Lição 1, A Epístola aos Romanos
2º trimestre de 2016 - Maravilhosa Graça
- O Evangelho de JESUS CRISTO Revelado Na Carta Aos Romanos
Comentarista da CPAD: Pr. José
Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e
vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
Resumo da Lição 1, A Epístola aos Romanos
I. AUTOR, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS
1. O autor.
2. Local e data.
3. Destinatários.
II. FORMA LITERÁRIA, CONTEÚDO E
PROPÓSITO
1. Forma literária.
2. Conteúdo. .
3. Propósito.
III. VALOR ESPIRITUAL
1. Fundamentação doutrinária.
2. Renovação espiritual.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Quem é o autor da Epístola aos Romanos?
O apóstolo Paulo.
Quem auxiliou Paulo a escrever a Carta aos
Romanos?
Tércio.
Em que ano Paulo escreveu a epístola aos
Romanos e em que cidade ele se encontrava?
Paulo escreveu aos romanos provalvelmente
entre os anos 56 e 57 d.C, quando se encontrava na próspera cidade de Corinto,
capital da província romana de Acaia, no território da Grécia.
De acordo com a lição, quais os principais
temas da Epístola aos Romanos?
Romanos trata de alguns temas bem específi
cos, como por exemplo, a pecaminosidade do homem, a salvação de DEUS, a
justificação pela fé e a graça divina.
Qual o propósito principal da Carta aos
Romanos?
Uma leitura cuidadosa de Romanos nos mostra
que essa carta não possui apenas um único propósito, mas vários. O principal, segundo
a Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal é “apresentar Paulo aos
romanos e sintetizar a mensagem do apóstolo, antes de sua chegada a Roma”.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Epístola aos Romanos
A mais famosa epístola do apóstolo Paulo foi
escrita aproximadamente entre 57 e 58 d.C., com uma margem de erro de um ou
dois anos, de acordo com o estudioso do Novo Testamento, D. A. Carson. O autor
é Paulo, embora tenha sido Tércio quem escreveu a epístola, o amanuense do
apóstolo (Rm 16.22). A carta foi destinada aos crentes, judeus e gentios, que
constituíam a igreja em Roma (Rm 1.7,15). A maioria dos estudiosos concorda que
havia pelo menos dois propósitos na epístola paulina: (1) missionário — O
apóstolo se apresentaria à igreja para remover as suspeitas contra ele
levantadas pelo partido judaico de Jerusalém a fim de impedi-lo a chegar à
Europa, na Espanha; (2) Doutrinário — Expor os direitos e privilégios da
salvação tanto dos judeus quanto dos gentios, pois, em CRISTO, não haveria mais
judeu nem grego, mas uma pessoa somente nascida de novo em JESUS CRISTO (Rm
14.1-10). Por isso, o principal texto da Epístola aos Romanos é “Porque nele se
descobre a justiça de DEUS de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá
da fé” (1.17).
Caro professor, estude bons comentários do
Novo Testamento. Associe o conhecimento adquirido a partir do seu estudo
introdutório, e sob a perspectiva da visão do todo da carta de Paulo, com o
auxílio da tabela abaixo.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A Epístola aos Romanos foi escrita em forma
de diálogo. Ela trata de temas bem específicos e não possui apenas um
único propósito, mas vários.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Reproduza o quadro abaixo, e utilize-o para
apresentar de forma sucinta algumas informações que são essenciais para a
compreensão da Epístola aos Romanos.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Paulo é o autor da Epístola aos Romanos. Ele
escreveu esta carta entre os anos de 56 e 57 d.C., tendo como destinatário a
igreja em Roma.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, explique aos alunos que “quando
Paulo escreveu a carta à Igreja de CRISTO em Roma, ainda não havia estado nesta
cidade, mas já havia anunciado o evangelho ‘desde Jerusalém e arredores até ao
Ilírico’ (Rm 15.19). O apóstolo planejou visitar e pregar em Roma; esperava
continuar a levar o evangelho ao ocidente, à Espanha” (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.1550).
Para que o aluno tenha uma compreensão melhor
da localização de tais cidades e acontecimentos onde Paulo esteve, reproduza o
mapa abaixo, distribua para os alunos e o utilize antes da explicação do
primeiro tópico.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O valor espiritual da Epístola aos Romanos é
imenso. Ela é considerada a mais teológica dentre todas as outras escritas
por Paulo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Paulo destaca alguns aspectos principais na
carta aos Romanos. A doutrina da salvação é apresentada dentro de alguns itens
especiais: o teológico (1.18—5.11); o antropológico (5.12—8.39); o histórico
(9.1—11.36) e o ético (12.1—15.33). Esse plano alcança toda a obra e contém
verdades incontestáveis e irremovíveis.
Na esfera teológica. Paulo apresenta a
condição perdida dos homens, sem a mínima possibilidade de salvação por méritos
próprios. Logo depois, CRISTO é a solução, visto que, por meio de sua morte,
todos podem ser justificados da condenação. O pecador é justificado mediante a
obra expiatória de JESUS CRISTO.
Na esfera antropológica. A ilustração do
primeiro e segundo Adão, coloca o crente de frente a uma nova realidade
espiritual. O primeiro Adão foi vencido pelo pecado, mas o segundo o venceu por
todos os homens. Em CRISTO, o homem assume um novo regime de vida sob a
orientação do ESPÍRITO SANTO” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho
da Justiça de DEUS. 8ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.17).
Comentários de vários autores com alguma
modificações do EV. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos
Dez provas de que Pedro nunca esteve em Roma (Não foi Pedro e nem Paulo
quem fundou a Igreja em Roma)
1. - A COMISSÃO DE CRISTO A PEDRO - Esta sempre representa um embaraço
aos católica Cristo comissionou Pedro a se tornar o principal apóstolo aos
CIRCUNCISOS (judeus), não aos incircuncisos (gentios).
“Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da CIRCUNCISÃO (Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da CIRCUNCISÃO, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios)”.
