campo de serviço fica adequadamente apresentado e a que deve ser notada
está entre a atividade universal tríplice do crente como sacerdote e o seu
exercício diário. Segundo, como intercessor, CRISTO continua o seu ministério
no Céu, o qual começou aqui na terra (Jo 17.1-26; Rm 8.34). Este empreendimento
estende-se ao seu cuidado pastoral daqueles que Ele salvou. Ele vive para
sempre para fazer intercessão por eles, e por causa disto Ele pode salvá-los
quando se aproximam de DEUS através dele (Hb 7.25). Ele não ora pelo mundo,
ora, porém, por aqueles que o Pai lhe deu (Jo 17.9). A intercessão de CRISTO
relaciona-se com a fraqueza, imaturidade e limitações daqueles por quem Ele
ora. Sua intercessão garante nossa segurança para sempre (Lc 22.31,32).
Terceiro, como advogado, e como aquele que nos representa agora no Céu (Hb
9.24), CRISTO lida com o pecado atual do cristão. Ele é a propiciação pelos
nossos pecados (1 Jo 2.2). Quando acontece um pecado na sua vida, o cristão tem
um advogado junto ao Pai. Um advogado é aquele que defende a causa de outra pessoa
nos tribunais, e há motivos abundantes para CRISTO advogar em benefício
daqueles que tão constantemente necessitam de sua ajuda. (7)
7. O retorno de CRISTO exemplificado
Encontramos no Antigo Testamento,
especialmente no livro de Levítico 23, o ritual de cada festa estabelecida por
DEUS e observada pelo povo de Israel na Terra Santa. Cada festa destas, de
acordo com sua significação especial, aponta para um tempo futuro.(8)
a) A Páscoa (Lv 23.4). A
primeira delas era a Páscoa do Senhor. Era celebrada “ no mês primeiro, aos 14
dias do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor” . Esta festa é comemorável, e
recorda a Redenção, feita por um grande Redentor. Em figura ela significa “
...CRISTO, nossa páscoa..., sacrificado por nós” (1 Co 5.7).
b) Os Asmos do Senhor (Lv 23.6). Esta
era a segunda festa deste calendário. Esta simboliza comunhão com CRISTO, e pão
sem fermento, na plena bem-aventurança de sua redenção, e ensina um andar
santo. A ordem divina aqui é linda: primeiro, redenção, depois um viver santo (1
Co 5.6-8 etc...).
c) As Primícias (Lv 23.10). A
festa das primícias era uma figura da ressurreição, primeiro. CRISTO, depois os
que são de CRISTO na sua vinda (1 Co 15.23; 1 Ts 4.14-16 etc...).
d) O Pentecoste (Lv 23.15-22). Esta
festa, que é a quarta do calendário, era chamada de “ pentecoste” . Segundo a
interpretação dada pelo doutor C.I. Scofield, ela simbolizava a descida do
ESPÍRITO para a Igreja, conforme aconteceu no Cenáculo em que os discípulos
oravam no dia de Pentecoste (At 2.1 e ss). “ Desde seu início até o fim, esta
festa é o antítipo da descida do ESPÍRITO SANTO para formar a Igreja do Senhor.
Por isso o fermento está presente (Lv 23.17), porque infelizmente, mesmo em
contrário à vontade divina, o mal existe na Igreja (Mt 13.33; At 5.1 e ss; Ap
2.1 e ss).
Notemos que agora fala-se de pães, e não de
um “ molho” (feixe) de espigas soltas. Importa numa verdadeira união de
partículas, formando um “ corpo homogêneo” . A descida do ESPÍRITO SANTO no
Pentecoste uniu os discípulos em um só organismo (1 Co 10.16,17; 12.13,20). Os
pães movidos eram oferecidos “ cinquenta dias depois que se tinha oferecido o
molho da oferta movida” (Lv 23.15). Isto é precisamente o período entre a
ressurreição de CRISTO e a formação da Igreja no Pentecoste, pelo batismo no
ESPÍRITO SANTO (At 2.1-4), com o “ molho” não havia fermento, porque em CRISTO
não existe mal. e. A das Trombetas (Lv 23.23-25). A quinta festa era chamada a “...das
trombetas” . Chegamos aqui, ao tempo do fim, porque esta festa tem um valor
completamente profético e se refere à futura restauração no sentido total da
nação israelita Note que existe um longo período entre o Pentecoste e a festa
das Trombetas. correspondendo ao período entre o Pentecoste e a introdução do
Milênio. Este período, segundo se depreende, corresponde ao longo período do
trabalho pentecostal do ESPÍRITO SANTO sobre a Igreja aqui na terra, na atual
dispensação (cf. Is 18.3; 27.13; 58.1 e ss; J1 2.1 e ss; 3.21 etc...). Devemos
observar que, em relação à festa das Trombetas, algo especial a acompanha, que
é um testemunho referente ao ajuntamento e arrependimento de Israel depois de
terminar o período pentecostal, que é o da Igreja. Esta festa é seguida
imediatamente pelo dia da Expiação. Simbolicamente falando, a festa das Trombetas
fala do ajuntamento de Israel; profeticamente, porém, fala do arrebatamento da
Igreja (“ ···A Grande Colheita” ), e logo a seguir, vem a penúltima festa. f. A
festa da Expiação (Lv 23.26-32). Segundo os rabinos, o dia da Expiação é o
mesmo descrito em Levítico 16.29-34, mas aqui a ênfase está sobre a tristeza e
arrependimento de Israel. Em outras palavras, seu valor profético é saliente, e
isto antecipa o arrependimento de Israel, depois do seu julgamento, quando de
Sião vier o Libertador, e expiar a iniquidade de seu povo (Is 9.14; Rm 11.26).
g. A festa dos Tabernáculos (Lv 23.34 e ss). A festa dos Tabernáculos simboliza
o estabelecimento do reino milenial ser outra vez um memorial; e, desta vez,
não será só para Israel mas para todas as nações durante o Reino Milenar de
CRISTO (Ez cap. 40 a 48; Zc 14.16-21). Esta festa era memorial para Israel como
a Santa Ceia do Senhor é para sua Igreja: “ Fazei isto em memória de mim” .(9)
8. Para os primeiros cristãos
Para os cristãos da Igreja Primitiva a maior
e mais sublime expectação era o retorno de CRISTO para seus Santos. Eles não se
conformavam ausentes da “ presença do Senhor” e ardentemente almejavam por ela.
Paulo, por exemplo, conserva em si uma expectação imediata da presença de
CRISTO em sua vida. Ouça o que Paulo diz: “ Mas, se o viver na carne (no corpo)
me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. - Mas de ambos
os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com CRISTO, porque
isto é ainda muito melhor” (F1 1.22,23). Nesta sua expectativa, Paulo deseja
estar com CRISTO de qualquer maneira: tanto “ partir” como esperar na “carne” o
retorno de CRISTO. Esse deve ser, portanto, o sentido de “ viver na carne” para
Paulo (F11.22). E, evidentemente, ele é inspirado a fazer esta oração
aramaiquizada, que é: “ MARANATA!” (1 Co 16.22). Tal locução proverbial, como
produto da cristologia do Filho de DEUS na comunidade primitiva, encontra seu
correspondente em Apocalipse 22.20: “Amém. VemT Senhor JESUS!” No mais, a
expectativa imediata do retorno de CRISTO para os seus santos está ancorada
numa palavra falada por JESUS e escrita por Paulo, em 1 Tessalonicenses 4.15:
“Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós (ele atualiza), os que
ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem". E
na seção seguinte ele exclama: “ Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS...”
Na passagem de Romanos 16.20, encontramos a
ardente expectação de Paulo pelo retorno de CRISTO, quando diz: “E o DEUS de
paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés...” Esta ansiedade de
Paulo e dos demais cristãos no primeiro século vem à tona em vários elementos
doutrinários, tais como:
a) Em 1 Coríntios 7.29,
lemos: “ Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia-, o que resta é
que também os que têm mulheres sejam como se as não tivessem” .
b) Em 1 Coríntios 10.11, Paulo
diz: “ Ora tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estas estão escritas para
aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” . Em outras
formulações referentes à expectativa imediata dos escritores do Novo Testamento
quanto ao retorno de CRISTO, são os verbos e advérbios que deixam bem claro a
urgência para tal acontecimento! Veja:
1) “ E isto digo, conhecendo o tempo, que é
já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação (plena redenção do
corpo) está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Rm 13.11).
2) “ Seja a vossa equidade notória a todos os
homens. Perto está o Senhor!” (F1 4.5).
3) “ Sede vós também pacientes, fortalecei os
vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.8).
4) “ O Senhor não retarda a sua promessa (da
sua vinda), ainda que alguns a têm por tardia...” (2 Pd 3.9a, etc...).
9. O conceito errôneo
Para muitos a segunda vinda de CRISTO a este
mundo é apenas um processo de acontecimentos. Para outros, porém, isso
significa um estado de morte. Mas, segundo se depreende, não é uma coisa nem
outra. Razão porque a morte é a penalidade imposta pelo pecado, mas o retorno
de CRISTO livra do pecado e da penalidade (Rm 6.23). “ Os pensamentos e as
experiências relativas à morte são dolorosos; os pensamentos relativos à vinda
de CRISTO nos são muito caros (Jo 11.31; Tt 2.13). No primeiro caso, olhamos
para baixo e choramos; no segundo, para cima e nos regozijamos (Jo 11.35; F1
2.16).
No primeiro caso (a morte), o corpo é semeado
em corrupção e desonra; no segundo caso será ressuscitado em incorrupção e
glória (1 Co 15.42,43; 1 Ts 4.16,17). No primeiro caso, somos despidos; no
outro, revestidos (2 Co 5.4). No primeiro caso, há triste separação entre
amigos; no outro, alegre reunião (Ez 24.16; 1 Ts 4.16 e ss). Na morte entramos
no descanso, mas na vinda de CRISTO seremos coroados (1 Ts 4.13; Ap 14.13). A
morte vem como nosso grande inimigo; CRISTO, como nosso grande amigo (Pv 14.27;
1 Co 15.26). A morte é 0 rei dos terrores (Jó 18.14); CRISTO é o Rei da glória
(SI 24.7). Satanás tem o poder da morte; CRISTO é o príncipe da vida (At 3.15;
Hb 2.14). Por ocasião da morte partimos para estar com CRISTO; por ocasião da
sua vinda Ele virá até nós (Jo 14.3; F11.23). JESUS faz distinção entre a sua
vinda e a morte do crente. CRISTO e os apóstolos nunca ordenaram aos santos que
aguardassem a morte, mas, repetidamente, exortaram-nos a esperar a vinda do
Senhor (1 Co 15.51,52).
a) A “ Nova Teologia” ensina que JESUS CRISTO
nunca voltará a este mundo em forma literal para os seus santos: que
CRISTO está retornando tão rapidamente quanto lhe é possível entrar neste mundo;
que Ele veio no Pentecoste, na presença do ESPÍRITO SANTO; que Ele veio por
ocasião da destruição de Jerusalém, no julgamento contra aquela cidade, e que
Ele vem por ocasião da morte das pessoas, como já falamos acima. Com efeito, a
vinda de CRISTO não deve ser identificada com a destruição de Jerusalém, em 70
d. C., conforme a interpretação de alguns. O julgamento de DEUS contra
Jerusalém não é o acontecimento referido na maioria das passagens em que a
segunda vinda de CRISTO é mencionada. Isto. por vários motivos:
Primeiro, por
ocasião da destruição de Jerusalém, aqueles que dormiam em JESUS não foram
ressuscitados.
Segundo, os
crentes vivos não foram arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, nem seus
corpos foram transformados.
Terceiro, anos
depois dessa ocorrência, encontramos João ainda aguardando a vinda do Senhor
(Ap 22.20).
No primeiro caso (a morte), o corpo é semeado
em corrupção e desonra; no segundo caso será ressuscitado em incorrupção e
glória (1 Co 15.42,43; 1 Ts 4.16,17).
No primeiro caso, somos despidos; no outro,
revestidos (2 Co 5.4). No primeiro caso, há triste separação entre amigos; no
outro, alegre reunião (Ez 24.16; 1 Ts 4.16 e ss). Na morte entramos no
descanso, mas na vinda de CRISTO seremos coroados (1 Ts 4.13; Ap 14.13). A morte
vem como nosso grande inimigo; CRISTO, como nosso grande amigo (Pv 14.27; 1 Co
15.26). A morte é o rei dos terrores (Jó 18.14); CRISTO é o Rei da glória (SI
24.7). Satanás tem o poder da morte; CRISTO é o príncipe da vida (At 3.15; Hb
2.14). Por ocasião da morte partimos para estar com CRISTO; por ocasião da sua
vinda Ele virá até nós (Jo 14.3; F11.23). JESUS faz distinção entre a sua vinda
e a morte do crente. CRISTO e os apóstolos nunca ordenaram aos santos que
aguardassem a morte, mas, repetidamente, exortaram-nos a esperar a vinda do
Senhor (1 Co 15.51,52).
a) A “ Nova Teologia” ensina que JESUS CRISTO
nunca voltará a este mundo em forma literal para os seus santos: que
CRISTO está retornando tão rapidamente quanto lhe é possível entrar neste
mundo; que Ele veio no Pentecoste, na presença do ESPÍRITO SANTO; que Ele veio
por ocasião da destruição de Jerusalém, no julgamento contra aquela cidade, e
que Ele vem por ocasião da morte das pessoas, como já falamos acima. Com
efeito, a vinda de CRISTO não deve ser identificada com a destruição de
Jerusalém, em 70 d.C., conforme a interpretação de alguns. O julgamento de DEUS
contra Jerusalém não é o acontecimento referido na maioria das passagens em que
a segunda vinda de CRISTO é mencionada. Isto. por vários motivos:
Primeiro, por
ocasião da destruição de Jerusalém, aqueles que dormiam em JESUS não foram
ressuscitados.
Segundo, os crentes
vivos não foram arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, nem seus corpos
foram transformados.
Terceiro, anos
depois dessa ocorrência, encontramos João ainda aguardando a vinda do Senhor
(Ap 22.20).
Quarto, segundo
os ensinamentos dos profetas, dos apóstolos e do próprio Senhor, um reino de
justiça e paz deve seguir-se imediatamente à volta de CRISTO. Isso. todavia.
não ocorreu, nem por ocasião nem depois da destruição de Jerusalém. Portanto,
ela ainda está por vir!
b) Outro ponto de vista da “ Nova Teologia” é
que CRISTO veio na pessoa do ESPÍRITO SANTO. Em
sentido muito real e importante, de fato, a vinda do ESPÍRITO SANTO foi uma
vinda de CRISTO para os seus (Jo 14.15-18,21-23). Essa, porém, não foi a vinda
de CRISTO referida nas passagens que afirmam que Ele voltará. Evidentemente,
sua vinda é claramente estabelecida e distinta pelo testem unho conjunto dos
profetas, de João Batista, dos anjos, dos apóstolos, e do próprio CRISTO! Dele.
disseram os anjos: "Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no
céu. há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11b).
10. O tempo de DEUS
As Escrituras deixam bem claro que, do ponto
de vista divino. DEUS jamais se atrasa. Se parece haver demora no retorno de
CRISTO, é porque devem existir boas e convenientes razões para isso. É verdade
que são já decorridos mais de 1900 anos da época em que a promessa do
arrebatamento foi feita pela própria boca do Senhor (Jo 14.3). Entretanto, os
membros da Igreja Primitiva em Tessalônica creram que CRISTO viria enquanto
estivessem vivos e foram consolados pela expectativa de se reunirem aos seus
entes queridos já falecidos. Isso porém, não contradiz, nem enfraquece a
promessa de CRISTO para seus santos, pois, todos aqueles santos sabiam que
CRISTO, como DEUS, tem a eternidade na sua mão e pode ligar o hoje do tempo,
como se fosse o amanhã da eternidade (2 Pd 3.8,9). O mundo tem passado de um a
crise a outra, mesmo quando parecia oportuno para 0 regresso de CRISTO. M as o
significativo acontecimento não ocorreu.
a) A razão divina. Por
que CRISTO ainda não cumpriu sua promessa de vir e receber seu povo para
levá-lo consigo? Do ponto de vista da profecia bíblica, tal demora não é
inesperada. Há, portanto, razão para tal. Quando CRISTO veio pela primeira vez,
era um episódio que havia sido previsto há milhares de anos. Séculos de
história haviam preparado o cenário para a primeira vinda de CRISTO à Terra. A
língua grega se desenvolvera e era de uso comum em todo o mundo ocidental. Isso
preparou o caminho para que o Novo Testamento fosse escrito em um idioma
preciso e amplamente utilizado. Paulo afirma que, quando tudo, porém, estava
pronto: “ ...DEUS enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (G1
4.4b). O Império Romano conseguira estabelecer relativa paz no Oriente Médio. A
vida e culto judaicos na Palestina estavam prontos para a vinda do Messias.