Esta verdade está expressa na linguagem mais clara. Paulo, não Pedro, é quem foi comissionado para ser apóstolo entre gentios. E quem escreveu a Epístola ao Romanos? Claro que não foi Pedro (Gálatas 2:9).
“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à CIRCUNCIS” (Gl 2:9 ACF)
“Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da CIRCUNCISÃO (Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da CIRCUNCISÃO, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios)”.
Esta verdade está expressa na linguagem mais clara. Paulo, não Pedro, é quem foi comissionado para ser apóstolo entre gentios. E quem escreveu a Epístola ao Romanos? Claro que não foi Pedro (Gálatas 2:9).
“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à CIRCUNCIS” (Gl 2:9 ACF)
Paulo também menciona o seu ofício especial como apóstolo aos gentios,
na 2 Timóteo 1:11:
“Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios”.
“Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios”.
Em parte nenhuma Pedro é chamado um apóstolo aos gentios. Isto torna
impossível ele ter ido a Roma, para se tornar o líder da comunidade gentia.
2. - PAULO DISSE, ESPECIFICAMENTE, AOS GENTIOS ROMANOS, QUE ELE, NÃO
PEDRO, HAVIA SIDO ESCOLHIDO PARA SER O APÓSTOLO DELES:
“Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho
de Deus.” (Rom. 15:16).
Paulo recebeu este encargo diretamente de Cristo. Ele até relata, ainda mais, em Romanos 15:16, que foi Cristo que o tinha escolhido “para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.”
Paulo recebeu este encargo diretamente de Cristo. Ele até relata, ainda mais, em Romanos 15:16, que foi Cristo que o tinha escolhido “para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.”
PAULO estabeleceu a única igreja [local] VERDADEIRA em Roma. NÃO Pedro.
3. - SOMOS INFORMADOS, PELO PRÓPRIO PAULO - QUE FOI ELE, NÃO PEDRO, QUEM
AINDA IRIA A ROMA, PARA VER OFICIALMENTE, ALI, A IGREJA [local] DAQUELA CIDADE.
(Rom. 1:11).
“Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim
de que sejais confortado” (Rm 1:11 ACF)
A igreja [local] em Roma não foi oficialmente estabelecida, senão em 55
ou 56 d.C. Mesmo assim, os católicos gostariam que acreditássemos que Pedro fez
isso, dez anos antes, no reinado de Cláudio. Nem Pedro nem Paulo estabeleceram
a Igreja Católica [universal]. Estas provas são dadas, principalmente, para
ilustrar que é absolutamente impossível que Pedro esteja, de algum modo, associado
a QUALQUER igreja em Roma.
4. - ENCONTRAMOS PAULO NÃO APENAS DESEJANDO ESTABELECER A IGREJA [local]
EM ROMA - como afirmando, enfaticamente, que a sua política NUNCA foi a de
edificar sobre alicerce lançado por outro homem “E desta maneira me esforcei
por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, PARA NÃO EDIFICAR SOBRE
FUNDAMENTO ALHE” (Rm 15:20 ACF)
Se Pedro tivesse fundado a igreja [local] em Roma, uns dez anos antes
desta declaração, ela representaria uma séria afronta a Pedro. Esta simples
declaração é uma prova de que Pedro nunca esteve em Roma, antes desse tempo, para
ali fundar igreja alguma.
5. - NO FINAL DA EPÍSTOLA DE PAULO AOS ROMANOS – Paulo saúda nada menos
de 28 pessoas diferentes, mas NUNCA MENCIONA PEDRO, UMA VEZ SEQUER. Vejam
Romanos 16. Leiam todo o capítulo.
“1 Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia, 2 Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar ... 3 Saudai a Priscila e a Áqüila, ... a Epêneto, ... a Maria, ... a Andrônico e a Júnias, ... a Amplias, ... a Urbano, ... a Estáquis, ... a Apeles, ... aos da família de Aristóbulo. ... a Herodião, ... aos da família de Narciso, ... a Trifena e a Trifosa, ... Pérside, ... Rufo, ... Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermas, ... a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, ....” (Rm 16:1-27 ACF)
Lembrem-se que Paulo saudou estas pessoas em 55 a 56 d.C.. Por que ele não mencionou Pedro? Simplesmente porque Pedro não estava ali.
“1 Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia, 2 Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar ... 3 Saudai a Priscila e a Áqüila, ... a Epêneto, ... a Maria, ... a Andrônico e a Júnias, ... a Amplias, ... a Urbano, ... a Estáquis, ... a Apeles, ... aos da família de Aristóbulo. ... a Herodião, ... aos da família de Narciso, ... a Trifena e a Trifosa, ... Pérside, ... Rufo, ... Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermas, ... a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, ....” (Rm 16:1-27 ACF)
Lembrem-se que Paulo saudou estas pessoas em 55 a 56 d.C.. Por que ele não mencionou Pedro? Simplesmente porque Pedro não estava ali.
6. - UNS 4 ANOS APÓS TER ESCRITO AOS ROMANOS - Paulo foi levado como
prisioneiro a Roma, a fim de comparecer diante de César. Quando [os membros] da
comunidade cristã souberam da
chegada de Paulo, foram todos encontrá-lo (Atos 28:15).
“E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça
de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo.”
(At 28:15 ACF)
Mais uma vez, não existe uma única menção a Pedro entre esses cristãos.
Isto seria um absurdo, se Pedro estivesse em Roma, pois Lucas sempre menciona
os principais apóstolos, em sua narrativa de Atos. Mas ele não fala coisa
alguma sobre Pedro encontrando Paulo. Por que? Porque Pedro não estava em Roma.
7. - QUANDO, FINALMENTE, PAULO CHEGOU A ROMA - a primeira coisa que ele
fez foi convocar “os principais dos judeus” (Atos 28:17), aos quais ele
declarou “aos quais declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava
persuadi-los à fé em Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde
a manhã até à tarde.” (verso 23).
Curioso é que os principais dos judeus afirmaram que pouco sabiam sobre
os ensinos básicos de Cristo. O que eles sabiam era que “em toda parte se fala
contra esta seita”.(verso 22). Então, Paulo começou a explicar-lhes os ensinos
básicos de Cristo sobre o reino de Deus. Alguns creram... Mas alguns não
creram. O que isto significa? - Que se Pedro, um forte partidário dos judeus,
estivesse pregando constantemente em Roma, durante 14 anos, antes desse tempo,
e continuasse ali - como podiam esses líderes judeus ter conhecido tão pouco as
mais básicas verdades do Cristianismo?> Esta é mais uma clara prova de que
Pedro não havia estado em Roma, antes de 56 d.C.
8. - APÓS A REJEIÇÃO DOS ANCIÃOS JUDEUS - Paulo alugou sua própria casa,
por dois anos. Durante esse tempo, ele escreveu as Epístolas aos Efésios,
Filipenses, Colossenses, Filemom e Hebreus. Conquanto Paulo mencione outros
cristãos como estando em Roma, durante aquele período, em parte nenhuma ele
mencionou Pedro. A razão óbvia é que Pedro, o apóstolo da circuncisão, não
estava em Roma.
9. - QUANDO TERMINOU A PRISÃO DE PAULO, POR DOIS ANOS - ele foi
libertado. Mas, 4 anos depois (65 d.C.), ele foi enviado de volta à prisão em
Roma. Nesse tempo, ele teve de comparecer diante do trono de César e foi
condenado à morte. [Segundo antigos historiadores, Paulo esteve preso em Roma 2
anos, entre 61-63 depois, foi libertado da prisão (porque seus acusadores de
Jerusalém não vieram a Roma a tempo?), uns dizendo que foi obrigado a
permanecer em Roma, outros que viajou e pregou em vários locais (talvez até na
Espanha novamente foi aprisionado em 66 dC (por nova ou pela antiga acusação
contra ele finalmente foi decapitado por ordem de Nero, em 67 dC. Tudo isto
casa com várias evidências na Bíblia. Ver, por exemplo,]
Isto significa que, se fôssemos acreditar nos [padres] católicos,
diríamos que Pedro abandonou Paulo, visto como eles costumam afirmar que Pedro
estava muito presente em Roma, durante o julgamento de Paulo. Uma vez, Pedro
negou Cristo, mas isso aconteceu antes de sua conversão. Acreditar que Pedro
estava em Roma durante a condenação de Paulo é insustentável.
10. - PAULO ESCREVEU A TIMÓTEO (2 Timóteo 4:16) -> “Ninguém me
assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes
não seja imputado”. A verdade se torna clara. Paulo escreveu>a Roma, ele
havia estado em Roma e, no final, escreveu, pelo menos, seis epístolas de Roma,
porém nunca mencionou Pedro. E, na 2 Timóteo 4:11, ele diz: “Só Lucas está
comigo”. Portanto, Pedro nunca foi o Bispo de Roma.
Onde Pedro estava?
Em 45 d.C., encontramos Pedro sendo posto na prisão, em Jerusalém (Atos
12:3-4). Em 49 d.C., ele ainda permanece em Jerusalém, participando do Concílio
de Jerusalém. Em 51 d.C., ele esteve em Antioquia da Síria, onde teve um
desentendimento com Paulo, porque ter-se recusado a comer com os gentios. Seria
estranho um Bispo de Roma não quis ter coisa alguma a ver com os gentios, em 51
d.C. [N.T. Seria como o papa Ratzinger chegar ao Brasil, ficar sempre com os
judeus e desprezar os católicos].
Mais tarde, em cerca de 66 dC, encontramos Pedro na Babilônia, entre os judeus (1 Pedro 5:13).
“A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos.” (1Pe 5:13 ACF)
Mais tarde, em cerca de 66 dC, encontramos Pedro na Babilônia, entre os judeus (1 Pedro 5:13).
“A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos.” (1Pe 5:13 ACF)
Lembrem-se que Pedro era o apóstolo aos circuncisos [isto é, apóstolo
somente para os judeus]. Então por que estaria ele na Babilônia? Porque a
história mostra que havia muitos judeus nas áreas da Mesopotâmia, no tempo de
Cristo, do mesmo modo como havia na Palestina. Não é de admirar, portanto, que
Pedro ali estivesse. Talvez seja esta a razão por que alguns eruditos afirmem
que, em seus escritos, Pedro tem um forte sabor aramaico - do tipo do Aramaico
falado na Babilônia. Sem dúvida, Pedro estava habituado ao seu dialeto
oriental.
No período de tempo em que os [padres] católicos acreditam que Pedro
estava em Roma, a Bíblia mostra claramente, que ele estava em um lugar
diferente. A evidência é abundante e conclusiva. Quando alguém presta atenção à
exata Palavra de Deus, não precisa ser enganado. PEDRO NUNCA FOI O BISPO DE
ROMA.
ROMANOS
é O EVANGELHO SEGUNDO PAULO
ROMANOS 2.16. no dia em que Deus há de julgar
os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho.
Saudação(I:I-7).Antigamente uma carta
começava com uma saudação simples: " a ... saudações". Tal saudação
constitui o esboço das saudações que se usava para iniciar a maior parte das
epístolas do Novo Testamento, ampliadas de vários modos e recebendo ênfase
cristã. A saudação desta carta toma forma parecida: "Paulo... a todos os
chamados de DEUS que estais em Roma ... saudações." Mas cada parte da
;"saudação é ampliada - o nome do remetente, o nome dos destinatários e
.i.é saudações propriamente ditas. 1. Paulo, servo de JESUS CRISTO,
chamado para ser apóstolo. A palavra traduzida por "servo" é o termo
grego doulos, "escravo". Paulo está completamente à
disposição do seu Senhor. A convocação dele deveria ser apóstolo, para ser
especialmente comissionado por CRISTO, foi dita diretamente - diz ele -
"por JESUS CRISTO, e por DEUS Pai" (Gl 1:16), que lançaram sobre ele
a responsabilidade de proclamar o Evangelho no mundo gentílico (Gl 1:16).