Apareceu João Batista para anunciar a vinda do Rei e conclamar a nação ao
arrependimento (Mt 3). A Paz Romana havia franqueado o comércio internacional e
as comunicações, possibilitando que os cristãos do Século I propagassem a
mensagem do Evangelho pelo Império Romano inteiro e finalmente por todo o
mundo. As profecias sobre a primeira vinda de CRISTO foram cumpridas num dia
cuidadosamente preparado por um DEUS soberano. Ele estava “ velando” sobre este
tempo (Jr 1.12). Assim também, as profecias concernentes ao retorno de CRISTO
para buscar os crentes e a sua segunda vinda (Parousia) à terra serão cumpridas
dessa forma, num perfeito sincronismo de DEUS.
b) A demora. Do
ponto de vista humano pode parecer que CRISTO esteja retardando sua vinda. Mas
em épocas passadas, o cumprimento das profecias bíblicas foi sempre precedido
por séculos de história que transformaram os acontecimentos com suprema
precisão, a fim de permitir que os fatos preditos ocorressem conforme a
promessa, perfeitos até os últimos detalhes. Todavia, há também uma razão pessoal
e afetuosa para justificar por que CRISTO ainda não voltou. Veja o que escreve
o apóstolo Pedro em sua segunda Carta (3.8,9): “ Mas, amados, não ignoreis uma
coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O
Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é
longânimo para convosco não querendo que alguns se percam, senão que todos
venham a arrepender-se.” Eis aí, portanto, a demora do retorno de CRISTO para
encontrar-se com os seus santos provém de um coração amoroso. Um DEUS
compassivo ainda está esperando que muitos ouçam o Evangelho e atendam à
mensagem crendo!
11. Sua Parousia também será necessária
Não só a vinda de CRISTO (para seus santos)
será necessária, mas também seu retorno com poder e grande glória (sete anos
depois), também já era esperado pelos primitivos cristãos. Pois, segundo o
conceito dos profetas e dos apóstolos, isso significaria a implantação de seu
governo na terra por mil anos, conforme era esperado. “ Porque convém que reine
até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés” (1 Co 15.25). E não
somente isto, mas também pelo fato de que a segunda vinda de CRISTO traria aos
judeus a solução de todos os seus problemas e o estabelecimento de seu futuro
governo sob o Pacto Davídico. Seu aparecimento trará fim também à grande guerra
do Armagedom e à onda de destruição que estará a ponto de aniquilar a terra.
Seu retorno em glória será necessário para o encerramento dos “ tempos dos
gentios” (Lc 21.24). Esta expressão, “ tempos dos gentios” ou seu equivalente,
tem na Bíblia duas aplicações:
a) Na primeira, refere-se “ à
oportunidade” que DEUS concedeu a eles para salvação. Paulo comenta
isso em Romanos 11 e Efésios 2. Paulo fala deles no seguinte tema: “ ...naquele
tempo estáveis sem CRISTO” (Ef 2.12). Refere-se ao tempo passado, antes de
CRISTO ter vindo ao mundo. Conforme este conceito, os gentios estavam sem a “
promessa messiânica” , isto é, sem as vantagens do Pacto com Israel, o que é
mencionado e comentado em Romanos 9.4,5. “ Chamados incircuncisão” (Ef 2.11);
sim, os judeus chamavam os gentios de “ incircuncisão” , por desprezo. Em
sentido geral, os gentios estavam sem a redenção que nos vem por intermédio de
CRISTO inteiramente à parte de qualquer idéia de redenção mediada pelas
promessas judaicas “ ...Mas agora” (Ef 2.13a). Diz Paulo: “ ...em CRISTO JESUS,
vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de CRISTO chegastes perto” .
Portanto, “ os tempos dos gentios” nesta primeira seção, referem-se a “ um
tempo para salvação” (Jo 1.12).
b) Na segunda, o termo refere-se “ ao domínio
gentílico” que, como sabemos, começou com
Nabucodonosor e se estenderá até o Armagedom (Dn 2.44,45; Ap 19.19-21). Durante
este período as nações gentílicas têm ditado o destino de Jerusalém e oprimido
o povo de Israel. Nosso Senhor predisse isso, em Lucas 21.24: “ ...E Jerusalém
será pisada pelos gentios, até (esse “ até” vai até o Armagedom) que os tempos
dos gentios se completem” . Temos aqui uma elaboração editorial, preparada por
Lucas, conforme CRISTO predisse sobre os eventos que sobreviriam à cidade de
Jerusalém e ao povo judeu, quando de sua destruição. A passagem, de maneira
geral, reflete tanto um conhecimento histórico como profético daqueles
acontecimentos; e isto mostra que do ano 70 d.C., até a presente era, de fato,
Jerusalém tem sido pisada por esta gente. “ Tempos dos gentios” , como já
tivemos ocasião de ver, é primeiramente usado para indicar o tempo durante o
qual os gentios terão a oportunidade de se arrependerem e de acharem a salvação.
“ ...DEUS visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome” (At
15.14b). Este tempo começou com a morte e ressurreição de nosso Senhor JESUS
CRISTO e terminará em plenitude com o arrebatamento da Igreja. Porém, como já
falamos, no sentido de domínio, refere-se ao tempo que DEUS estabeleceu para
castigar Israel como nação, o que terá características daqueles tempos (Dn
8.13,14; .12.7,11.12 etc...). Nas palavras de JESUS em Lucas 23.28,29, podemos
deduzir o que isto significa. Isto é, o que queria dizer “ Jerusalém” ser
pisada pelos gentios. Ouça: “ Porém JESUS, voltando-se para elas, disse: Filhas
de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas, e por vossos
filhos. Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem aventuradas as
estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!” Esta
passagem trata-se de uma declaração profética a respeito da destruição da
cidade de Jerusalém, pelo poderio gentílico, o que teve cumprimento no ano 70
d. C. A descrição foi tão horrorosa porque a maternidade, naqueles dias,
tomou-se uma verdadeira maldição, e não uma bênção, segundo usualmente
considerada. As mães foram forçadas a ver os seus filhos inocentes serem
brutalmente assassinados, ou mortos por inanição. (Ver notas expositivas sobre
isso, “ A fuga predita” .) Lemos nos escritos de Josefo que certas mulheres,
por causa da fome causada pela muralha com que Flávio Tito Vespasiano cercou a
cidade, chegaram a comer os seus próprios filhos, e até mesmo soldados tão endurecidos
como os militares romanos sentiam asco de ver a cena de corpos infantis meio
comidos ou meio cozinhados. Acrescenta-se a isso o fato de que a mãe com seus
filhos seria impedida de fugir da cidade. Portanto, isso significa, domínio
cruel dos gentios, até que seu tempo termine. O que só acontecerá com o retorno
de CRISTO. As profecias, tanto do Antigo como do Novo Testamento, indicam que
no retorno de CRISTO à Terra com poder e grande glória, JESUS será visto
fisicamente na Palestina (Ap 1.7). O mesmo JESUS CRISTO que nasceu de uma
virgem, que morreu na cruz, que ressuscitou e subiu ao Céu, brevemente voltará:
primeiro para os seus santos (o arrebatamento) e segundo, com os seus santos
(sua Parousia). Ele voltará em pessoa à esfera terrestre para exercer seu
governo sobre o mundo. Está perfeitamente claro que este regresso de nosso
Senhor será literal e não somente sua presença espiritual como tem sido
afirmado por alguns estudiosos da Bíblia.
12. Seu retorno em glória
Esta descrição aqui do arrebatamento e
Parousia de CRISTO faz-se necessária para que o estudioso das profecias tenha
maior clareza na cronologia profética. Os acontecimentos que se seguirão em sua
vinda pessoal a este mundo são mais ou menos estes:
a) O regresso de CRISTO será um regresso
visível e glorioso. De acordo com as Escrituras, todos
verão JESUS (Mt 24.30; 26.64; Ap 1.7). Seu primeiro toque a este mundo será no
monte das Oliveiras como está descrito pelo profeta Zacarias 14.4: “ E naquele
dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de
Jerusalém, para o oriente...” Durante esse período, a marcha do cortejo e a
rotação contínua da terra permitirão que o mundo inteiro presencie o acontecimento. O destino final do cortejo será
o centro do Oriente Médio, ao encaminhar-se para o aniquilamento dos exércitos
reunidos para a batalha do Armagedom e para a chegada definitiva de CRISTO ao
Monte Sião (SI 2).
b) Segundo as Escrituras. CRISTO
será acompanhado, em sua segunda vinda, por um imenso corpo de hostes celestiais,
descrito como os exércitos do céu (Jd v 14; Ap 19.14). Os crentes que foram
arrebatados antes da Tribula- ção, bem como aqueles que estiverem no Céu com o
Senhor conforme a promessa dele em João 14.1-4, retornarão à Terra como parte
desse vasto acompanhamento. Também os anjos se juntarão a CRISTO nesse grande
cortejo do Céu à Terra (Mt 25.31, etc).
c) O Salmo 2 descreve o retorno de CRISTO do
Céu à Terra e seguindo em direção do monte Sião. “
Sião” é mencionada por 110 vezes na Bíblia. 90 delas são em termos do grande
amor e afeição do Senhor por ela, de modo que o lugar tem grande significação.
Para mostrar a majestosa soberania de DEUS na história da humanidade, o Salmo
2, já citado nesta seção, fornece uma descrição da situação mundial na época da
segunda vinda de CRISTO: “Porque se amotinam as gentes, e os povos imaginam
coisas vãs? Os reis da terra se levantam , e os príncipes juntos se mancomunam
contra o Senhor (DEUS) e contra o seu Ungido (CRISTO)...” , (vv 1.2). Mas, esta
rebelião das nações provocará no Senhor um riso de desprezo. “Aquele que habita
nos céus se rirá; o Senhor zombará deles” (v 4). Portanto, DEUS prometeu enviar
seu Filho no tempo determinado para destruir as forças do mal e depois reinar
sobre a terra. Seu governo, como teremos ocasião de ver no 27 capítulo que
trata do Milênio, será um governo absoluto de paz e justiça jamais visto neste
mundo!
(') J . J. V. Allmen. Voc. Bibl. 1972
(־) Scofield, Dr. C. I. (Scofield Reference Bible)
( י) Peq.
Die. da Ling. Port. p. 113, 11♦ Ed. 1979
(') A. E. B. Ant. da Ült. Bat. Armag. 1981
( ) Cont. Regres. P / O Juízo Fin. 1981 (s) Scofield, Dr. C. I.
(Scofield Reference Bible)
(:) Teol. Sist. L. S. C. Vol. I. 1986 (8) Scofield, Dr. C. I. (Scofield
Reference Bible) { ) Op. Cit. C. I. Scofield
236 Silva, Severino Pedro da SIL e
Escatologia, doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro, CPAD, 1988. 1 v. 1.
Escatologia. 2. O Anticristo. I. Título.
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino
Pedro da Silva - CPAD
1. “REVELAÇÃO de JESUS CRISTO, qual
DEUS lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem
acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo”.
I. “...Revelação
de JESUS CRISTO”. O vocábulo português “revelar”, derivado do latim
“revelare”, é geralmente a tradução do termo hebraico “gãlô" e do termo
grego “apokalyptõ” (substantivo, apokalypsis), que corresponde a “gãlô” na
Septuaginta e no Novo Testamento. Os escritores clássicos traduziram a palavra
“apocalipse” por “revelação”, e esta foi vertida para o latim com tal sentido,
em razão de o verbo “revelar”, que freqüentemente é empregado nas Escrituras
ter este sentido (Pv 11.13 e Dn 2.22, 28).
1. A revelação tem dois pontos focais:
(a) os propósitos de DEUS;
(b) a pessoa de DEUS:
Por um lado, DEUS informa os homens a
respeito de Si mesmo: quem é Ele, o que tem feito, o que está fazendo, o que
fará, e o que requer os homens façam. Assim é que o Senhor tomou Noé, Abraão e
Moisés, aceitando-se em relação de confiança; informando-os sobre o que havia
planejado e qual era a participação dos mesmos nesse plano (cf. Gn 6.13-21;
12.1 e ss; 15.13-21; Êx 3. 7-22). Semelhantemente, o DEUS Todo-poderoso declarou
a Israel as leis e promessas de Sua Aliança (Êx capítulo 20 a 23; Dt 4.13 e ss;
Sl 78.5; 147.19). Ele desvendou Seus propósitos aos profetas, seus servos (Am
3.7). CRISTO disse aos discípulos durante seu ministério terreno: “...tudo
quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” (Jo 15.15b). DEUS revelou a
Paulo, o grande “...Mistério da Sua
vontade, segundo o seu beneplácito” (cf. Ef 1.9a e 3.3). No Apocalipse,
CRISTO revelou a João seu servo “...as coisas que brevemente devem acontecer”.
(Ad. b) Por um lado, quando DEUS envia a Sua
Palavra aos homens, Ele também os confronta consigo mesmo. “A Bíblia não
concebe a revelação como uma simples transmissão divinamente garantida, mas
antes, como a vinda pessoal de DEUS aos homens, para tornar-se conhecido deles
(cf. Gn 35.7; Êx 6.3; Nm 12.6-8; Gl 1.15 e ss). Esta é a lição que devemos
aprender das teofanias do Antigo Testamento (cf. Êx 3.2 e ss; 19.11-20; Ez 1;
etc), bem como do papel desempenhado pelo enigmático “anjo (mensageiro) do
Senhor”, que evidentemente é uma manifestação do próprio DEUS”. O Apocalipse
não revela apenas o princípio de formação do grande plano de DEUS na obra da
redenção, mas de um modo particular, seu desenvolvimento e consumação.
2. Seu conteúdo se compõe de: 22 capítulos,
404 versículos, 12000 palavras e 9 perguntas: (5.2;
6.10,17; 7.13; 13.4 (duas vezes); 15.4; 17.7; 18.18). “A Bíblia divide a raça
humana em três partes: quer dizer, os judeus, os gentios, e a Igreja (1 Co
10.32), e contém, uma mensagem para cada uma das três. O Antigo Testamento
trata das duas primeiras divisões. Por exemplo, o livro de Daniel trata dos
judeus e dos domínios gentílicos, sem mencionar a Igreja graficamente. O Novo,
dá a mensagem para a Igreja, e Paulo, especialmente, em todas as suas epístolas
trata dela, enquanto que temos a palavra final de DEUS para judeus, gentios e,
a Igreja, no Apocalipse. Encontramos a Igreja no princípio do livro; Israel no
meio; e as nações gentílicas no fim.
3. O livro é composto ao redor do simbolismo
do número sete. Há sete cartas para sete igrejas da
Ásia Menor (hoje, atual porção da Turquia Asiática), capítulos 1 a 3. Sete
selos num livro que se encontra na mão direita de DEUS, capítulo 5. Sete
trombetas que anunciarão estranhos castigos, capítulos 8 a 11. Sete castiças de
ouro nas mãos de JESUS, capítulo 1. Sete anjos (agentes humanos), capítulo 1.20
e ss. Sete anjos (agentes divinos), capítulos 8 a 16. Um Cordeiro com sete
pontas e sete olhos, capítulos 1.4 e 4.5. Sete trovões, capítulo 10.3. Há
também referência de um grande dragão vermelho com “sete cabeças”e “sete
diademas”, capítulo 12.3. A Besta semelhante ao leopardo tinha “sete cabeças”,
capítulo 13. No capítulo 17 do livro em foco, é-nos dito que, ela tem “sete
cabeças”. Há também “sete montes” e “sete reis”, capítulo 17.9-10. Para os
remidos do Senhor, há também “sete bem-aventuranças” (1.3; 14.13; 16.15; 19.9;
20.6; 22.7,14). Na metade final da septuagésima semana profética de Daniel
(9.27), entra em ação sete personagens principais: (a) A mulher. Ap 12.1 e ss;
(b) O dragão. Ap 12.3 e ss; (c) O menino. Ap 12.5 e ss; (d) Miguel, o Arcanjo.
Ap 12.7; (e) A descendência da mulher. Ap 12.17; (f) A Besta saindo do mar. Ap
13.1 e ss; (g) A Besta saída da terra. Ap 13.11 e ss. No capítulo 14,
encontramos “sete visões”; visões separadas em si e, sem conexão, cada uma
completa em si mesma: (vs. 1-5; vs. 6-7; vs. 9-12; v. 13; vs. 14-16; vs.
17-20). Há também sete promessas para “aquele que vencer” (2.7, 11,17,26;
3.5,12,21). Há sete cores no “arco celeste”, capítulos 4 e 10. Sete, declara o
Dr. H. Lockyer, Sr., provém de uma raiz hebraica que significa “ser completo,
satisfeito, ter suficiente”, e transmite a idéia de perfeição ou totalidade. O
papel importante que este número tem no Apocalipse é provado pelo fato de João usá-lo
não menos que 50 vezes.
4. O AUTOR. O
autor desta grande obra é o próprio DEUS. É esta (diz H. H. Halley) a primeira
declaração do livro. Do ponto de vista humano, é atribuído a João, “o filho de
Zebedeu” (Lc 5.10; Ap 1.1,4,9; 22.8). A autoria do Apocalipse a pessoa de João,
é comprovada tanto pelas provas externas como internas:
(a) Provas externas. Segundo tradição bem
estabelecida, desde a época dos País Apostólicos, e no julgamento da grande
maioria dos primitivos cristãos, o Apóstolo João, aquele que esteve reclinado
“sobre o peito” do Senhor (Jo 21.20), foi o escritor do Apocalipse. “Outro
testemunho direto a favor do Apóstolo João como autor do Apocalipse nos vem de
Irineu, que morreu em Lion, na França, perto do ano 190 de nossa era. Ele nasceu
e se criou na Ásia Menor, na esfera das sete igrejas. Foi discípulo de
Policarpo, que foi bispo duma das sete igrejas, a de Esmirna. Dentre outros do
passado, Clemente, de Alexandria, Tertuliano, de Cartago, Orígenes, de
Alexandria (223 d.C.). Hipólito, de Roma (140 d.C.). Outros que vieram depois,
conclamaram a mesma coisa: Basílio, o Grande, Atanásio, Ambrósio, Cipriano,
Agostinho e Jerônimo”. Teófilo, bispo de Antioquia (Síria ocidental), na última
metade do século II d.C., cita o Apocalipse como sendo obra do Apóstolo João, o
último sobrevivente dos companheiros de JESUS.
(b) provas internas. O próprio autor diz que
seu nome é JOÃO, descreve-se como “servo” de DEUS (1.1), e como um dos
“profetas” (22.9). Com exceção de 1 Coríntios, Apocalipse é citado com o nome
do autor antes de qualquer outro livro do Novo Testamento. Em seu Evangelho e
Epístolas, João escreve na terceira pessoa, mas no Apocalipse, menciona seu
nome cinco vezes na primeira pessoa (1.1,4,9; 21.2; 22.8). A nossa solene
convicção é de que João o escreveu! Houve trovão quando DEUS escreveu as
primeiras palavras da Bíblia (cf. Êx 19.16 e 30.18). Assim, suas últimas
palavras só podiam ser escritas por João, “o filho do trovão” (Mc 3.17 e
Ap 22.18).
5. DATA EM QUE FOI ESCRITO. Irineu
e Eusébio afirmam categoricamente que o Apocalipse foi escrito no tempo de
Domiciano. (Ver Eusébio, História Eclesiástica III, 18,3 e Irineu, adv. Haer.
V. 30.3). Esse testemunho foi aceito sem hesitação por Clemente de Alexandria,
Orígenes e Jerônimo. A data fixada por esta escola de interpretação, é o ano 96
d.C. Nesta possível data, Domiciano decretou o “culto ao imperador”, fazendo
disso uma prova de lealdade ao império. Os cristãos, provavelmente, se
recusaram a adorar o imperador como se fosse um “deus”. E as conseqüências
foram desastrosas para os santos naqueles dias. Este imperador desalmado
deportara também a João para a ilha de Patmos “por causa da Palavra de DEUS, e
pelo testemunho de JESUS CRISTO” (1.1).
6. CONCEITOS E MÉTODOS DE
INTERPRETAÇÃO. O Apocalipse tem sofrido vários pontos de
vista de interpretações, tanto no passado como no presente, sendo, porém, cinco
defendidos com mais veemência:
(a) O ponto de vista preterista. (Do
passado). Este método é praticamente oposto ao método futurístico. Os
futuristas afirmam que nada do livro (com exceção dos capítulos 1,2, e 3) se
cumpriu ainda. Os preteristas, no sentido restrito do termo, afirmam que todo o
livro foi já cumprido nos dias do império romano, no primeiro século da nossa
era, embora, talvez haja acontecimentos relacionados ao segundo século. “A
palavra “preter” é um prefixo do latim “praeter”, que significa passado ou além
de. O derivado “preterista” aqui empregado significa aquele que encara o
passado o cumprimento do Apocalipse. Pieters acha que há dois grupos de
preteristas: os da direita e os da esquerda.
(b) O ponto de vista histórico. Os
intérpretes que assumem essa posição procuram encaixar todos os acontecimentos
previstos no Apocalipse em várias épocas da história humana.
(c) O ponto de vista futurista. (O que nós
aceitamos em razão de se coadunar com o conteúdo e argumento principal do
livro). Esse ponto de vista aceita que os acontecimentos narrados nos capítulos
1,2 e 3, são de fato históricos, e tiveram seu cumprimento nas igrejas
existentes naqueles dias, no pequeno Continente da Ásia Menor (hoje, atual
porção da Turquia Asiática). Porém, no que diz respeito aos seus métodos de
aplicação, têm servido para as igrejas de todos os tempos. A partir do capítulo
4 o livro é completamente futurista, e terá o devido cumprimento durante o
período sombrio da Grande Tribulação, seguido pelo Milênio; depois virá a
Eternidade.
(d) O ponto de vista simbólico. (Ou místico).
Os eruditos dessa escola crêem que o livro do Apocalipse não é essencialmente
profético e nem histórico, mas é uma vívida coletânea de símbolos místicos, que
visam a ensinar lições espirituais e morais. São os idealistas que, somente
vêem no livro apresentações simbólicas do conflito entre o bem e o mal, e da
vitória final do bem. Esse método de interpretação é, sem dúvida rejeitado na
declaração: “As coisas que brevemente devem acontecer” (1.1).
(e) O ponto de vista eclético. (Citado pelo
Dr. Russell Norman Champrin, Ph. D.). Alguns intérpretes do Apocalipse
“misturam” todas as idéias expostas acima, de modo que nenhuma domina: as
demais. Não há dúvida de que devemos preservar “alguns elementos” (mas não
todos) de cada um desses métodos apresentados sobre o livro, em um grau ou
outro. O livro ensina-nos lições morais e místicas, aplicáveis a qualquer
época. Contudo, certamente erraremos, se não contemplarmos o livro do
Apocalipse como obra “essencialmente profética”, e da primeira ordem.
2. “O qual testificou da Palavra de DEUS, e
do testemunho de JESUS CRISTO, e de tudo o que tem visto”.
I. “...A Palavra de DEUS”. A
Palavra de DEUS à qual João se refere no presente texto, é a palavra falada e
escrita como no Monte Sinai: primeiro DEUS fala (Êx 20), depois escreve (Êx
31.18). Em uma linguagem mais acessível esta palavra “é o Evangelho de CRISTO”
(cf. Ap 1.9; 6.9; 20.4). Enquanto que o “testemunho de CRISTO” é um genitivo
subjetivo, ou seja, o testemunho dado por JESUS CRISTO em sua pureza e
santidade. A revelação é a Palavra de DEUS transmitida e testemunhada pelo
próprio CRISTO (Ap 22.16,20). Ele disse ao governador romano (Pilatos): “Tu
dizes que eu sou rei. Eu para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da
verdade. Tudo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18.37). O verbo
“testificar”está no tempo aoristo – “testificou”. Isto indica que João já havia
dado testemunho acerca do verbo de DEUS. Esse sublime testemunho da pessoa de
CRISTO, inclui também, o testemunho de sua pessoa física durante os 33 anos de
sua existência terrena.
3. “Bem-aventurado aquele que lê, e os que
ouvem as palavras desta profecia*, e guardam as coisas que nela estão escritas;
porque o tempo* está próximo”.
I. “...Bem-aventurado”. Esta
é a primeira “Bem-aventurança” das sete que este livro encerra (1.3; 14.13;
16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14). A escritora M. S. Novah, observa que nesta
primeira “Bem-aventurança” existe uma tríplice promessa do Senhor:
“Bem-aventurado aquele que lê (verbo no singular), e os que ouvem (plural) as
palavras desta profecia, e guardam (plural novamente) as coisas que nela
(singular) estão (plural) escritas; porque o tempo (do seu cumprimento) está
próximo”. Porque guardar o que está escrito? “Porque o tempo está próximo”.
Guardar não é só memorizar que se leu, é muito mais: é obedecer, é praticar.
Provavelmente, esta “Bem-aventurança”, se reserva aqueles (a Igreja toda) que
durante a Grande Tribulação, serão guardados por DEUS do sofrimento sem
precedente na história humana. (Cf. Ap 3.10), diz o que segue: “Como guardaste
a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há
de vir sobre o mundo, para tentar os que habitam na terra”.
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino
Pedro da Silva - CPAD
Lição 01 - O Fim Vem, Vem O Fim! A Doutrina
Das Últimas Coisas - 4º Trimestre De 2004 - VEM O FIM, O FIM
VEM - A Doutrina Das Últimas Coisas -
COMENTÁRIOS Pr. Claudionor Corrêa De
Andrade
A segunda
vinda de CRISTO e o juízo – 3.1-18.
Pedro
encerra sua obra com um capítulo escatológico. Após ter falado sobre dois
caminhos, dois tipos de vida, o apóstolo fala sobre a segunda vinda de CRISTO
(3.4) e, novamente, trás à tona o tema do juízo, comparado ao dilúvio dos dias
de Noé (3.7). Está em destaque a aparente demora da "parousia".
Pedro adverte que o tempo de DEUS é diferente do nosso. "Um dia para DEUS
é como mil anos e mil anos como um dia". (3.8). Sobre a segunda
vinda precisamos de duas atitudes: fé e paciência. A aparente demora de DEUS é
manifestação da sua misericórdia. Ele está dando tempo para muitos ainda se
arrependam e se convertam (3.9). Enquanto que o dilúvio foi a destruição dos
ímpios e suas obras através da água, Pedro nos diz que o fim desta nossa era se
dará por meio de um "dilúvio de fogo". O apóstolo "desenha"
um cenário "apocalíptico" iluminado pelas chamas da ira divina. O fogo
abrasará (3.10,12), destruirá (3.7) e fará derreter (3.12). Serão atingidos: os
céus (3.7,10,12), a terra (3.7,10) e todas as coisas que nela há (3.10-11).
Semelhantemente ao texto de Apocalipse 21.1, Pedro também fala de novos céus e
nova terra (II Pd.3.13; Is.65.17).
COMENTÁRIOS
- Introdução
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, A
Escatologia como Doutrina Das Últimas Coisas não é só para teólogos e eruditos
da bíblia, antes pelo contrário, é revelação de DEUS para os mais humildes de
seu povo.
Em muitas religiões o livro de Apocalipse nem
é citado, sendo ensinado que estas coisas são muito complexas e são somente
para os líderes interpretarem-nas. A visão do futuro é uma forma de DEUS provar
sua existência e provisão para seus fiéis servos, não existe nada de complicado
na Palavra de DEUS, somente temos que nos aproximar do autor da bíblia com
amor, respeito, reverência e santo temor, pedindo como Daniel a interpretação
correta através do ESPÍRITO SANTO.
Tópico
I - O Que É A Doutrina Das Últimas Coisas?
A Doutrina Das Últimas Coisas é o estudo
mais importante sobre DEUS e nosso futuro com o mesmo; negligenciar este estudo
é negligenciar nossa salvação, pois é para estas mesmas coisas, e para ficarmos
livres de muitas delas, é que fomos salvos.
1.
Definição:
A palavra escatologia é formada de duas
palavras gregas: escato (eschatos = último,
fim) e logo (lógos = palavra, discussão, instrução,
ensino, assunto, tema). Portanto escatologia é o estudo do fim ou o estudo
das últimas coisas, ou ainda o estudo dos últimos dias.
Várias passagens das Escrituras empregam a palavra eschatos juntamente
com hmera (heméra = dia). Assim temos escath hmera (eschatê
heméra = último dia), usado em Jo.6:39 e 7:37. A primeira ocorrência
se refere ao último dia da ressurreição, um dia escatológico, enquanto que a
segunda apenas faz alusão ao último dia da festa de casamento.
Temos escatai hmerai (eschatais hemerais = últimos dias)em At.2:17;
II Tm.3:1; Tg.5:3; e escatou twn hemerwn (eschatou tôn hemerôn = últimos
dias) em Hb.1:2. Todas estas passagens aludem ao período de tempo entre a
1ª e a 2ª vindas de JESUS. Os últimos dias iniciaram-se com a 1ª vinda de JESUS
que veio na "plenitude do tempo"(Gl.4:4), pois o tempo anterior da
dispensação da lei já estava cumprido (Mc.1:15; Lc.16:16). Estamos vivendo os
últimos dias. Esse período de tempo que a Bíblia chama de últimos dias, recebe
ainda outras designações, tais como: "tempo aceitável... dia da
salvação"(Is.49:8) ou "ano aceitável do Senhor"(Is.61:2a);
"dispensação da plenitude dos tempos"(Ef.1:10)
ou "dispensação da graça"(Ef.3:2)1 ou "dispensação do mistério"(Ef.3:9); "tempo da
oportunidade", "tempo sobremodo oportuno", "dia da
salvação"(IICo.6:2), "tempos oportunos" (IITm.2:6), "tempos
devidos" (Tt.1:3); "hoje" (Hb.3:7,15;4:7,8); "fins dos
séculos" (ICo.10:11); "última hora"(IJo.2:18).
2. No
Antigo Testamento:
As grandes religiões monoteístas foram
fortemente marcadas pela escatologia. As questões do juízo final e da
ressurreição dos mortos são esboçadas nos últimos livros do Antigo Testamento.
A partir do século I a.C., desenvolveu-se entre os judeus uma vasta literatura
apocalíptica, com influência sobre a primitiva literatura cristã e o islamismo.
A escatologia está fortemente presente em
toda a bíblia, exemplo maior disso é o Livro de Daniel e Ezequiel.
JEREMIAS
29.1-14
A
CARTA DE JEREMIAS AOS JUDEUS DA BABILÔNIA
Eu escrevi uma carta aos judeus que
Nabucodonosor havia levado como prisioneiros de Jerusalém para a Babilônia:
autoridades, sacerdotes, profetas e todo o povo. Isso aconteceu depois de terem
saído de Jerusalém o rei Joaquim, a sua mãe, os oficiais do palácio, as
autoridades de Judá e de Jerusalém, os carpinteiros e os outros operários
especializados. O rei Zedequias, de Judá, mandou que Elasa, filho de Safã, e
Gemarias, filho de Hilquias, levassem a carta ao rei Nabucodonosor, da
Babilônia. Ela dizia:"O SENHOR Todo-Poderoso, o DEUS de Israel, diz o
seguinte a todos os judeus que ele deixou Nabucodonosor levar como prisioneiros
de Jerusalém para a Babilônia: 'Construam casas e morem nelas. Plantem árvores
frutíferas e comam as suas frutas.Casem e tenham filhos. E que os filhos casem
e também tenham filhos. Vocês devem aumentar em número e não diminuir.
Trabalhem para o bem da cidade para onde eu os mandei como prisioneiros. Orem a
mim, pedindo em favor dela, pois, se ela estiver bem, vocês também estarão. Eu,
o SENHOR Todo-Poderoso, o DEUS de Israel, os estou avisando para que não se
deixem enganar pelos profetas que vivem no meio de vocês nem por aqueles que
dizem que podem adivinhar o futuro. Não dêem atenção aos sonhos deles. Eles
dizem mentiras em meu nome. Eu não os enviei. Eu, o SENHOR, estou
falando.'"O SENHOR DEUS diz ainda: 'Quando os setenta anos da Babilônia
passarem, eu mostrarei que me interesso por vocês e cumprirei a minha promessa
de trazê-los de volta à pátria. Só eu conheço os planos que tenho para vocês:
prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança. Sou eu, o SENHOR,
quem está falando.Então vocês vão me chamar e orar a mim, e eu responderei.
Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar com todo o coração. Sim!
Eu afirmo que vocês me encontrarão e que eu os levarei de volta à pátria. Eu os
ajuntarei de todos os países e de todos os lugares por onde os espalhei. E
levarei vocês de volta à terra de onde os tirei e levei como prisioneiros. Eu,
o SENHOR, estou falando.'