Separado para o evangelho de DEUS, isto é, posto à parte para o
ministério do Evangelho, muito antes de sua conversão (ver Gl 1:15, onde fala
dele mesmo como tendo sido separado antes do seu nascimento). Todos os ricos e
variados dons da herança de Paulo (judaica, grega e romana), e da sadia
educação foram predestinados por DEUS com vistas ao seu serviço apostólico.
Verifique-se a descrição que o Senhor ressurreto faz de Paulo como "um
instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios" (At 9:15).
O "evangelho de DEUS", Seu evangelion, é Sua jubilosa
proclamação da vitória e da exaltação de Seu Filho, e da conseqüente anistia e
libertação que os homens podem desfrutar pela fé nele. O fundo
veterotestamentário do uso neotestamentário de evangelion acha-se na
LXX, em Isaías 40-66 (principalmente em Is 40:9,52:7,60:6,61:1), onde se usa
este substantivo ou seu verbo cognato evangelizomai para indicar a
proclamação da iminente libertação de Sião e retorno do exílio. Os escritores
do Novo Testamento tratam dessa proclamação como prefigurando aquela libertação
do cativeiro e da alienação espiritual alcançada pela morte e ressurreição de
CRISTO (ver, p. 169).
O que motivou o apóstolo a escrever à igreja
em Roma foi a exposição do Evangelho de CRISTO. O tema da justificação pela fé
predomina nos primeiros cinco capítulos.
Paulo estava no final de sua terceira
viagem missionária, plantando igreja nos grandes centros orientais do Império
Romano: Éfeso, Corinto, Filipos etc, onde a Palavra do senhor prospera
significativamente (At 19.11,20,26;Ap 1.4,11). O apóstolo já havia difundido o
evangelho a partir de Jerusalém até as atuais Iugoslávia e Albânia (Rm 15.19).
Como já vimos, o evangelho estava bem
difundido em Roma, onde o apóstolo menciona vários irmãos na fé (Rm 16.3-5).
Agora Paulo, o incansável e corajoso homem de DEUS, escreve aos crentes de
Roma, manifestando o seu propósito de estar com eles (Rm 1.13,15;At 19.21).
No tocante à eleição e predestinação, podemos
aplicar a analogia de um grande navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio
(a igreja) para ser sua própria nau. CRISTO é o capitão e piloto desse navio.
Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva
em CRISTO; enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu capitão, estarão
entre os eleitos; caso alguém abandone o navio e o seu capitão, deixará de ser
um dos eleitos. a predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS
preparou para quem nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio
eleito mediante JESUS CRISTO.
O termo graça, do original charis, é usado
cerca de cem vezes nas epístolas paulinas, Destas, vinte e quatro aparecem
apenas em Romanos.
Na Antiga Aliança, o termo hebraico hesed
corresponde ao sentido do Novo Testamento.
Traduzido por "favor",
"misericórdia", "bondade amorosa", ou "graça que
procede de DEUS"
Charis é o dom ou favor imerecido de DEUS,
mediante o qual os homens são salvos por meio de CRISTO (Ef 1.7; 2.5,8; Rm
3.24; Tt 2.14).
A graça de DEUS é dinâmica, não só salva, mas
vivifica aqueles que estão destruídos pelo pecado, capacitando-os a viver em
santidade (Ef 2.1-8).
Na igreja em Roma, muitos acreditavam que
cada um podia fazer o que bem desejasse.
Se a lei não salva, temos algum
compromisso com ela? Resposta da Palavra de DEUS: Somos salvos pela graça, por
meio da fé (Ef 2.8-10). No entanto, a fé não anula a lei, mas a estabelece (Rm
3.30-31).
Segundo a Hermenêutica a palavra graça tem suas variantes como se segue
:
1.Favor imerecido. 2Tm.1.9. 1Pd.5.10. Tt.2.11.
2. Como prova do propósito divino. Gn.6.8. Ef.2.7,8. At.15.8.
3. Como justificação. Tt.3.7.Rm.3.24
4. Força e Santidade. 2Cor.12.9. 1Cor.15.10.
5. Palavra do Evangelho. At.14.3. 20.24.
6. Doutrina do Evangelho. Hb.13.9. At.13.43. 1Pd.1.12. 2Pd.3.18.
7. Salvação e glória eterna. 1Pd.1.10,13. Ap.21.6.
1.Favor imerecido. 2Tm.1.9. 1Pd.5.10. Tt.2.11.
2. Como prova do propósito divino. Gn.6.8. Ef.2.7,8. At.15.8.
3. Como justificação. Tt.3.7.Rm.3.24
4. Força e Santidade. 2Cor.12.9. 1Cor.15.10.
5. Palavra do Evangelho. At.14.3. 20.24.
6. Doutrina do Evangelho. Hb.13.9. At.13.43. 1Pd.1.12. 2Pd.3.18.
7. Salvação e glória eterna. 1Pd.1.10,13. Ap.21.6.
COMENTÁRIO ROMANOS (1.1-6) (1.7-15)
Saudação(I:I-7).
Antigamente
uma carta começava com uma saudação simples: " a ... saudações". Tal
saudação constitui o esboço das saudações que se usava para iniciar a maior
parte das epístolas do Novo Testamento, ampliadas de vários modos e recebendo
ênfase cristã.
A saudação
desta carta toma forma parecida: "Paulo... a todos os chamados de DEUS que
estais em Roma ... saudações." Mas cada parte da ;"saudação é
ampliada - o nome do remetente, o nome dos destinatários e .i.é saudações
propriamente ditas.
1. Paulo,
servo de JESUS CRISTO, chamado para ser apóstolo.
A palavra traduzida
por "servo" é o termo grego doulos, "escravo". Paulo está completamente
à disposição do seu Senhor. A convocação dele deveria ser apóstolo, para ser
especialmente comissionado por CRISTO, foi dita diretamente - diz ele -
"por JESUS CRISTO, e por DEUS Pai" (Gl 1:16), que lançaram sobre ele
a responsabilidade de proclamar o Evangelho no mundo gentílico (Gl 1:16).