A
Escatologia no Antigo Testamento.
Destacaremos aqui dez importantes fatos
escatológicos profetizados no Antigo Testamento. São eles:
A vinda do messias prometido (Is 9.1-7);
O derramamento do ESPÍRITO SANTO (Jl 2.28);
A dispersão dos judeus (Lv 26.33, 36,37);
Aumento e retorno dos judeus a Israel e
reconstrução do Templo (Jr 23.4; Ez 39.22; Dn 9.27; Mq 2.12);
O juízo de Israel durante a grande tribulação
(Dn 12.1);
A batalha de Armagedom (Zc
12.3,9; 14.2);
Conversão em massa dos judeus (Ez
39.21,22; Is 52.8);
A doutrina da ressurreição e do juízo final
(Dn 12.2);
A implantação do Reino divino na terra (Is
11.1-16);
O surgimento dos novos céus e da nova terra
(Is 65.17).
3. No
Novo Testamento:
O cristianismo afirma as doutrinas da
imortalidade da alma, do juízo particular, em que cada pessoa é julgada perante
DEUS pelos atos que praticou na existência terrena, e do julgamento universal
no fim do mundo, após a ressurreição corporal. A pregação messiânica de JESUS e
os textos do Novo Testamento foram objeto de interpretações desde os primeiros
séculos da era cristã e durante a Idade Média. Modernamente, os teólogos
apresentam novas soluções para os problemas escatológicos, fazendo da salvação
individual e coletiva não o objeto de uma espera passiva, mas de uma esperança
ativa, em que a plenitude do desenvolvimento humano realiza o encontro
espiritual com DEUS.
Jerusalém foi invadida em 70 d.c. pelos
romanos, o templo destruído e os judeus foram dispersos pelo mundo.
Romanos 11:25 = Porque não quero, irmãos, que
ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o
endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja
entrado;
LUCAS
21:24
E cairão ao fio da espada, e para todas as
nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os
tempos destes se completem.
O termo "tempos dos gentios" é o
período no qual Jerusalém estaria sob o domínio dos gentios, desde o cativeiro
babilônico, continuando até hoje e continuará durante a tribulação. Terminando
na segunda vinda de JESUS à terra onde irá julgar as nações.Dn 2:35
A era da igreja que começou no dia de
Pentecostes vai até o arrebatamento da igreja. Também conhecida como
dispensação da graça Ef 3:1-7 .No livro de apocalipse temos representadas a era
da igreja em diversas épocas, através das sete igrejas da Ásia: Éfeso, Esmirna,
Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia (a última igreja).
Este período não é contado como dentro das 70
semanas pois não correspondem a "teu povo e a tua santa cidade"
(Israel e a Jerusalém), mas sim a Igreja, pois a profecia é para Israel e
Jerusalém.
JESUS morreu para a nossa Salvação.
Isaias 53:8
Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado; e
quem dentre os da sua geração considerou que ele fora cortado da terra dos
viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo?
Estaremos também destacando aqui dez
importantes fatos escatológicos que são destaques no Novo Testamento:
O arrebatamento da Igreja (1Ts 4.13-17);
O tribunal de CRISTO (Rm 14.10; 2Co
5.10);
As bodas do Cordeiro (Ap 19.7);
O surgimento do Anticristo (2Ts
2.1-12; Ap 13.1,2);
O aparecimento do Falso Profeta (Ap
13.11-16);
Os juízos divino (Ap 6.1-13; 8.15);
A vinda de JESUS em glória (Mt 24.29-39; Ap
19.11-16);
O Reino milenial de CRISTO (Ap 20.1-6);
O Juízo final (Ap 20.11-15);
O surgimento de um novo modo de ser e estar
perfeito e eterno, tendo como fundamento a Nova Jerusalém Celeste (Ap 21.1-27).
Tópico
II - O Objetivo Da Doutrina Das Últimas Coisas:
1.
Mostrar o que está prestes a acontecer
DEUS está sempre revelando ao homem o que vai
fazer, antes mesmo de fazer, pois o ama e quer livrá-lo de todo o mal, tornando
possível à sua criatura ser salvo pelo poder do sacrifício de JESUS na cruz.
Am 3.7 Certamente o Senhor DEUS não fará
coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.
2.
Preparar o crente para encontrar-se com DEUS
Am 4.12 Portanto, assim te farei, ó Israel! E
porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu DEUS.
Devemos estar prontos para o arrebatamento,
pois JESUS vem buscar os preparados e não os que estão se preparando.
Em muitos o ensino escatológico provoca medo,
porém este ensino foi dado por DEUS para nos dar a alegria em saber que
brevemente estaremos com Ele para sempre.
Sl 101.6 Os meus olhos estarão sobre os fiéis
da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me
servirá.
3.
Tranqüilizar o povo de DEUS quanto aos últimos acontecimentos
Nada melhor e mais confortante que lermos um
livro e ao terminarmos a leitura sabermos que nosso herói venceu e viveu feliz
para sempre; assim devemos nos deliciar no estudo da bíblia sabendo que nosso
salvador é vencedor da morte, do inferno e de Satanás; e que estaremos para
sempre com Ele, o nosso Salvador e Senhor, JESUS CRISTO, o rei dos reis e
Senhor dos senhores.
Ap 1.18 E o que vivo e fui morto, mas eis
aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do
inferno.
4.
Alertar a todos que o noivo está chegando.
Foi-nos dadas pistas para que pudéssemos
saber, não o dia e nem a hora, porém a estação própria para a colheita de DEUS.
Os sinais são patentes e as profecias nunca se cumpriram com tanta velocidade,
estejamos prontos, aí vem o Noivo!!!!
Mt 25.6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor:
Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Mt 25.13 Vigiai, pois, porque não sabeis o
dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.
Tópico
III - As Fontes Da Doutrina Das Últimas Coisas
1. A
bíblia
É a infalível Palavra de DEUS, nosso prumo,
nossa lâmpada que ilumina o caminho para DEUS.
Sl 119.13 Vigiai, pois, porque não sabeis o
dia nem [a hora] em que o Filho do homem há de vir.
2. Os
credos e as declarações doutrinárias da igreja
A Igreja, ao longo dos séculos tem se
sustentado na fé e na Palavra de DEUS.
At 2.42 E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
3. A
teologia
O sistemático estudo da Palavra de DEUS só
trás benefícios ao povo de DEUS e é o principal descobridor de revelações
contidas na Palavra de DEUS para nós, a sua Igreja. Hoje sabemos muito mais a
respeito do futuro do que nos tempos apostólicos, pois o ESPÍRITO SANTO vai a
cada dia nos revelando mais e mais dos tesouros escondidos nas profundezas da
sabedoria de DEUS.
1Co 2.10 Mas DEUS no-las revelou pelo seu
ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de
DEUS.
4. A
história
A história, na maioria, escrita por homens
incrédulos, só tem comprovado o que não pode ser mudado, DEUS cumpre o que
escreveu e não muda um til sequer.
Mt 5.18 Porque em verdade vos digo que, até
que o céu e a terra passem, nem um jota ou um [til] se omitirá da lei, sem que
tudo seja cumprido.
5. O
Testemunho do ESPÍRITO SANTO
O ESPÍRITO SANTO vai nos ensinando e nos
revelando tudo o que antes estava obscuro na Palavra de DEUS, para que
mantenhamos a comunhão e amizade com JESUS todos os dias de nossa vida aqui na
terra.
Jo 14.26 Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO
SANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse [vos ensinará] todas as coisas, e
vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Jo 15.26 Mas, quando vier o Consolador, que
eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele ESPÍRITO de verdade, que procede
do Pai, ele testificará de mim.
Rm 8.16 O mesmo ESPÍRITO testifica com o
nosso espírito que somos filhos de DEUS.
Tópico
IV - Como Estudar a Doutrina das Últimas Coisas?
1.
Recorrendo primeiro à bíblia
De preferência devemos estudar em bíblias de
diversas traduções, bem como livros como "Apocalipse, versículo por
versículo" de Severino Pedro da CPAD; "Espada Cortante 1 e 2 "
de Orlando Boyer da CPAD; tendo o cuidado de estudar estes livros e outros com
o máximo de cuidado para não comer "espinho junto com peixe"
2.
Orando constantemente em profunda reverência
A oração deve ser por sabedoria e revelação
como fez Daniel. Lembrando de que revelação é igual a união do Antigo
Testamento com o Novo Testamento e revelado pelo ESPÍRITO SANTO, nestes termos.
3.
Evitando as especulações e as vãs sutilezas da falsa hermenêutica
Na Internet e por todo o lado acharemos
milhares de estudos escatológicos, porém devemos fazer uma acareação com a
bíblia sempre.
4.
Esperando com alegria a manifestação do Senhor da glória
DEUS está mais interessado em que nós
aprendamos sua Palavra e as futuras coisas que irão acontecer, do que nós
mesmos; portanto, busquemos com desejo de aprender para ajudar aos outros e
DEUS certamente nos fascinará com suas maravilhas preparadas para nós, os seus
filhos amados.
LIÇÃO 1, APOCALIPSE, A REVELAÇÃO DE JESUS
CRISTO
Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012 -
CPAD - Jovens e Adultos
“As Sete Cartas do
Apocalipse — A mensagem Final de CRISTO à Igreja”.
Comentários da revista da CPAD: Pr.
Claudionor Correa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD:
Pr. Antonio Gilberto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse
1.1-8
1 - Revelação de JESUS CRISTO, a qual DEUS
lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer;
e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo, 2-o qual testificou
da palavra de DEUS, e do testemunho de JESUS CRISTO, e de tudo o que tem visto.
3 - Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e
guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. 4 -
João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte
daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão
diante do seu trono; 5 - e da parte de JESUS CRISTO, que é a fiel testemunha, o
primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e
em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, 6 - e nos fez reis e sacerdotes
para DEUS e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém! 7 - Eis
que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e
todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém! 8- Eu sou o Alfa e
o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir,
o Todo-Poderoso.
Todas essas igrejas se acabaram, apesar de
serem fundadas por Paulo e seus companheiros e de até Éfeso ser dirigida por
João o apóstolo.
Não ouviram as advertências de JESUS, em suas
cartas, sucumbiram pelos falsos ensinos dos falsos mestres.
Hoje os muçulmanos dominam totalmente o país
e essas cidades.
Fiquemos alerta com as cartas que JESUS nos
escreve. Leiamos esse importante livro e prestemos atenção aos avisos que nos
são dados por JESUS.
Eu pessoalmente creio que livro de Apocalipse foi escrito por volta de
95 a 96 DC durante a última metade do reino do Imperador Domiciano, o último
dos doze Césares Romanos.
Todos os comentaristas fundamentalistas modernos concordam com essa
estrutura de tempo. Deixe-nos citar algumas evidências que dão suporte a esta
visão.
A respeito da visão de que o livro de Apocalipse foi escrito pelo
apóstolo João durante o governo de Domiciano, há duas fortes evidências – ambas
de natureza externa e interna. Primeiro a evidência externa.
Inicialmente, de maneira geral podemos dizer que todos os escritores
dos três primeiros séculos, cujos escritos foram encontrados, são explícitos, e
concordam em situar o exílio do João e a sua escrita do Apocalipse (Revelação)
na última parte do reinado de Domiciano, o último dos doze Césares; e isso,
portanto, nos diz que esse livro foi escrito em 95 ou 96 DC.
A primeira e maior das testemunhas é Ireneu. Ele era aluno de
Policarpo, que por sua vez foi um dos discípulos de João. Portanto, Ireneu é
muito mais provável de ter recebido um verdadeiro relato dos últimos dias do
apóstolo João do que qualquer outro escritor cujas obras tenham chegado a nós.
Sendo que, quando Ireneu fala da forte probabilidade do nome do Anticristo ser
Teutão (Teitan), ele dá este definido testemunho acerca de João e da sua escrita
do Apocalipse:
Nós não vamos, entretanto, correr o risco de cometer um erro nesse
assunto, de confiantemente afirmar que ele terá esse nome; pois nós sabemos
que, se estivesse estabelecido que o seu nome deveria ser proclamado no tempo
presente, isso teria sido anunciado por aquele que viu a Revelação. Pois foi
vista há não muito tempo, mas quase em nossa geração, no final do reino de
Domiciano.
Tertuliano, um contemporâneo de Ireneu,
observou: “Quão feliz é aquela Igreja cujos apóstolos derramaram todos as suas
doutrinas com seu sangue! Na qual Pedro resiste a sofrimentos semelhantes aos
do Senhor; na qual Paulo tem por coroa a mesma morte que João; e o apóstolo
João, após ter sido mergulhado em olho fervendo sem sofrer nenhum mal, foi
banido para uma ilha.” Aqui Tertuliano nos informa de dois fatos: primeiro, que
João foi banido; e segundo, que o lugar do seu exílio foi para uma ilha. Em
outra passagem após mencionar a perseguição por Nero, ele continua: “Domiciano
também, o qual era como um Nero em crueldade, ensaiou as mesmas coisas; mas
ele, como também era um ser humano, prontamente cessou o seu empreendimento, e
restaurou aqueles que haviam sido banidos.”
Tertuliano, dessa maneira, sugere que o
exílio era a pena usualmente infligida aos Cristãos por Domiciano; ao passo
que, pelos registros, Nero era acostumado a matá-los.
Clemente de Alexandria não menciona Domiciano
pelo nome; mas ele provavelmente o insinua quando fala do “tirano” após cuja
morte João voltou do exílio.
Eusébio, em três passagens, declara que a
expulsão de João ocorreu no reinado de Domiciano. Ele também diz que João
escreveu o Apocalipse no décimo quarto ano de reinado de Domiciano, que seria
95 DC.
Vitorinus de Petau, o autor do mais antigo
comentário que existe sobre Apocalipse, explica as palavras: “importa que
profetizes outra vez a povos, e nações, e línguas e reis.” (Rev. 10.11 mg.), da
seguinte maneira:
Ele fala dessa maneira porque, quando João
viu esta visão, ele estava na ilha de Patmos, havendo sido condenado pelo César
Domiciano a trabalhar na mina. Lá, então, ele viu o Apocalipse; e, agora que,
avançado em anos, ele começava a pensar que seria recebido no descanso através
de seus sofrimentos. Domiciano morrera, e todas suas sentenças foram
canceladas. E assim, João, após ter sido liberto da mina, entregou
essa mesma revelação que recebeu do Senhor.
Novamente, ao discutir o oitavo rei
mencionado no capítulo dezessete do livro de Apocalipse, Vitorinus nos diz em
seu comentário que o sexto era Domiciano, em cujo reinado foi escrito o
Apocalipse.
INTERAÇÃO
Caro professor, neste trimestre estudaremos o
tema: "As Sete Cartas do Apocalipse". Por isso, comente com os alunos
que o Apocalipse será a base temática para o nosso estudo bíblico. Veremos que
o Livro Profético mostra-nos o JESUS triunfante, exaltado e poderoso.
Desvendando os mais profundos segredos dos fatos que "foram",
"são" e "acontecerão" nos últimos dias (Ap 1.19). O
comentarista desse trimestre é o pastor Claudionor de Andrade, que, além de ser
ministro do evangelho, é conferencista, autor de várias obras editadas pela
CPAD e Gerente de Publicações da Editora.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, o Livro do Apocalipse retrata todo
o processo de consumação redentora da humanidade através de figuras de linguagens
e simbolismos dramáticos. Seu estilo literário é a apocalíptica judaica (Ver
subsídio bibliográfico I). Ela é encontrada fartamente no Antigo Testamento,
como em Ezequiel e Daniel. Estes, também, apresentam abundantes figuras e
simbolismos. Portanto, antes de iniciar a lição deste domingo apresente aos
alunos o esboço geral do Livro do Apocalipse proposto no esquema da página
seguinte. Boa aula!
VEJA A DIFERENÇA ENTRE A VOLTA DE CRISTO PARA
A IGREJA NO ARREBATAMENTO E SUA SEGUNDA VINDA:
Como se dará o retorno triunfal de CRISTO.
TRIBUNAL DE CRISTO
O julgamento se dará pela quantidade e pela
qualidade das obras realizadas pelos crentes, embora individual, o motivo das mesmas
e as intenções das mesmas será de suma importância para o resultado do trabalho
do corpo de CRISTO, enquanto aqui na Terra.