Separado para o evangelho de DEUS, isto é, posto à parte para o ministério do
Evangelho, muito antes de sua conversão (ver Gl 1:15, onde fala dele mesmo como
tendo sido separado antes do seu nascimento). Todos os ricos e variados dons da
herança de Paulo (judaica, grega e romana), e da sadia educação foram
predestinados por DEUS com vistas ao seu serviço apostólico. Verifique-se a
descrição que o Senhor ressurreto faz de Paulo como "um instrumento
escolhido para levar o meu nome perante os gentios" (At 9:15). O
"evangelho de DEUS", Seu evangelion, é Sua jubilosa proclamação da vitória e da
exaltação de Seu Filho, e da conseqüente anistia e libertação que os homens
podem desfrutar pela fé nele. O fundo veterotestamentário do uso
neotestamentário de evangelion acha-se na LXX, em Isaías 40-66
(principalmente em Is 40:9,52:7,60:6,61:1), onde se usa este substantivo ou seu
verbo cognato evangelizomai para indicar a proclamação da iminente
libertação de Sião e retorno do exílio. Os escritores do Novo Testamento tratam
dessa proclamação como prefigurando aquela libertação do cativeiro e da
alienação espiritual alcançada pela morte e ressurreição de CRISTO (ver, p.
169).
2. O qual
foi por DEUS outrora prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas
Escrituras.
Comparar 1:17,3:21, 4:3,6ss. Para o
desenvolvimento desta sentença.
3. Com respeito a ser filho de Davi.
Esta frase,
que expressa o tema do "evangelho de DEUS", introduz um breve sumário
confessional (versículos 3, 4) que talvez tenha sido tão familiar aos cristãos
romanos como ao próprio Paulo. Todavia, é provável que Paulo tenha refundido o
fraseado com o fim de expor certas ênfases necessárias. .
O qual. segundo a carne, veio ("nasceu", RV) da descendência de Davi (da "semente" de Davi). É evidente
que a descendência davídica de JESUS fazia parte do conteúdo da pregação e da
confissão dos cristãos primitivos. JESUS não parece ter insistido muito nisso,
mas não recusou a designação de "Filho de Davi" quando Lhe foi
aplicada, por exemplo. pelo cego Bartimeu (Mc 10:47). Sua indagação sobre a
exegese que os escribas faziam do Salmo 110: 1 (Mc 12:35-37) não deve ser
interpretada como repúdio da descendência de Davi.
4. E foi poderosamente demonstrado Filho de
DEUS.
A palavra
traduzida por "demonstrado" (horizõ) tem a mais completa força do termo
"nomeado" ou "constituído" (usa-se em At 10:42. 17:31
referindo-se à nomeação de CRISTO como Juiz de todos). Paulo não quer dizer que
JESUS se tornou o Filho de DEUS pela ressurreição, mas. sim,
que Aquele que durante Sua vida terrena "foi o Filho de DEUS em fraqueza e
humildade" , pela ressurreição tornou-se "o Filho de DEUS em
poder" (A. Nygren, ad
loc.). Semelhantemente,
Pedro, no dia de Pentecoste, concluiu sua proclamação da ressurreição e
exaltação) de CRISTO com as palavras: "Esteja absolutamente certa, pois,
toda a casa de Israel de que a este JESUS que vós crucificastes, DEUS o fez
Senhor e CRISTO" (A: 2:36). A expressão "poderosamente" -
literalmente com poder (é
dunameo aparece
também em Marcos 9:1, onde a vinda do reino de DEUS "com poder" é
provavelmente a seqüência direta da morte e vindicação de JESUS.
Segundo o ESPÍRITO de santidade. É óbvia a antítese entre "segundo a
carne" e "segundo o ESPÍRITO . Mas quando Paulo estabelece o segundo
termo desta antítese, esclarece a que "ESPÍRITO" se refere
acrescentando. genitivo "de santidade". O ESPÍRITO de santidade é a maneira hebraica " normal de dizer
"o ESPÍRITO SANTO". E aqui Paulo reproduz em grego a expressão
idiomática hebraica. Pela presente antítese. de "carne" e
"ESPÍRITO" ele "evidentemente ... não alude às duas naturezas de
nosso Senhor, mas aos
dois estados, de humilhação
e exaltação". É um e o mesmo Filho de DEUS que aparece igualmente em
humilhação e em exaltação. Mas Sua descendência davídica, matéria de glória
"segundo a carne” é contudo vista agora como pertencente à fase de Sua
humilhação, absorvida e transcendida pela sobrepujante glória de Sua
exaltação, pela qual inaugurou a era do ESPÍRITO. O derramamento e o ministério
do ESPÍRITO atestam a entronização de JESUS como "Filho de DEUS com
poder".
Pela
ressurreição dos mortos (melhor
que "pela ressurreição dentre os mortos"). A frase literal é:
"em conseqüência da ressurreição dos mortos" (de ressuscitarem os
mortos). O plural "mortos" pode ser tomado como um exemplo do que os
gramáticos chamam de "plural de generalização". Exatamente a mesma
expressão aparece, com referência à ressurreição de CRISTO, em Atos 26:23,
"sendo o primeiro da ressurreição entre os “mortos" (RV, "pela
ressurreição dos mortos"). Portanto, aqui a referência é à ressurreição da
pessoa de CRISTO, e não (como pensam alguns), à Sua ação ressuscitando Lázaro e
outros - -muito menos ao fenômeno descrito em Mateus 27:52. Mas a ressurreição
de CRISTO é indicada por uma frase que faz pensar na futura ressurreição do
povo de CRISTO. A ressurreição dele é a primeira etapa da "ressurreição
dos mortos", como o esclarece 8:11 (ver 1 Co 15:20-23).
5. Graça e apostolado.
Esta expressão é
provavelmente uma hendiadis significando "a graça ou dom celeste) do
apostolado". Compare-se isto com as alusões em 12:6 .os "diferentes
dons segundo a graça que nos foi dada", e em 15:15 à “graça" dada por
DEUS a Paulo para ser "ministro de CRISTO JESUS entre os gentios" .