"Porque todos devemos comparecer ante o
tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio
do corpo, ou bem, ou mal." [2 Coríntios 5:10]
A imagem mental que Paulo está projetando
para nós diz respeito a um de seus métodos favoritos de ilustração — o esporte
da época — os jogos greco-romanos. Bema era uma plataforma elevada na
qual os juízes das diversas competições atléticas ficavam para premiar os
vencedores. Isso se parece com o assento elevado de um juiz — alguém que detém
o poder da vida e da morte em suas mãos? De forma alguma! É uma imagem de
grande consolação para o cristão, pois combina o aspecto solene do julgamento
com o de uma recompensa em potencial. Nosso grande, misericordioso e gracioso
DEUS prometeu que o serviço fiel não ficará sem recompensa!
"Porque ninguém pode pôr outro
fundamento além do que já está posto, o qual é JESUS CRISTO. E, se alguém sobre
este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira,
feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará,
porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se
a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá
galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal
será salvo, todavia como pelo fogo." [ênfase adicionada]
JESUS CRISTO se assentará para julgar as
obras dos membros do seu corpo, a sua noiva, a igreja, provando-os pelo fogo.
Observe a ordem descendente do seu valor relativo: "Ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno e palha". O ouro, a prata e as pedras preciosas
resistem ao calor, mas a madeira, o feno e a palha são queimados. O Senhor
determina o grau de valor e o fogo revelará o resultado. Se as obras de um
cristão forem inteiramente consumidas no processo e assim se revelarem inúteis,
ele sofrerá a perda de não ser o "vencedor da corrida", porém sua
salvação nunca estará em questão. Esse ponto foi definitivamente estabelecido
na cruz do Calvário.
As bodas ou casamento é do filho do Rei, que
para nós significa o Senhor JESUS CRISTO e sua noiva, a Igreja, sendo o local
do casamento o grande dia final do Tribunal de CRISTO, enquanto na Terra,
estará se findando a Grande Tribulação.
O termo “bodas” vem do latim “vota”, isto é,
“votos”, em alusão aos votos matrimoniais por ocasião do casamento. É uma festa
de casamento. O termo é também plural porque tal festa durava sete dias e até
14 dias (Jz 14.12). Na festa, a alegria, solidariedade, entrega de presentes,
paz, comunhão, comida farta, quebra copos e todos os costumes judaicos numa
festa de casamento aconteciam ao som de muita música e com danças típicas. Isto
nos leva a pensar na alegria e gozo imensuráveis que experimentaremos logo após
o Tribunal de CRISTO, quando nos sentaremos à mesa com CRISTO, o nosso
salvador.
A SEGUIR O DESTINO DOS CRENTES
Veja 4º Trimestre De 2004
- VEM O FIM, O FIM VEM - A Doutrina Das Últimas
Coisas - COMENTÁRIOS DA CPAD - Pr. Claudionor Corrêa De
Andrade
Devemos
Alertar a todos que o noivo está chegando.
Foi-nos dadas pistas para que pudéssemos
saber, não o dia e nem a hora, porém a estação própria para a colheita de DEUS.
Os sinais são patentes e as profecias nunca
se cumpriram com tanta velocidade, estejamos prontos, aí vem o Noivo!!!!
Mt 25.6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor:
Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Mt 25.13 Vigiai, pois, porque não sabeis o
dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.
Dez
importantes fatos escatológicos profetizados no Antigo Testamento. São eles:
·
A vinda do messias prometido (Is 9.1-7);
·
O derramamento do ESPÍRITO SANTO (Jl 2.28);
·
A dispersão dos judeus (Lv 26.33, 36,37);
·
Aumento e retorno dos judeus a Israel e
reconstrução do Templo (Jr 23.4; Ez 39.22; Dn 9.27; Mq 2.12);
·
O juízo de Israel durante a grande tribulação
(Dn 12.1);
·
A batalha de Armagedom (Zc
12.3,9; 14.2);
·
Conversão em massa dos judeus (Ez
39.21,22; Is 52.8);
·
A doutrina da ressurreição e do juízo final
(Dn 12.2);
·
A implantação do Reino divino na terra (Is
11.1-16);
·
O surgimento dos novos céus e da nova terra
(Is 65.17).
Dez
importantes fatos escatológicos que são destaques no Novo Testamento:
·
O arrebatamento da Igreja (1Ts 4.13-17);
·
O tribunal de CRISTO (Rm 14.10; 2Co
5.10);
·
As bodas do Cordeiro (Ap 19.7);
·
O surgimento do Anticristo (2Ts
2.1-12; Ap 13.1,2);
·
O aparecimento do Falso Profeta (Ap
13.11-16);
·
Os juízos divinos (Ap 6.1-13; 8.15);
·
A vinda de JESUS em glória (Mt
24.29-39; Ap 19.11-16);
·
O Reino milenial de CRISTO (Ap 20.1-6);
·
O Juízo final (Ap 20.11-15);
·
O surgimento de um novo modo de ser e estar
perfeito e eterno, tendo como fundamento a Nova Jerusalém Celeste (Ap 21.1-27).
Apocalipse Versículo por Versículo
- Severino Pedro da Silva - CPAD
Capítulo I
1. “REVELAÇÃO de
JESUS CRISTO, qual DEUS lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que
brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João
seu servo”.
I. “...Revelação de JESUS CRISTO”. O vocábulo
português “revelar”, derivado do latim “revelare”, é geralmente a tradução do
termo hebraico “gãlô" e do termo grego “apokalyptõ” (substantivo,
apokalypsis), que corresponde a “gãlô” na Septuaginta e no Novo Testamento. Os
escritores clássicos traduziram a palavra “apocalipse” por “revelação”, e esta
foi vertida para o latim com tal sentido, em razão de o verbo “revelar”, que
freqüentemente é empregado nas Escrituras ter este sentido (Pv 11.13 e Dn 2.22,
28).
1. A
revelação tem dois pontos focais: (a) os
propósitos de DEUS; (b) a pessoa de DEUS:
(Ad. a ) Por um lado, DEUS informa os homens
a respeito de Si mesmo: quem é Ele, o que tem feito, o que está fazendo, o que
fará, e o que requer os homens façam. Assim é que o Senhor tomou Noé, Abraão e
Moisés, aceitando-se em relação de confiança; informando-os sobre o que havia
planejado e qual era a participação dos mesmos nesse plano (cf. Gn 6.13-21;
12.1 e ss; 15.13-21; Êx 3. 7-22). Semelhantemente, o DEUS Todo-poderoso
declarou a Israel as leis e promessas de Sua Aliança (Êx capítulo 20 a 23; Dt
4.13 e ss; Sl 78.5; 147.19). Ele desvendou Seus propósitos aos profetas, seus
servos (Am 3.7). CRISTO disse aos discípulos durante seu ministério terreno:
“...tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” (Jo 15.15b). DEUS
revelou a Paulo, o grande “...Mistério da Sua vontade, segundo o seu
beneplácito” (cf. Ef 1.9a e 3.3). No Apocalipse, CRISTO revelou a João seu
servo “...as coisas que brevemente devem acontecer”.
(Ad. b) Por um lado, quando DEUS envia a Sua
Palavra aos homens, Ele também os confronta consigo mesmo. “A Bíblia não concebe
a revelação como uma simples transmissão divinamente garantida, mas antes, como
a vinda pessoal de DEUS aos homens, para tornar-se conhecido deles (cf. Gn
35.7; Êx 6.3; Nm 12.6-8; Gl 1.15 e ss). Esta é a lição que devemos aprender das
teofanias do Antigo Testamento (cf. Êx 3.2 e ss; 19.11-20; Ez 1; etc), bem como
do papel desempenhado pelo enigmático “anjo (mensageiro) do Senhor”, que
evidentemente é uma manifestação do próprio DEUS”. O Apocalipse não revela
apenas o princípio de formação do grande plano de DEUS na obra da redenção, mas
de um modo particular, seu desenvolvimento e consumação.
2. Seu conteúdo se compõe de: 22 capítulos,
404 versículos, 12000 palavras e 9 perguntas: (5.2; 6.10,17; 7.13; 13.4 (duas
vezes); 15.4; 17.7; 18.18). “A Bíblia divide a raça humana em três
partes: quer dizer, os judeus, os gentios, e a Igreja (1 Co 10.32), e contém,
uma mensagem para cada uma das três. O Antigo Testamento trata das duas
primeiras divisões. Por exemplo, o livro de Daniel trata dos judeus e dos domínios
gentílicos, sem mencionar a Igreja graficamente. O Novo, dá a mensagem para a
Igreja, e Paulo, especialmente, em todas as suas epístolas trata dela, enquanto
que temos a palavra final de DEUS para judeus, gentios e, a Igreja, no
Apocalipse. Encontramos a Igreja no princípio do livro; Israel no meio; e as
nações gentílicas no fim.
3. O livro é composto ao redor do simbolismo
do número sete. Há sete cartas para sete igrejas da
Ásia Menor (hoje, atual porção da Turquia Asiática), capítulos 1 a 3. Sete selos
num livro que se encontra na mão direita de DEUS, capítulo 5. Sete trombetas
que anunciarão estranhos castigos, capítulos 8 a 11. Sete castiças de ouro nas
mãos de JESUS, capítulo 1. Sete anjos (agentes humanos), capítulo 1.20 e ss.
Sete anjos (agentes divinos), capítulos 8 a 16. Um Cordeiro com sete pontas e
sete olhos, capítulos 1.4 e 4.5. Sete trovões, capítulo 10.3. Há também
referência de um grande dragão vermelho com “sete cabeças”e “sete diademas”,
capítulo 12.3. A Besta semelhante ao leopardo tinha “sete cabeças”, capítulo
13. No capítulo 17 do livro em foco, é-nos dito que, ela tem “sete cabeças”. Há
também “sete montes” e “sete reis”, capítulo 17.9-10. Para os remidos do
Senhor, há também “sete bem-aventuranças” (1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14).
Na metade final da septuagésima semana profética de Daniel (9.27), entra em
ação sete personagens principais: (a) A mulher. Ap 12.1 e ss; (b) O dragão. Ap
12.3 e ss; (c) O menino. Ap 12.5 e ss; (d) Miguel, o Arcanjo. Ap 12.7; (e) A
descendência da mulher. Ap 12.17; (f) A Besta saindo do mar. Ap 13.1 e ss; (g)
A Besta saída da terra. Ap 13.11 e ss. No capítulo 14, encontramos “sete
visões”; visões separadas em si e, sem conexão, cada uma completa em si mesma:
(vs. 1-5; vs. 6-7; vs. 9-12; v. 13; vs. 14-16; vs. 17-20). Há também sete
promessas para “aquele que vencer” (2.7, 11,17,26; 3.5,12,21). Há sete cores no
“arco celeste”, capítulos 4 e 10. Sete, declara o Dr. H. Lockyer, Sr., provém
de uma raiz hebraica que significa “ser completo, satisfeito, ter suficiente”,
e transmite a idéia de perfeição ou totalidade. O papel importante que este
número tem no Apocalipse é provado pelo fato de João usá-lo não menos que 50
vezes.
4. O AUTOR.
O autor desta grande obra é o próprio DEUS. É
esta (diz H. H. Halley) a primeira declaração do livro. Do ponto de vista
humano, é atribuído a João, “o filho de Zebedeu” (Lc 5.10; Ap 1.1,4,9; 22.8). A
autoria do Apocalipse a pessoa de João, é comprovada tanto pelas provas
externas como internas:
(a) Provas externas. Segundo tradição bem
estabelecida, desde a época dos País Apostólicos, e no julgamento da grande
maioria dos primitivos cristãos, o Apóstolo João, aquele que esteve reclinado
“sobre o peito” do Senhor (Jo 21.20), foi o escritor do Apocalipse. “Outro
testemunho direto a favor do Apóstolo João como autor do Apocalipse nos vem de
Irineu, que morreu em Lion, na França, perto do ano 190 de nossa era. Ele
nasceu e se criou na Ásia Menor, na esfera das sete igrejas. Foi discípulo de
Policarpo, que foi bispo duma das sete igrejas, a de Esmirna. Dentre outros do
passado, Clemente, de Alexandria, Tertuliano, de Cartago, Orígenes, de
Alexandria (223 d.C.). Hipólito, de Roma (140 d.C.). Outros que vieram depois,
conclamaram a mesma coisa: Basílio, o Grande, Atanásio, Ambrósio, Cipriano,
Agostinho e Jerônimo”. Teófilo, bispo de Antioquia (Síria ocidental), na última
metade do século II d.C., cita o Apocalipse como sendo obra do Apóstolo João, o
último sobrevivente dos companheiros de JESUS.
(b) provas internas. O próprio autor diz que
seu nome é JOÃO, descreve-se como “servo” de DEUS (1.1), e como um dos
“profetas” (22.9). Com exceção de 1 Coríntios, Apocalipse é citado com o nome
do autor antes de qualquer outro livro do Novo Testamento. Em seu Evangelho e
Epístolas, João escreve na terceira pessoa, mas no Apocalipse, menciona seu
nome cinco vezes na primeira pessoa (1.1,4,9; 21.2; 22.8). A nossa solene
convicção é de que João o escreveu! Houve trovão quando DEUS escreveu as
primeiras palavras da Bíblia (cf. Êx 19.16 e 30.18). Assim, suas últimas
palavras só podiam ser escritas por João, “o filho do trovão” (Mc 3.17 e Ap
22.18).
5. DATA EM QUE FOI ESCRITO.
Irineu e Eusébio afirmam categoricamente que
o Apocalipse foi escrito no tempo de Domiciano. (Ver Eusébio, História Eclesiástica
III, 18,3 e Irineu, adv. Haer. V. 30.3). Esse testemunho foi aceito sem
hesitação por Clemente de Alexandria, Orígenes e Jerônimo. A data fixada por
esta escola de interpretação, é o ano 96 d.C. Nesta possível data, Domiciano
decretou o “culto ao imperador”, fazendo disso uma prova de lealdade ao
império. Os cristãos, provavelmente, se recusaram a adorar o imperador como se
fosse um “deus”. E as conseqüências foram desastrosas para os santos naqueles
dias. Este imperador desalmado deportara também a João para a ilha de Patmos
“por causa da Palavra de DEUS, e pelo testemunho de JESUS CRISTO” (1.1).
6. CONCEITOS E MÉTODOS DE
INTERPRETAÇÃO.
O Apocalipse tem sofrido vários pontos de
vista de interpretações, tanto no passado como no presente, sendo, porém, cinco
defendidos com mais veemência:
(a) O ponto de vista preterista. (Do
passado). Este método é praticamente oposto ao método futurístico. Os
futuristas afirmam que nada do livro (com exceção dos capítulos 1,2, e 3) se
cumpriu ainda. Os preteristas, no sentido restrito do termo, afirmam que todo o
livro foi já cumprido nos dias do império romano, no primeiro século da nossa
era, embora, talvez haja acontecimentos relacionados ao segundo século. “A
palavra “preter” é um prefixo do latim “praeter”, que significa passado ou além
de. O derivado “preterista” aqui empregado significa aquele que encara o
passado o cumprimento do Apocalipse. Pieters acha que há dois grupos de
preteristas: os da direita e os da esquerda.
(b) O ponto de vista histórico. Os intérpretes
que assumem essa posição procuram encaixar todos os acontecimentos previstos no
Apocalipse em várias épocas da história humana.
(c) O ponto de vista futurista. (O que nós
aceitamos em razão de se coadunar com o conteúdo e argumento principal do
livro). Esse ponto de vista aceita que os acontecimentos narrados nos capítulos
1,2 e 3, são de fato históricos, e tiveram seu cumprimento nas igrejas
existentes naqueles dias, no pequeno Continente da Ásia Menor (hoje, atual
porção da Turquia Asiática). Porém, no que diz respeito aos seus métodos de
aplicação, têm servido para as igrejas de todos os tempos. A partir do capítulo
4 o livro é completamente futurista, e terá o devido cumprimento durante o
período sombrio da Grande Tribulação, seguido pelo Milênio; depois virá a
Eternidade.
(d) O ponto de vista simbólico. (Ou místico).
Os eruditos dessa escola crêem que o livro do Apocalipse não é essencialmente
profético e nem histórico, mas é uma vívida coletânea de símbolos místicos, que
visam a ensinar lições espirituais e morais. São os idealistas que, somente
vêem no livro apresentações simbólicas do conflito entre o bem e o mal, e da
vitória final do bem. Esse método de interpretação é, sem dúvida rejeitado na
declaração: “As coisas que brevemente devem acontecer” (1.1).
(e) O ponto de vista eclético. (Citado pelo
Dr. Russell Norman Champrin, Ph. D.). Alguns intérpretes do Apocalipse
“misturam” todas as idéias expostas acima, de modo que nenhuma domina: as
demais. Não há dúvida de que devemos preservar “alguns elementos” (mas não
todos) de cada um desses métodos apresentados sobre o livro, em um grau ou
outro. O livro ensina-nos lições morais e místicas, aplicáveis a qualquer
época. Contudo, certamente erraremos, se não contemplarmos o livro do
Apocalipse como obra “essencialmente profética”, e da primeira ordem.