Para a obediência
por fé. Melhor,
"para a obediência da fé" (RV), i.e para produzir a obediência
baseada na fé em CRISTO. "Fé" aqui não é o Evangelho, o corpo
doutrinário apresentado para ser crido, mas é o ato de crer propriamente dito.
(Ver 15:18, 16:26.)
Entre todos
os gentios. Ou
"entre as nações" (RV, "entre todas as nações"). Esta frase
indica a vocação especial de Paulo para ser apóstolo entre os gentios. A
palavra grega ethne (como seu equivalente hebraico Oyim) ora é
traduzida por "nações", ora por "gentios", ora por
"pagãos" (para esta tradução, ver Gl 1:16, 2:9, 3:8, AV).
6. De cujo número sois também vós.
Isto
provavelmente significa não só que a igreja romana estava situada no mundo
gentílico, mas que seus membros eram na maioria gentios.
Chamados para serdes
de JESUS CRISTO (como
RV; melhor que "chamados de JESUS CRISTO"). Ver 8:28,30.
ROMANOS 1.7-15
7. Em Roma.
Chamados para serdes
SANTOs, i. e.,
"SANTOs por vocação divina".
convocados por DEUS para serem o Seu povo
SANTO, separado para Ele No Novo Testamento há indicações aqui e ali de que a
expressão "os SANTOs" era uma designação (muito provavelmente uma
auto-designação daqueles judeus cristãos (ver 15:25; Ef 2:19) que se consideravam
come "os SANTOs do Altíssimo", destinados a receber autoridade real e
judicial de DEUS (Dn 7:22,27). Paulo insiste em aplicar o mesmo designativo aos
cristãos gentílicos, pertencentes ao mesmo corpo a que pertenciam os seus
irmãos da raça judaica.
Graça a vós
outros e paz. As
palavras "graça e paz" , tão comuns nas saudações de Paulo,
provavelmente unem os modos grego e hebraico de saudar. O grego diz: Chaire! - que
literalmente significa "Alegra-te!" O judeu diz: Shalom! - "Paz!"
Só que, ao unir estas formas de saudação. Paulo troca a palavra chaire pela
palavra charis, "graça", que é o melhor termo
homófono e que é mais caracteristicamente cristão. A graça de DEUS é Seu livre
amor e Seu imerecido favor aos homens, dado mediante CRISTO. A paz de DEUS é o
bem-estar que os homens desfrutam mediante Sua graça.
Da parte de
DEUS nosso Pai e do Senhor JESUS CRISTO. Esta espontânea e repetida colocação de
CRISTO com DEUS testifica do lugar que CRISTO ocupava nos pensamentos e no
culto que Paulo e outros cristãos da igreja primitiva prestavam a DEUS.
Depois de ter-se apresentado assim, e ao seu
tema, Paulo explica por que lhes está escrevendo agora. As notícias que
recebera acerca da elevada e renomada qualidade da fé que possuem provoca
profunda ação de graças da parte de Paulo, e ele lhes assegura que estão sempre
presentes em suas orações. As igrejas pelas quais ele tinha primordial
responsabilidade - as que ele mesmo tinha fundado - faziam fortes e contínuos
apelos a seu tempo e a seu pensamento, mas ele podia lembrar-se Perante DEUS de
outras igrejas também, e não menos da igreja da capital. Fala de seu velho
desejo e de sua oração pela oportunidade de visitar os cristãos romanos. E
agora, após empecilhos, parecia que sua oração estava para ser atendida. Ele
espera não somente transmitir uma bênção dos cristãos de Roma, como também
receber uma graça à sua comunhão com eles. E embora não tenha a intenção de
firmar sua autoridade apostólica em Roma, visa a pregar o Evangelho ali e a
chegar à conversão de algumas pessoas de Roma, como no restante do
mundo gentílico. A pregação do Evangelho está no sangue dele, e não pode
refreá-Ia. Ele nunca está "de folga", mas está constantemente em
serviço, procurando aliviar um pouco o débito que tem para com a humanidade
toda , débito que jamais saldará plenamente enquanto viver.
8. Dou graças a meu DEUS mediante JESUS
CRISTO.
Assim como é
por intermédio de CRISTO que a graça de DEUS é comunicada aos homens (versículo
5), também é por intermédio de CRISTO que a gratidão dos homens é comunicada a
DEUS. A obra mediadora de CRISTO é exercida tanto para com DEUS como para com o
homem.
Em todo o mundo
é divulgada a vossa fé. Ver 1
Tessalonicenses 1:8:
“por toda a
parte se divulgou a vossa fé para com DEUS". Em ambas as passagens, Paulo
pensa mais particularmente em todos os lugares onde o cristianismo fora
estabelecido.
10. A quem
sirvo em meu ESPÍRITO - ou
"com o meu ESPÍRITO". NEB: a quem ofereço o humilde serviço do meu
ESPÍRITO".
Incessantemente faço menção
de vós, em todas as minhas orações.
ver Ef 1:16;
Fp 1:3s.; Cl 1:3; 1 Ts 1:2; 2 Tm 1:3; Fm 4.) Era de esperar que Paulo orasse
metodicamente pelos que se converteram por seu trabalho. Mas esta passagem
evidencia que suas orações ultrapassavam o círculo imediato de suas relações
pessoais e de sua responsabilidade apostólica.
Nalgum tempo (e "muitas vezes", versículo 13).
Dessas ocasiões prévias em que Paulo tinha esperado ou planejado visitar Roma
não temos nenhuma informação específica.
11-. Para que entre vós, reciprocamente nos
confortemos.
(RSV:
"nos encorajemos"). Isto corrige qualquer impressão dada no versículo
11 de que ele seria o benfeitor e eles os beneficiários. Paulo espera tanto
receber como dar ajuda durante sua planejada visita a Roma.
13. Não quero, irmãos, que ignoreis.
É uma das expressões
favoritas de Paulo, e significa: "Quero que saibais". (Ver 11:25; 1
Co 10:1: 12:1; 2 Co 1:8; 1 Ts 4:13).
No que tenho
sido até agora impedido. Comparar
com 2. Tessalonicenses 2:7.