2. “O qual testificou da Palavra de
DEUS, e do testemunho de JESUS CRISTO, e de tudo o que tem visto”.
I. “...A Palavra de DEUS”. A
Palavra de DEUS à qual João se refere no presente texto, é a palavra falada e
escrita como no Monte Sinai: primeiro DEUS fala (Êx 20), depois escreve (Êx
31.18). Em uma linguagem mais acessível esta palavra “é o Evangelho de CRISTO”
(cf. Ap 1.9; 6.9; 20.4). Enquanto que o “testemunho de CRISTO” é um genitivo
subjetivo, ou seja, o testemunho dado por JESUS CRISTO em sua pureza e
santidade. A revelação é a Palavra de DEUS transmitida e testemunhada pelo
próprio CRISTO (Ap 22.16,20). Ele disse ao governador romano (Pilatos): “Tu
dizes que eu sou rei. Eu para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da
verdade. Tudo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18.37). O verbo
“testificar”está no tempo aoristo – “testificou”. Isto indica que João já havia
dado testemunho acerca do verbo de DEUS. Esse sublime testemunho da pessoa de
CRISTO, inclui também, o testemunho de sua pessoa física durante os 33 anos de
sua existência terrena.
3. “Bem-aventurado aquele que lê, e
os que ouvem as palavras desta profecia*, e guardam as coisas que
nela estão escritas; porque o tempo* está próximo”.
I. “...Bem-aventurado”. Esta é a
primeira “Bem-aventurança” das sete que este livro encerra (1.3; 14.13; 16.15;
19.9; 20.6; 22.7,14). A escritora M. S. Novah, observa que nesta primeira
“Bem-aventurança” existe uma tríplice promessa do Senhor: “Bem-aventurado
aquele que lê (verbo no singular), e os que ouvem (plural) as palavras desta
profecia, e guardam (plural novamente) as coisas que nela (singular) estão
(plural) escritas; porque o tempo (do seu cumprimento) está próximo”. Porque
guardar o que está escrito? “Porque o tempo está próximo”. Guardar não é só
memorizar que se leu, é muito mais: é obedecer, é praticar. Provavelmente, esta
“Bem-aventurança”, se reserva aqueles (a Igreja toda) que durante a Grande
Tribulação, serão guardados por DEUS do sofrimento sem precedente na história
humana. (Cf. Ap 3.10), diz o que segue: “Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre o
mundo, para tentar os que habitam na terra”.
4. “JOÃO, às sete igrejas que estão
na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há
de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono”.
I. “...João, às sete igrejas”.
Três pontos importantes deve ser aqui analisado:
1. (a) A saudação; (b) A eternidade de DEUS;
(c) Os sete espíritos que estão diante do seu trono: o trono de DEUS e do
Cordeiro:
(aa) É importante observarmos a saudação de
João neste versículo. As sete igrejas que naqueles dias se encontravam dentro
dos limites da Ásia Menor , eram compostas de judeus e gentios. Ele diz “graça”
(para os crentes gentios – incluindo também gregos), e “paz” (para os crentes
judeus). O autor dirige-se às igrejas da Ásia, que a seguir serão especificadas
também geograficamente (1.11), mas por trás delas, dado o simbolismo do número,
que indica “totalidade”, está toda a Igreja, estamos nós também.
(bb) O autor sagrado continua e explica:
“...da parte daquele que é, e que era, e que há de vir”. (Trata-se de DEUS que
segue continuamente seu povo, faz com que exista (“é”) no presente, como já fez
na história da salvação que pertence ao passado (“era”). Continuará esta ação
criadora a volta (“vem”) que DEUS efetuará por meio de CRISTO. Podemos
contemplar nesta passagem no que diz respeito a DEUS, o presente do passado e
ainda o passado do presente. O tempo não pode desgastar a eternidade de DEUS.
Ele disse a Moisés: “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). Ele nunca nasceu também nunca
morrerá (1 Tm 6.16).
(cc) E da dos sete espíritos. Esta expressão
é repetida nos capítulos 3.1 e 4.5. Ela está associada aos “sete olhos do
Senhor, que discorrem por toda a terra” (Zc 4.10). Significa: “...da parte do
ESPÍRITO SANTO em sua plenitude Septiforme” (cf. 3.1; 4.5 e 5.6). São pela
ordem: “(aaa) o espírito do Senhor; (bbb) o espírito de sabedoria; (ccc) e de
inteligência; (ddd) o espírito de conselho; (eee) e de fortaleza; (fff) o
espírito de conhecimento; (ggg) e de temor do Senhor”. Is 11.1. Podemos
observar no presente texto, a multiforme operação do ESPÍRITO SANTO, pois os
“sete espíritos de DEUS” são: “as diferentes operações do ESPÍRITO SANTO nessa
perfeição, que necessariamente, lhes pertence” (7). O Novo Testamento fala em
outras passagens, da pluralidade de funções do ESPÍRITO Santos (cf. 1 Co 12.11;
14.32; Hb 2.4).
Em resumo, esta saudação vem do DEUS Trino: o
Pai saúda no v. 4 (aquele que era, e que há de vir). O ESPÍRITO SANTO saúda
também (com suas sete manifestações de poder). JESUS, o Filho Eterno, completa
esta saudação no v. 5. A bênção de DEUS no Decálogo, tinha uma forma tríplice:
“O Senhor (DEUS) te abençoe e te guarde. O Senhor (JESUS) faça resplandecer o
seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor (o ESPÍRITO SANTO)
sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz” (Nm 3.24-26).
5. “E da parte de JESUS CRISTO,
que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da
terra”.
I. “...a
fiel testemunha”. João, o grande servo de DEUS, apresenta JESUS nesta
passagem, como “a fiel testemunha”. Este título pertence a CRISTO por direito e
por resgate, que, não só é verdadeiro, mas a própria verdade (Jo 14.6 e Ap
19.11).
1. A
“frase” no presente texto: “...JESUS CRISTO; que é a fiel testemunha”
descreve o relacionamento de CRISTO com DEUS enquanto JESUS esteve na terra.
Como fiel profeta Ele jamais falhou em declarar todo o conselho de DEUS. A
palavra “testemunho significa alguém que vê, sabe e então fala; é uma palavra
característica de João (ele a usa mais de 70 vezes em seus escritos)”.
2.
CRISTO é o Fiel em tudo aquilo que Ele o deve ser: (a)
Ele é genuíno e veraz em seu caráter; (b) Ele é fiel e digno de confiança na
concretização de sua missão; (c) Esse adjetivo pode significar para nós
confiança na pessoa de JESUS CRISTO, em sua missão, e que DEUS Pai, depositou
em seu Filho toda sua confiança; (d) Ele transmitiu fielmente a sua mensagem,
falando a verdade: Ele trilhou um caminho reto; não tinha curva, revelando a
verdade, sem jamais desviar-se de seu propósito.
3. O
primogênito dos mortos. A presente expressão reúne dois elementos
fundamentais: (a) Ela revela o cumprimento à risca das palavras dos profetas e
do próprio JESUS, que predisseram com antecedência de séculos, no primeiro
caso, e de alguns meses, no segundo, o episódio, e até com minúcias, em vários
de seus elementos importantes. (Cf. Sl 16.10; At 13.34, etc.). A veracidade das
Escrituras foi justificada, pois dependia do fato dessa ressurreição (Lc
24.44-46; At 17.3). Foi também a evidência central da divindade de CRISTO, da
sua exaltação e glorificação, do seu supremo poder pessoal, o emblema
expressivo da ressurreição da imortalidade, tanto no presente se for
necessário, como no futuro.
(b) Ela deu a certeza, e assegurou o
testemunho apostólico, a certeza do Juízo Final, o fundamento da esperança dos
justos, agora, no presente, no futuro, e por toda a eternidade. Foi, e é, o
fortalecimento da pregação evangélica, em qualquer época, tempo ou lugar (1 Co
15.14). A ressurreição de CRISTO foi e é, realmente, a suprema e majestosa
história dos evangelhos e da humanidade.
6. “E nos fez reis e sacerdotes
para DEUS e seu Pai: a ele glória e poder para todo o sempre. Amém”.
I. ”... reis e sacerdotes”. O
objetivo de DEUS era fazer, de cada filho de Israel um “sacerdote” (cf. Êx
19.6), e evidentemente isso não pode ser cumprido, devido à desobediência e
carnalidade deles. (Assim o direito sacerdotal foi conferido a Arão e seus
filhos e descendentes). Hb 5.4.
1. Esse direito foi conferido à tribo de
Levi, em razão dessa tribo ter permanecido fiel ao Senhor quanto ao culto
idólatra diante do bezerro de ouro (Êx 32.1-29). O texto em foco ali, diz que
Moisés se pôs em pé na porta do arraial, e disse: “Quem é do Senhor, venha a
mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi” (Êx 32.26) Dentro da
dispensação neotestamentária cumpre-se o ideal de DEUS quanto a esta promessa,
não adiantam obras e méritos humanos, e, sim, a livre graça divina, que torna
cada remido um sacerdote (1 Pd 2.6 e Ap 1.6; 20.6).
2. “No tocante ao “sacerdócio do crente”,
devemos considerar os pontos seguintes: (a) Esse sacerdócio se verifica por
direito de primogenitura; quando nos tornamos “filhos de DEUS”, naturalmente
temos acesso a DEUS Pai; (b) Esse sacerdócio indica um acesso superior a DEUS.
Hb 9.7; (c) O crente, na qualidade de sacerdote, oferece um sacrifício superior:
(aa) Seu próprio corpo, como um santuário para DEUS. Rm 12.1; Fl 2.17; 2 Tm
4.6; (bb) O louvor de sua vida e de seus lábios, ele oferece a DEUS. Hb 13.15;
(cc) Suas riquezas financeiras devem ser usadas para benefício do próximo. Hb
13.16; (dd) Na qualidade de sacerdote, o crente, tal como CRISTO e o ESPÍRITO
SANTO, é um intercessor em favor de outros, 1 Tm 2.1-3; (ee) O sacerdócio
leva-nos à comunhão com DEUS, o qual é nosso Pai, segundo se aprende em Ap 1.6.
Portanto, o sacerdócio é um meio de comunhão, e, nessa capacidade, é
conservador da nova natureza, segundo a imagem do ESPÍRITO do Senhor. 2 Co
3.18; (ff) O alvo, pois, é que tenhamos, perfeito acesso a DEUS, e isso terá de
ser conseguido somente através da participação na própria natureza do Pai. 2 Pd
1.4. É nisso que consiste a “perfeição”, o que define, para nós, “como”seremos
aperfeiçoados. (Mt 5.48). O crente ao aceitar JESUS como Salvador, torna
participante de um “sacerdócio real”, isto é, “sacerdócio e realeza”. 1 Pd
2.5-9”.
7. “Eis que vem com as nuvens e todo
o olho o verá, até os mesmos que o transpassaram; e todas as tribos da terra se
lamentarão sobre ele. Sim. Amém”.
I. “...vem
com as nuvens”. O presente versículo fala da “Parousia” (ou segunda vinda)
de CRISTO, com poder e grande glória, e isso se dará sete anos após o
arrebatamento de sua Igreja da terra (1 Ts 4.13-17).
1. Eis
que vem. O Dr. Herbert Lockyer, Sr. declara que a exclamação bíblica “Eis”,
que significa “olhe atentamente e considere”, aparece mais de 400 vezes na Bíblia
e é usada nos tempos passados, presentes e futuros. Eis também ocorre como um
arauto de esperança ou de horror. Esta palavra aparece cerca de 28 vezes no
Apocalipse (ver. 1.18; 2.10,22; 3.8,9,11,20; 4.1,2; 5.6,11; 6.2,5,8,12; 7.9;
8.13; 9.12; 11.14; 12.3; 13.1,11; 14.14; 16.15; 19.11; 21.5).
2. E
todo o olho o verá. O leitor deve observar bem a frase inserida
no contexto: “até os mesmos que o transpassaram”, e verificar que estas
palavras apontam diretamente para o povo de Israel, na presente era, pois, os
que crucificaram a JESUS no sentido literal, estão mortos a quase dois mil anos
(Mt 26.64). Predições contemporâneas feitas pelos Apóstolos e pelo próprio
CRISTO (Mt 24.30), indicam que no retorno de CRISTO a terra com poder e grande
glória, JESUS será visto fisicamente na Palestina, quando forças confederadas
do Anticristo tiverem conquistado a Terra Santa, ameaçando aniquilar o povo
judeu. A passagem de Zacarias 12.10 é a base da predição de que todos verão a
quem transpassaram: “...e olharão para mim, a quem transpassaram; e o
prantearão como quem prateia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele,
como se chora pelo primogênito”. Na passagem de Mateus 26.64 fala desse
acontecimento: “Disse-lhes JESUS: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em
breve o Filho do homem assentado à direita do poder (vírgula), e vindo sobre as
nuvens do céu”. Será esse o momento da intervenção divina, e aparecerá “no céu
o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão...”.
Durante sua vida terrena, o Senhor JESUS era o próprio “sinal” para aquela
geração (Lc 11.30). Na sua vinda em glória (o presente texto), os judeus
olharão para os céus, e esses se abrirão; eles verão a JESUS “assentado” à
direita do poder de DEUS (Mc 14.62). JESUS, nesse exato momento, levantará suas
mãos, e eles contemplarão “o sinal dos cravos em suas mãos” (cf. Zc 12.10; Jo
20.25; Ap 1.7): Os judeus, pois, rejeitaram “a voz do primeiro sinal (durante a
vida terrena de JESUS), crerão à voz do derradeiro sinal (em seu retorno)”. Êx
4.8. Para alguns comentaristas, DEUS fará intervenção, tal como fez no mar
Vermelho. O sinal da cruz aparecerá no firmamento, e o Senhor JESUS será
literalmente contemplado pelo povo. Isso será reconhecido como uma intervenção
divina, por parte de Israel, o qual, oficialmente, se declarará
“cristão”.
8. “Eu sou o Alfa e o Ômega, o
princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o
Todo-poderoso”.
I. “...O Alfa e o Ômega”. O
Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, significa: “O primeiro” (Ap 22.13)
ou “O princípio” (Ap 21.6). O Ômega é a última letra do alfabeto grego, e
significa: “O derradeiro” (Ap 21.13), ou “O último” (Ap 1.17; 2.8; 21.6). Estes
títulos são aplicados à pessoa de CRISTO JESUS, e apresentam ao mesmo tempo a sua
eternidade.
1. Na língua portuguesa a pessoa de CRISTO é
representada em cada letra, da seguinte forma:
(A) Advogado, 1 Jo 2.1. (B) Bispo das vossas
almas. 1 Pd 2.25. (C) CRISTO. Lc 2.11. (D) DEUS Forte. Is 9.6. (E) Emanuel
(DEUS conosco). Mt 1.23. (F) Filho de DEUS. Jo 1.34. (G) Governador. Is 55.4.
(H) Homem. 1 Tm 2.5. (I) Imagem de DEUS. Cl 1.15. (J) JESUS. Mt 1.21. (L) Leão
da tribo de Judá. Ap 5.5. (M) Maravilhoso. Jz 13.18; Is 9.6. (N) Nazareno. Mt
2.23. (O) Ômega. Ap 1.8. (P) Príncipe da Paz. Is 9.6. (Q) Querido do Pai. Sl
4.3. (R) Rei. Mt 2.2; Jo 18.37. (S) Salvador. Lc 2.11. (T) Tudo: no sentido de
bondade. Cl 3.11. (U) Ungido. Sl 2.2. (V) Verbo de DEUS. Jo 1.1. (Z) Zelador da
casa de DEUS. Jo 2.17. O (X) é substituído pelo “AMÉM”. Ap 3.14.
9. “Eu, João, que também sou
vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de JESUS CRISTO,
estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de DEUS e pelo testemunho
de JESUS CRISTO”.
I. “...na ilha chamada Patmos”. A
palavra “ilha” ou “ilhas” encontram-se cerca de 38 vezes nas Escrituras e,
alguns dos lugares onde aparece a palavra “ilha” pode ser traduzida para seu
original hebraico “AI”. Os antigos usavam esta palavra do texto em foco: “ai”
como “terra costeira” ou no sentido hodierno de Continentes. Era termo de
designativo das grandes civilizações gentílicas do outro lado do mar. João,
porém, como sabemos não deixa nenhuma dúvida a seus leitores quanto a “ilha” de
seu exílio, esclarece ele: a “ilha” é “chamada Patmos”.
1. O
termo “patmos” significa “mortal”. O sentido
original é, em razão de seu aspecto tristonho representado pela mesma ilha que
leva esse nome. No tempo do império romano, a “ilha de Patmos” serviu de lugar
de detenção para criminosos de alta periculosidade. Atualmente, a “ilha” que
leva esse nome, é chamada “Palmosa”, encrava-se no Mar Egeu no pequeno
Continente da Ásia Menor, tem cerca de vinte milhas de circunstância. A “ilha
de Patmos” antes do exílio de João, não tinha conotação nenhuma com o mundo
religioso; depois porém, como sabemos, se tornou célebre pela prisão e visão
ali vivida e presenciada. Lá existe uma “caverna” chamada “Apocalipse”, onde
milhares de pessoas religiosas realizam uma peregrinação anualmente em
rememoração ao sofrimento do Apóstolo quando ali esteve. Alguns metros dessa
caverna, encontra-se a escola grega, onde existe um salão com uma inscrição
posterior ao reinado de Alexandre Magno. Esta inscrição, fez referência aos
jogos olímpicos realizados durante o período grego. “Na ilha há também o mosteiro
de São João, com uma biblioteca fundada em 1088 d.C. construída no formato de
uma fortaleza com seus muros ameaçados, onde há curiosas obras. Em volta do
mosteiro, agrupam-se as ruas tortuosas da Capital da Ilha”.
10. “Eu fui arrebatado em
espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz como de
trombeta”.
I “no dia do Senhor”. Existem quatro
expressões técnicas no que diz respeito ao “dia do Senhor” no Novo Testamento:
(ver notas expositivas em Ap 16.14) sendo que, cada uma delas, aponta para uma
época diferente; por exemplo:
1. Analisemos os quatro pontos seguintes no
que diz respeito ao: (a) Dia do Senhor JESUS CRISTO; (b) Dia do Senhor, CRISTO
ou Filho do homem; (c) Dia de DEUS ou do Senhor: no sentido próprio; (d) Dia do
Senhor, do texto em foco:
(aa) O Dia do Senhor JESUS CRISTO. O dia do
Senhor JESUS se relaciona exclusivamente com o arrebatamento da Igreja; (bb) O
dia de CRISTO, do Senhor ou do Filho do homem, está relacionado com seu retorno
à terra com poder e grande glória; (cc) O dia de DEUS ou do Senhor, no sentido
próprio, está relacionado com o Juízo Final; (dd) dia do Senhor do texto em
foco, está relacionado com o dia da ressurreição de CRISTO. A presente
expressão “dia do Senhor”, significa; “O dia da Ressurreição” do Senhor JESUS
CRISTO, visto que, a expressão “Senhor JESUS” só ocorre no Novo Testamento
depois da sua ressurreição (Lc 24.3), sendo identificado entre os cristãos como
“o primeiro dia da semana” (Mc 18.9). Para o cristianismo o primeiro dia da
semana, contrasta bastante com o sétimo (o sábado): O sábado recorda o descanso
de DEUS na criação (Êx 20.11; 31.17); o domingo a ressurreição de CRISTO (Mc
16.1,9). No sétimo dia DEUS descansou; no primeiro dia da semana CRISTO esteve
em atividade incessante. O sábado comemora uma criação acabada; o domingo
rememora uma redenção consumada. O Dr. C. I. Scofield declara que “o sábado era
um dia de obrigação legal para Israel; o domingo, o culto espontâneo para o
cristão. O sábado é mencionado nos Atos dos Apóstolos somente com referências
aos judeus, e no resto do Novo Testamento, só duas vezes (Cl 2.16 e Hb 4.4). O
sábado era um dia de repouso total para Israel; para o crente em CRISTO, esse
repouso teve lugar no momento que ele aceitou CRISTO como Salvador. Hb 4.3”.
2. Voz como de trombeta. João, focaliza aqui:
“grande voz, como...”. A palavrinha: “como” significa que João tenta descrever
o indescritível. Por isso a palavrinha “como” aparece aproximadamente setenta
vezes no Apocalipse. (Cf 1.10, 14, 15, 16; 2.27; 3.3, 10, 17, 21; 4.1; 5.6;
6.1, 12, 13, 14; 7. (ausente); 8.8; 9.2, 3, 7, 8, 9, 17; 10.1, 3, 7, 9; 11.
(ausente); 12.15; 13.2, 3, 11; 14.2, 3, 4; 15. (ausente); 16.3, 6.15, 18;
17.12; 18.6, 21; 20.2, 11, 16, 21; 22.1). Além disso ele utiliza-se também da
expressão como “semelhante”. Aqui trata-se, portanto, de um som sobrenatural e
assustador, que contém tudo.
11. “Que dizia: O que vês, escreve-o
num livro, e envia-o às sete igreja que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e
a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardo, e a Filadélfia, e a Laodicéia”.
I. “...O que vês, escreve-o num
livro”. A ordem de escrever ocorre por treze vezes neste livro. (Cf 1.11,
19; 2.1, 8, 12, 18; 3.1, 7, 14; 10.4; 14.13; 19.9; 21.5). A ordem ocorre uma
vez em cada uma das sete cartas. O intuito do Senhor JESUS CRISTO era que a
revelação fosse preservada para as gerações seguintes; e até hoje a forma
escrita é a melhor maneira de preservar uma comunicação.
1. O leitor deve observar bem a frase
“escreve-o num livro, e envia-o”. Isso nos dá entender que não só a carta
endereçada a igreja devia ser lida, mas também todo o conteúdo do livro que
encerrava a visão (.13). O Dr. Russell Norman Champrin, observa que a posição
geográfica onde se encontravam essas igrejas, formavam um CÍRCULO. As cidades
foram numeradas partindo de Éfeso, na direção Norte, para Esmirna (64
quilômetros); daí para Pérgamo, 80 quilômetros ao norte de Esmirna; então,
atravessando 64 quilômetros para sueste, até Tiatira, descendo, então, 80
quilômetros para Sardo; daí para Filadélfia a 48 quilômetros a sueste de Sardo;
então Laodicéia a 64 quilômetros a sueste de Filadélfia.
12. “E virei-me para ver quem
falava comigo. E virando-me, vi sete castiçais de ouro”.
I. “...E virei-me para ver quem
falava”. A poderosa voz “como de trombeta” que ouvira no verso anterior, à
semelhança do Monte Sinai, ai cada vez mais aumentando (Êx 19.19), João se
volta para ver de onde partia a voz, e teve a sua primeira visão: “sete
castiçais de ouro”. No santo lugar do templo dos judeus havia um único castiçal
com sete braços, recebeu destaque, aparentemente representando Israel (Zc 4.2).
Na visão de João os castiçais representavam as igrejas, que agora era a luz do
mundo (Mt 5.13). Apesar de ter o Castiçal da antiga aliança sete braços, mesmo
assim eram ligados por uma só peça (o pedestal). Israel, mesmo dividido
geograficamente em doze tribos, contudo, eram ao mesmo tempo unidos por um só
pedestal: A Lei do Senhor (Nm 9.14). Na Nova Aliança o Senhor JESUS interpretou
para João que os sete castiçais representam as “sete Igrejas” (v. 20).
13. “E no meio dos sete castiçais um
semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, e
cingido pelos peitos com um cinto de ouro”.
I. “...no meio”. Em
cada cena do Apocalipse, CRISTO sempre aparece como a “Figura Central”: no
“meio”. Ele é visto no “meio” dos sete castiçais de ouro (1.13); no “meio” da
igreja de Éfeso, em uma nova visão (2.1); no “meio” do trono (5.6); no “meio”
do trono novamente numa visão posterior (7.17). Isto demonstra que, o grande
livro de DEUS a ser focalizado tem como central nosso Senhor JESUS. Isto é,
aquele que viveu e andou entre os homens, contudo, sempre no “meio” (Mt 18.20;
Jo 19.18; 20.19; 1 Tm 2.5). Agora, porém, no Apocalipse é um quadro do CRISTO
da atualidade. É um quadro de CRISTO, o Filho Eterno, que está assentado no
“meio do trono” à direita de DEUS.
1.
Filho do homem. Este título, que freqüentemente é aplicado à
pessoa de CRISTO, lembra sua humanidade (Jo 1.14). Cerca de 79 vezes esta
expressão ocorre somente no Novo Testamento e com exclusividade, nos
Evangelhos, e vinte e duas vezes no livro do Apocalipse. Em Ezequiel (por toda
a extensão do livro), a frase é empregada por DEUS 91 vezes. Este título: O
Filho do Homem (Jo 3.13) havia se tornado uma figura messiânica mais corrente.
Motivo porque um exame dos textos evangélicos permitem, quase sem possibilidade
de erro, preferir que, ao designar-se “Filho do Homem” o Senhor JESUS escolheu
esse título, evidentemente, menos comprometido pelo nacionalismo judaico e pelas
esperanças bélicas. Havia também uma esperança judaica do “Homem dos últimos
tempos” (Cf. Rm 5.12-21; 1 Co 15.22, 45, 47; 2.5-11).
2.
Vestido até os pés. Esta visão inicial que João recebeu não
referia-se à graça pastoral de CRISTO, mas à sua autoridade judiciária. “É por
isso que o Apocalipse deve ser visto como o livro do juízo. “Juiz” e “Juízes”
aparecem 15 vezes no livro”.
A veste comprida de CRISTO era uma vestimenta
talar, usada exclusivamente pelos sacerdotes e juízes no desempenho de duas
funções. É isso realmente, a dupla função do Filho de DEUS atualmente (2 Tm 2.8
e Hb 3.1). “O cinto de ouro cingido a altura do peito era também usado elo
sacerdote quando este ministrava no santuário, estava à altura do peio e não
nos rins, para ajustar as vestes de modo a facilitar os movimentos; assim,
quando o cinto está em volta de seus lombos, o serviço é proeminente. (Cf. Jó
38.3; Jo 13.4, 5), mas quando o cinto está em volta do peito implica juízo
sacerdotal dignificado, coisas que são inerentes ao Filho de DEUS tanto no
passado como no presente. Na simbologia profética das Escrituras Sagradas
aponta também: a pureza, a inocência de CRISTO (Sl 123.9).
14. “E a sua cabeça e cabelos eram
brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo”.
I. ”... sua cabeça e cabelos
eram brancos”. O leitor deve observar como as Escrituras são
proféticas e se combinam entre si em cada detalhe: O Senhor JESUS é o Filho do
“Ancião de dias”, e por cuja razão deve ter a mesma natureza do Pai. Assim, o
texto em foco, é similar a passagem de Daniel 7.9: “Eu continuei olhando, até
que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou: o seu vestido era
branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a limpa lã...”. Ele (JESUS) é
aquele que morreu com 33 anos de idade, depois de levar os nossos pecados na
cruz e suportar uma eternidade de dores. Tem cabelos brancos como a neve. Entre
o povo de DEUS, a “Coroa de honra são as cãs...” (pv 16.31a). Certamente a
alvura da cabeça e cabelos de CRISTO provém, em parte, da intensidade da glória
celestial e em parte da sabedoria e, idoneidade moral. Assim, a brancura de
seus cabelos, aqui, não significa velhice, antes, sugere a eternidade,
indicando também Pureza e Divindade.
15. “E os seus pés, semelhante a latão
reluzente, como se tivesse sido refinados numa fornalha, e a voz como a voz de
muitas águas”.
I. “...os seus pés, semelhante
a latão”. No verso 11 do presente capítulo, encontramos JESUS vestido
de uma vestimenta talar. A sua veste “ai até aos pés”, mas não os cobria.
Doutra forma não teria visto as marcas dos cravos e adorado a seu Senhor, cuja
forma glorificada estava adequadamente vestida. Ele estava vestido com a linda
roupa do Grande Sumo Sacerdote. “...Os seus vestidos se tornaram brancos como a
luz” (Mt 17.2). João enfatiza que estes pés reluziam como se “tivessem sido
refinados numa fornalha”.
1. No campo espiritual realmente isso
aconteceu com o Filho do homem durante a sua vida terrena. Ele passou pela
fornalha do sofrimento, e foi provado no fogo do juízo de DEUS. (Cf. Lc 22.44;
Hb 5.7). Além de outros sacrifícios apresentados na antiga aliança que
tipificava a CRISTO sofrendo até a morte, em lugar do pecador. Tomamos aqui
como exemplo a oferta de manjares: “Em Lv 2. a oferta de manjares tipifica
CRISTO nas Suas próprias perfeições, e na Sua dedicação a vontade do Pai. A
flor da farinha fala de igualdade e equilíbrio no caráter de CRISTO; o fogo, de
Ele ser provado pelo sofrimento até a morte de cruz. O incenso, representa a
fragrância de Sua vida perante DEUS; a ausência de fermento, representa o
caráter de CRISTO, como a verdade; a ausência de mel; que Nele não havia a mera
doçura natural que pode existir sem a graça de DEUS na vida de alguém. Azeite
misturado, CRISTO nascido do ESPÍRITO SANTO; azeite untado, CRISTO batizado
pelo ESPÍRITO, a frigideira, os sofrimentos mais evidentes de Sua vida; o sal,
o sabor da graça de DEUS na vida de CRISTO: o que faz parar a ação do fermento;
o forno, os sofrimentos ocultos de CRISTO – consolidados no túmulo: a fornalha
final”.
2. A sua voz como a voz de muitas águas. Em
sentido geral, o Apocalipse é o livro de grandes vozes e são elas que trazem as
mensagens: (Cf.1.10, 12, 15; 3.20; 4.1; 5.2, 11, 12; 6.6, 7, 10; 8.13; 9.13;
10.3, 4, 7, 8; 12.10; 14.2, 7, 13 e 15; 16.1, 17; 18.2, 4, 17; 18.2, 4, 22;
19.1, 5, 6, 17; 19.1, 5, 6, 17; 21.3). Em sentido similar, a sua voz do anjo,
em Dn 10.6, se assemelhava à de “uma multidão”. Tal como aqui, a voz de DEUS,
em Ez 43.2, é como a de “muitas águas”. O autor continua atribuindo, o sentido
da voz, a pessoa de CRISTO, como aquilo que o Antigo Testamento, diz acerca de
DEUS Pai. Em Ap 14.2 repete-se o simbolismo da figura da voz como de “muitas
águas”. Ao que é adicionado “um grande trovão”. Em Ap 19.6 a voz é a de uma “multidão”
e também de “muitas águas” e de “grandes trovões”. Seja como for, tudo na
esfera celestial, se reveste de primeira grande e é elevado a terceira
potência!
16. “E ele tinha na sua desta sete
estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era
como o sol, quando na sua força resplandece”.
I. “... na sua desta sete estrelas”. Dois
pontos importantes devem serem analisado no presente versículo: as sete
estrelas; o rosto do Filho do homem:
1. As
sete estrelas. Sobre a presente expressão: “as estrelas”,
existem várias interpretações, sendo que, duas delas, são aceitas no campo
teológico e a segunda, sem exitação:
(a) As sete estrelas (anjos), são
instrumentos nas mãos de CRISTO, seres angelicais literais, que ministram à
Igreja, controlando seus ministros, e, pelo menos em alguns casos, servindo de
mediadores dos dons espirituais. Por extensão dessa idéia, podemos supor que
todas as comunidades locais dos crentes contam com os seus próprios anjos
guardiões...”. (Cf. Sl 34.7; 1Co 11.10).
(b) As sete estrelas na mão direita do
Senhor, são interpretadas por JESUS como sendo os “sete anjos (pastores) das
sete igrejas” da Ásia Menor. Cf. v. 20. Este sete “mensageiros”, foram homens
enviados pelas igrejas da Ásia para saberem do estado do velho Apóstolo, então
um exilado em Patmos (compare-se Fl 4.18); mas (sendo na sua volta portadores
das “sete cartas”) pode figurar também em nossos dias um ministro de DEUS
portando uma mensagem especial para uma igreja. A palavra “anjo” é apenas transliteração
do grego para o português e significa “mensageiro”. É portanto, o pastor ou
pastores que aqui estão em foco.
2. Seu
rosto era como o sol. As igrejas são castiçais; seus ministros são
estrelas; mas CRISTO é o sol (Ml 4.2). Ele é para o mundo moral, o que o sol é
para o mundo físico. A luz do rosto de JESUS CRISTO é tal que na nova Jerusalém
“não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol...” porque “...o cordeiro é a
sua lâmpada” (Ap 21.23; 22.5). Num contexto geral do significado do pensamento,
o rosto dos justos resplandece como o sol (Mt 13.43), o que também sucede no
caso dos anjos (Ap 10.1).