14. Tanto a gregos como a bárbaros.
Para os
gregos, todos os que não eram gregos eram "bárbaros"! barai, palavra
que provavelmente arremedava o som ininteligível da éguas estrangeiras).
15. Em Roma.
Romanos 16
3- Saudai a Priscila e a Áquila, meus
cooperadores em CRISTO JESUS,
4- os quais pela minha vida expuseram a
sua cabeça; o que não sou eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos
gentios.
5- Saudai também a igreja que está em
sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia em CRISTO.
6- Saudai a Maria, que trabalhou muito
por nós.
7- Saudai a Andrônico e a Júnia, meus
parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os
apóstolos e que foram antes de mim em CRISTO.
16- Saudai-vos uns aos outros com SANTO
ósculo. As igrejas de CRISTO vos saúdam.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
No dia de Pentecostes,
quando os primeiros discípulos foram batizados no ESPÍRITO SANTO, a cidade de
Jerusalém achava-se repleta de judeus e prosélitos romanos, que testemunharam a
gloriosa manifestação do poder de DEUS (At 2.10). Neste dia memorável,
militares e funcionários do governo romano, destacados na Palestina, foram
salvos pelo Senhor, e ao retornarem à sua cidade, levavam a poderosa mensagem
evangelho (At 10.1,13-18;2.10,41;4.4;5.14).
A igreja de Roma , por
conseguinte, já existia quando Paulo escreveu esta carta (At 28.14,15).
Naquela igreja, surgiram
dificuldades e dúvidas de natureza doutrinária. Alguns membros de origem
gentílica abusavam da liberdade cristã com procedimentos que ofendiam os irmãos
de origem judaica. A Epístola aos Romanos, a mais importante carta de Paulo, é
a maior exposição da doutrina da salvação em toda a Bíblia. Pois responde a
milenar pergunta: "Como pode o homem ser justo diante de DEUS?" (Jó
9.2). Através desta epístola, o leitor é impelido a buscar e a conhecer qual
seja a boa, perfeita e agradável vontade de DEUS para sua vida (Rm 12.2).
I. A RAZÃO DA CARTA
Época
da Produção da Epístola
Paulo passou os dez anos que vão de 47 a 57
A. D. realizando intensa evangelização dos territórios que margeiam o Mar Egeu.
Durante aqueles anos, concentrou-se sucessivamente nas províncias romanas da
Galácia, da Macedônia, da Acaia e da Ásia. O Evangelho fora pregado e igrejas
tinham sido fundadas ao longo das principais estradas dessas províncias e em
suas cidades principais. Paulo recebeu com justa seriedade a responsabilidade
que lhe foi dada como apóstolo de CRISTO entre os gentios. Bem podia contemplar
com grato louvor não (como ele teria dito) o que ele fizera, mas o que CRISTO
havia feito juntamente com ele. O seu primeiro e grande plano de campanha
estava agora realizado. Pôde deixar as igrejas que tinha estabelecido em
Icônio, Filipos, Tessalônica, Corinto, Éfeso, e em muitas outras cidades daquelas
quatro províncias, aos cuidados dos seus líderes espirituais, ou presbíteros,
sob a soberana direção do ESPÍRITO SANTO.
Mas a missão de Paulo não estava de forma
alguma terminada Durante o inverno de 56-57 A. D., que ele passou em Corinto,
na casa de Gaio seu amigo que se convertera, ficou ansioso (com alguma
apreensão, para fazer uma visita a Jerusalém no futuro imediato - pois tinha de
cuidar da entrega de uma oferta em dinheiro aos presbíteros da igreja de lá,
por cuja arrecadação estivera trabalhando alguns anos entre os gentios
convertidos pelo seu intermédio. Esperava que essa oferta fortalecesse os laços
entre a igreja-mãe, na Judéia, e as igrejas gentílicas. Mas quando se consumou
essa transação, Paulo ficou ansioso para lançar um plano que vinha tomando
forma em sua mente nos últimos anos. Concluída sua missão nas terras banhadas
pelo Mar Egeu, tinha de localizar novos campos a conquistar para CRISTO. Ao
fazer a escolha de uma nova esfera de atividade, resolveu fazer-se pioneiro.
Não se estabeleceria como apóstolo radicado num lugar já alcançado pelo
Evangelho. Não iria "edificar sobre fundamento alheio" (Rm 15:20).
Sua escolha recaiu na Espanha, a mais antiga colônia romana no Ocidente e o
principal baluarte da civilização romana naquelas partes.
Mas a excursão à Espanha lhe daria a
oportunidade de satisfazer uma velha ambição - a ambição de ver Roma. Embora
cidadão romano por direito de nascimento, nunca tinha visto a cidade da qual
era cidadão. Quão esplêndido seria visitar Roma e passar algum tempo lá!
Seria deveras esplêndido porque havia uma
florescente igreja em Roma, e muitos cristãos que Paulo tinha encontrado aqui e
ali em suas viagens, residiam agora em Roma e eram membros daquela Igreja. O
próprio fato de que o Evangelho tinha chegado a Roma bem antes de Paulo,
excluía Roma como lugar onde ele poderia estabelecer-se para fazer
evangelização pioneira. Mas sabia que continuaria sua viagem para a Espanha com
muito mais gosto se pudesse primeiro renovar seu ESPÍRITO com algumas semanas
de companheirismo com os cristãos de Roma.
Portanto, durante os primeiros dias do ano 57
A. D., ele ditou a seu amigo Tércio - cristão posto às suas ordens talvez por
seu hospedeiro Gaio, para servir-lhe de secretário - uma carta destinada aos
cristãos romanos. Esta carta visava prepará-los para a sua visita à cidade e
explicar a finalidade da mesma. E julgou de bom alvitre, ao escrevê-la,
oferecer-lhes uma completa exposição do Evangelho como ele o compreendia e o
proclamava. .