17. “E eu, quando o vi, caía a
seus pés como morto; e ele pôs sobre a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu
sou o primeiro e o último”.
I. “... não temas”. O
presente versículo, mostra João caindo aos pés do Filho de DEUS, como Paulo no
caminho de Damasco (Ap 9.4), porém às vozes nos dois episódios são
completamente diferentes: a primeira diz “porque me persegues?”, a segunda diz
“não temas”. Estas palavras, observa o Dr. R. N. Champrim, podem ser comparadas
a Dn 10.10,12; e confrontadas com (Is 44.2; Mt 14.2; 27.7; Lc 1.13 e 30). Para
a igreja de Esmirna, há também uma expressão encorajadora da parte de CRISTO
para aquela igreja sofredora: “nada temas”. Esta expressão equivale no grego do
Novo Testamento, “não temas”, ocorre cerca de 365 vezes nas Escrituras (uma
para cada dia). Essa ordem é dada a fim de consolar (Mt 14.27; Jo 6.20; At
27.24); ela servia também para relembrar a João, que seu Senhor o conhecia e se
interessava profundamente por ele em meio ao sofrimento. Para nós, o Senhor tem
a mesma mensagem de amor e firmeza: “Tende bom ânimo! Sou eu. Não temas” (Mt
14.27). Agora, o apóstolo declara: “porém ele pôs sobre mim a sua destra (mão
direita), dizendo-me: “não temas”. Faz, então, uma declaração de amor,
tranqüilidade e poder. (Is 44.2).
18. “E o que vivo e fui morto,
mas eis aqui estou vivo para todo sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do
inferno”.
I. “...E tenho as chaves da morte e do
inferno”. Isso significa autoridade suprema sobre
qualquer força do mal (Mt 16.18; 28.18; Cl 2.15). Neste livro, CRISTO não só
tem as chaves da morte e do inferno, mas também “a chave de Davi” (Ap 3.7), e
por conseguinte, no Novo Testamento: “...as chaves do reino dos céus” (Mt
16.19). É evidente que, enquanto o Senhor estava aqui na terra, Ele tinha em
suas mãos “as chaves do reino dos céus”; isso pode bem ser entendido na
expressão do próprio JESUS ao dizer a Pedro: “Eu te darei (no futuro) as
chaves...”.
1. “A interpretação comum é que as chaves
dadas a Pedro representam a essencial honra que lhe foi concedida: a de ser o
primeiro a anunciar o Evangelho aos judeus: (no dia de Pentecostes) e aos
gentios: (na casa de Cornélio), tendo sido o ESPÍRITO SANTO dado do céu em cada
uma dessas ocasiões (At capítulo 2 e 10). Pedro mesmo descreveu seu privilégio
assim: “DEUS me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a
palavra do Evangelho, e cressem” (At 15.7). Assim ele anunciou o perdão dos
pecados a todos os que crêem, e semelhantemente tal autoridade de DEUS foi
conferida não só a Pedro mais aos demais discípulos do Senhor (cf. Jo 10.23)”.
O Dr. Geo Goodman declara: “É comum salientar o lugar de Pedro no dia de
Pentecostes, abrindo o reino aos judeus, e depois, na pessoa de Cornélio, aos
gentios. Podemos admitir que ele ocupava um lugar eminente entre seus colegas,
enquanto que negamos que lhe fosse um lugar exclusivo”.
2. O Dr. Graham Scroggie observa: “E de fato
não podemos excluir os outros Apóstolos no dia de Pentecostes; nem caso de
Cornélio podemos concordar que esse fosse o único uso das chaves com relação
aos gentios, nem admitir que fosse necessário outra chave diferente daquela que
abrira o Reino aos judeus. Um só ato não havia de esgotar o uso da chave, nem
seriam duas chaves para abrir a porta duas vezes. Podemos entender que a porta,
uma vez aberta, assim permaneceu para nunca mais precisar da chave? Pelo
contrário, creio que se pode demonstrar concludente que a administração do
Reino, simbolizada por estas chaves, ainda não terminou: não findou num só ato
inicial de autoridade. Os homens ainda recebem o Reino e são recebidos no
Reino, e o Reino é a esfera do discipulado, então a chave é, de fato, somente
autoridade”.
3. Podemos entender que depois da porta do
Evangelho estar aberta para os gentios, DEUS através de seus discípulos abriu
uma nova porta para eles, os gentios: a porta da FÉ (At 14.27). “Ora, as
chaves, e não simplesmente uma chave; e se o nosso pensamento é acertado nesta forma
de interpretação, isto significa uma dupla maneira de admitir. A primeira é que
o Senhor chama “a chave da ciência” a qual Ele diz que os doutores da lei tiram
do povo (Lc 11.52). Semelhantemente Ele denuncia os fariseus por fecharem o
Reino dos céus contra os homens: “Nem vós entrais nem deixais entrar os que
estão entrando” (Mt 23.13). Pedro não recebeu as chaves da Igreja, mas do
reino. Uma chave é sinal de autoridade (Is 22.22), e que o poder de “ligar e
desligar” significava para Pedro, significava também para os outros discípulos
(Mt 18.18; Jo 20.23). Ligar e desligar, na linguagem rabínica, queria dizer:
permitir ou proibir, e é isto que a Igreja tem feito desde os dias dos
Apóstolos até a presente era (Jo 20.23; 1Co 5.4-5; 2Cor 5.18-19).
19. “Escreve as coisas que tens
visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”.
I. “...as coisas que tens..., etc”. Os
teólogos costumam dividir o livro do Apocalipse em sete partes, mas a sabedoria
divina o dividiu apenas em três, a saber:
1. As coisas que tens visto. É a primeira das
três divisões deste livro. É, sem dúvida, a menor das três partes deste
compêndio divino: um capítulo, apenas! Também pela pequena duração dos
acontecimentos a que se refere.
2. E as que são. Esta se refere à segunda
parte do livro. De exposição, pouco mais extensa em conteúdo (capítulo 2 e 3).
No que diz respeito ao tempo, é o mais longo período: abrange ensinos para a
vida inteira da Igreja desde os primitivos tempos, e como te servido durante
toda a dispensação da Graça, até o momento do arrebatamento.
3. E as que depois destas (das duas
primeiras) hão de acontecer. A terceira parte, é essencialmente futurísticas,
vai do capítulo 4 a 22. Porém os fatos decorrerão com rapidez e as profecias
que terão lugar neste tempo, sofrerão uma reação em cadeia, e comprir-se-ão
sucessivamente. Porém, mesmo assim, devemos observar que, esta parte do livro,
inclui o Milênio de CRISTO e o estado Eterno ao dia da Eternidade (2Pd 3.18). O
livro do Apocalipse é o único livro profético do Novo Testamento, é a única
iluminação certa que dos acontecimentos atuais e futuros. Enquanto que o livro
de Gênesis é o início da Bíblia, dando começo de todas as coisas na terra, o
livro de Apocalipse encerra o livro divino, descrevendo a consumação de todas
as coisas.
20. “O mistério das sete
estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As estrelas
são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que vistes, são as sete
igrejas”.
I. “...O mistério das sete estrelas”. O
presente vocábulo “mistério” é usado no Novo Testamento cerca de 27 vezes, João
emprega a palavra quatro vezes no seu livro, e sempre com sentido especial:
1. Vejamos! (a) O mistério das sete estrelas
e dos sete castiçais. 1. 20; (b) O mistério de DEUS. 10.7 e 11.15; (c) O
mistério da grande Babilônia. 17.5; (d) O mistério da mulher. 17.7.
2. No texto em foco, a interpretação da
misteriosa visão, é dada pelo próprio CRISTO; isso é muito freqüente nas
Escrituras quando trata-se de um “mistério” (cf. Mt 13.19-23, 37-43). O Senhor
JESUS CRISTO aqui segue o mesmo exemplo, e explica a visão para João seu servo.
Ele diz: “As sete estrelas” (são os sete anjos das sete igrejas). E “...os sete
castiçais” (são as sete igrejas). Este versículo se divide em duas partes: texto
e contexto (metolinguagem); a primeira sendo uma visão; a segunda: uma
interpretação do próprio Senhor. O primeiro capítulo deste livro, a começar
pelo quarto versículo, é uma espécie de apresentação em favor do livro inteiro,
introduzindo o autor sagrado a sua mensagem à Igreja, além de aludir, em termos
breves, àquilo que está contido no livro. Portanto, o livro inteiro do
Apocalipse, apesar de ser um livro profético, é moldado na forma de uma
“carta”, endereçada as sete igrejas da Ásia Menor, e, através dessas igrejas, à
Igreja Universal do Filho de DEUS. Amém.
Estudos no Livro de APOCALIPSE - Hernandes
Dias Lopes
APOCALIPSE 1:1
TEMA: COMO ENTENDER A MENSAGEM DO APOCALIPSE
INTRODUÇÃO
1. O livro de Apocalipse é um livro sobre
JESUS e sua igreja.
2. É um livro de revelação. O véu é retirado
e nos é dado discernimento de determinadas coisas. Essa revelação é feita por
meio de sinais: candeeiros, selos,
trombetas, taças. Usa também números: o número sete aparece 54 vezes.
3. Lemos nos capítulos 1:12,13,20 e 5:5 que
tanto a igreja como a história estão sob total o controle de JESUS CRISTO. A
história não caminha para o caos nem está dando voltas cíclicas, mas caminha
para um fim glorioso da vitória completa de CRISTO e da igreja.
4. O propósito ao
estudarmos o livro de Apocalipse não é para nos aproximarmos dele
com curiosidade frívola, como se estivéssemos com um mapa profético nas mãos,
para investigar fatos históricos para sabermos os tempos no relógio profético.
Ao contrário, esse livro nos foi dado como propósitos morais e espirituais:
CONSOLAR-NOS, "MOSTRAR, O ÂMAGO DA LUTA QUE ESTAMOS TRAVANDO CONTRA O
MUNDO E O DIABO E A VITÓRIA RETUMBANTE DE CRISTO.
5. O estudo do Apocalipse deve nos incentivar
à santidade; encorajamento no sofrimento; adorar àquele que está no trono (2
Ped 3:12).
6. Aqueles que se aproximam desse livro com
uma obsessão escatológica, perdem a sua mensagem. O livro é prático e
revela-nos: 1) A certeza de que JESUS tem o total controle da igreja; 2) JESUS
tem o total controle da História; 3) A perseguição do mundo e do diabo não
podem destruir a igreja; 4) Os inimigos que perseguem a igreja serão vencidos;
5) Os inimigos de CRISTO terão que enfrentar o juízo de DEUS ao mesmo tempo que
a igreja desfrutará da bem-aventurança eterna.
I. COMO ESTUDAR O LIVRO DE APOCALIPSE
1. Qual
é o propósito deste livro?
Seu propósito principal é confortar a igreja
militante em seu conflito contra as forças
do mal. O livro está cheio de consolações para os crentes afligidos. A eles
é dito:
Que DEUS vê suas
lágrimas — 7:17; 21:4
Suas orações produzem verdadeiras revoluções
no mundo - 8:3-4
Sua morte é preciosa aos olhos de DEUS -14:13
Sua vitória é assegurada - 15:2
Seu sangue será vingado - 6:9; 8:3
Seu CRISTO governa o mundo em seu favor -
5:7-8
Seu CRISTO voltará em breve - 22:17
2. Qual é
o tema deste livro?
a) O tema do livro de Apocalipse é a vitória
de CRISTO e de sua igreja sobre Satanás e seus seguidores (17:14). A intenção
do livro é mostrar que as coisas não são como parecem ser. O diabo, o mundo, o
anticristo, o falso profeta e todos os ímpios perecerão, mas a igreja
triunfará. CRISTO é sempre apresentado como Vencedor e conquistador (1:18;
5:9-14; 6:2; 11:15; 19:9-11; 14:1,14; 15:2-4; 19:16; 20:4; 22:3. JESUS triunfa
sobre a morte, o inferno, o dragão, a besta, o falso profeta, a babilônia e os
ímpios.
b) A igreja que tem sido perseguida ao longo
dos séculos, mesmo suportando martírio é vencedora (7:14; 22:14; 15:2).
c) Os juízos de DEUS mandados para a terra
são uma resposta de DEUS às orações dos santos (8:3-5).
3. Para
quem foi destinado este livro?
a) Este livro foi inicialmente endereçado aos
crentes que estavam suportando o martírio na época do apóstolo João. Houve
grandes perseguições nos primeiros séculos contra a igreja: 1) Nero (64 d.C);
2) Domiciano (95 d.C); 3) Trajano (112 d.C); 4) Marco Aurélio (117 d.C); 5)
Sétimo Severo (fim do segundo século); 6) Décio (250 d.C); 7) Diocleciano (303
d.C).
b) Este livro foi destinado não apenas aos
seus primeiros leitores, mas a todos os crentes durante esta inteira
dispensação, que vai da primeira à segunda vinda de CRISTO.
4. Quando
foi escrito este livro?
a) Este livro foi escrito por João quase no
final do governo de Domiciano, quando foi banido para a Ilha de Patmos.
MINHA CONCLUSÃO GERAL (Ev. Henrique)
Acreditamos que JESUS vem nos buscar no
arrebatamento que se dará antes da Grande Tribulação, depois acontecerá no céu
o tribunal de CRISTO e as bodas do Cordeiro, enquanto na terra acontecerão 7
anos de Grande Tribulação, anos estes divididos em dois períodos de 3 anos e
meio, sendo que nos 3 anos e meio primeiros haverá paz entre as nações com a
administração do anticristo que enganará até aos judeus, fazendo-se passar por
CRISTO. Haverá pregação do evangelho durante a Grande tribulação que será feita
por 2 testemunhas e pelos 144 mil judeus selados para essa tarefa, Na metade da
grande tribulação o anticristo exigirá adoração e profanará a o templo (talvez
reconstruído por ele mesmo nos 3 anos e meio iniciais). Assim se iniciará os 3
anos e meio finais da grande tribulação com a divisão entre os povos que não
aceitam a liderança do anticristo e os que aceitam. Os judeus serão grandemente
perseguidos, todos as pessoas que não aceitarem a marca da besta que será
impressa na mão ou na testa de cada um será declarado inimigo e portanto,
condenado a morte. Tribos, nações e reinos e povos se enfrentarão na batalha do
Armagedom e JESUS descerá com poder e glória no final desta guerra sobre o
Monte das Oliveiras e vencerá os exércitos inimigos de Israel e desobedientes a
DEUS. Separará os bodes das ovelhas, ou seja os que querem seu governo e os que
não querem. Destruirá os que não querem e começará a governar por mil anos
sobre Israel e todos os povos que restaram. Satanás será preso por mil anos e
depois solto; tentará as nações e empreenderá batalha contra CRISTO que o
vencerá e aos seus seguidores. Depois vem o Juízo Final com o julgamento de
todos os que não têm seus nomes escritos no Livro da Vida para que sejam
lançados no lago de Fogo e Enxofre, onde já estarão o falso profeta, a besta e
o anticristo agora lançado lá.
Depois todos os povos que aceitaram a JESUS
como Salvador e Senhor serão congregados à Nova Jerusalém, a Jerusalém celeste.
A terra será destruída pelo fogo e Novos Céus e Nova Terra serão nossa morada
eterna junto a DEUS. Glória a DEUS.
RESUMO DA LIÇÃO 1, APOCALIPSE, A REVELAÇÃO DE
JESUS CRISTO - 2º trimestre de 2012
I. O LIVRO DO APOCALIPSE
1. Apocalipse, o único livro profético do NT.
2. Um livro de advertências e consolações.
II. AUTORIA, DATA E LOCAL
1. Autoria. João, filho de Zebedeu, é o autor
do Apocalipse (Ap 1.1,4,9; 22.8).
2. Data.
3. Lugar.
III. APOCALIPSE, O LIVRO PROFÉTICO DO NT
1. Tema do Apocalipse.
2. Divisões do Apocalipse.
3. Objetivos do Apocalipse.
IV. A LEITURA DO APOCALIPSE
1. A produção de livros no período do Novo
Testamento.
2. A leitura das Escrituras Sagradas.
3. A liturgia da Palavra.
VOCABULÁRIO
Alcunha: Qualificativo especial (p.ex. nobre,
leal, etc).
Arquipélago: Conjunto de ilhas dispostas em
grupo, em maior ou menor extensão, numa superfície marítima.
Epílogo: Recapitulação, resumo ou desfecho
de uma peça literária.
Ciosos: Que tem zelo.
Módico: Pouco, escasso; cujo valor é baixo.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que
brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001. LAWSON, Steven J.
As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de CRISTO para seu povo. 5.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
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