O que motivou o apóstolo a escrever à
igreja em Roma foi a exposição do Evangelho de CRISTO. O tema da justificação
pela fé predomina nos primeiros cinco capítulos.
|
Paulo estava no final de sua terceira
viagem missionária, plantando igreja nos grandes centros orientais do Império
Romano: Éfeso, Corinto, Flipos etc, onde a Palavra do senhor prospera
significativamente (At 19.11,20,26;Ap 1.4,11). O apóstolo já havia difundido
o evangelho a partir de Jerusalém até as atuais Iugoslávia e Albânia (Rm
15.19).
|
Como já vimos, o evangelho estava bem
difundido em Roma, onde o apóstolo menciona vários irmãos na fé (Rm 16.3-5).
Agora Paulo, o incansável e corajoso homem de DEUS, escreve aos crentes de
Roma, manifestando o seu propósito de estar com eles (Rm 1.13,15;At 19.21).
|
II. O INÍCIO DA IGREJA EM ROMA
A igreja em Roma era muito
expressiva. por ocasião da epístola, já se estendera até Putéoli, o principal
porto de Roma,numa distância de 200 quilômetros (At 28.13,14).
Os termos em que Paulo se dirige aos cristãos
de Roma esclarecem que a igreja daquela cidade não era de organização tão
recente. Mas quando tentamos determinar alguma coisa sobre a origem e a história
dos primeiros períodos do cristianismo romano, encontramos bem poucos dados
evidentes em que apoiar-nos. Temos de reconstruir a situação na medida do
possível, baseados em várias referências literárias e arqueológicas.
Conforme Atos 2: 10, a multidão de peregrinos
presentes em Jerusalém para a festa de Pentecoste do ano 30 A. D., e que ouviu
Pedro pregar o Evangelho, incluía "visitantes procedentes de Roma. tanto.
judeus como prosélitos" (RSV). Não temos informação sobre se alguns deles
estavam entre os três mil que creram na mensagem de Pedro e foram batizados.
Talvez seja significativo que aqueles visitantes romanos são o único grupo
europeu a receber menção expressa entre os peregrinos.
Em todo caso, todos os caminhos levavam a
Roma e, uma vez que o cristianismo estava firmemente estabelecido na Palestina
e nos territórios circunvizinhos, era inevitável que fosse levado para Roma.
Dentro de um ano ou dois, "no outono seguinte à crucifixão, é bem possível
que JESUS já recebesse honra na comunidade judaica de Roma como Aquele que
esteve em Damasco". O "pai" da igreja latina, do século quarto,
a quem chamamos Ambrosiastro, diz, no prefácio do seu comentário desta
epistola, que os romanos "tinham abraçado a fé em CRISTO, embora de acordo
com o rito judaico, sem ver nenhum sinal de obras poderosas e nenhum dos
apóstolos".
Evidentemente foram cristãos simples e comuns
os primeiros a levar o Evangelho a Roma e a implantá-lo ali - provavelmente no
seio da comunidade judaica da capital.
Já no segundo século a.C. existia uma
comunidade judaica em Roma. Seu número cresceu consideravelmente em
conseqüência da conquista da Judéia por Pompeu em 63 a.C.', e seu
"triunfo" em Roma dois anos mais tarde, quando muitos prisioneiros de
guerra judeus cooperaram com a sua marcha, e depois receberam a liberdade. Em
59 a.C., Cícero faz alusão ao tamanho e à influência da colônia judaica de
Roma. No ano 19 A. D., os judeus de Roma foram expulsos da cidade por um
decreto do imperador Tibério (ver p. 76), mas em poucos anos estavam de volta
em número maior do que nunca. Não muito depois disto, registra-se outra
expulsão em massa dos judeus de Roma, essa vez pelo imperador Cláudio (41-54 A.
D.). Essa expulsão é mencionada ligeiramente em Atos 18:2, onde se diz que
Paulo, ao chegar a Corinto (provavelmente no fim do verão do ano 50 A. D.),
"encontrou certo judeu chamado Áquila (...) recentemente chegado da
Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos
os judeus se retirassem de Roma". A data do édito de expulsão é incerta,
embora Orósio possa estar certo colocando-a no ano 49 A. D. Outras referências
aparecem na literatura antiga, sendo a mais interessante uma nota que há na
obra "Vida de Cláudio" , XXV, informando que o imperador
"expulsou de Roma os judeus porque estavam constantemente em rebelião, à
instigação de Cresto (impusare Chresta)' '. Dá para pensar que este Cresto era
um agitador judeu em Roma naquele tempo. Entretanto, o modo como Suetônio
introduz seu nome torna muito mais provável que a rebelião tenha sido uma
conseqüência da introdução do cristianismo na comunidade judaica da capital.
Escrevendo cerca de setenta anos mais tarde, Suetônio pode ter conhecido algum
registro contemporâneo da ordem de expulsão, registro que mencionava Cresto
como o líder de uma das partes envolvidas, e inferiu que ele estava realmente
em Roma naquela ocasião. Decerto sabia que Chrestus (uma variante da ortografia
gentílica de Christus) era o iniciador dos cristãos, aos quais descreve em
outras partes como "perniciosa e funesta classe de gente". Bem podia
parecer-lhe uma inferência muito razoável que Cresto tivesse tomado parte ativa
no incentivo àquelas rebeliões.
Parece que Áquila e Priscila já eram cristãos
antes de encontrarem Paulo. Provavelmente eram membros do grupo original de
crentes em JESUS residentes em Roma. Não sabemos onde ou quando eles ouviram o
Evangelho pela primeira vez. Paulo jamais dá a idéia de que eram seus filhos na
fé. Mas podemos estar certos de que o grupo original de crentes da cidade de Roma
consistia inteiramente de judeus cristãos, e que a ordem de expulsão emitida
por Cláudio acarretou a saída e a dispersão deles.
Contudo, os efeitos da ordem de expulsão
duraram pouco. Não muito tempo depois, a comunidade judaica florescia uma vez
mais em Roma, e o mesmo acontecia com a comunidade cristã. Menos de três anos
depois da morte de Cláudio, Paulo pôde escrever aos cristãos de Roma e falar da
fé que eles tinham como assunto que era do conhecimento universal. Bem pode ser
que o édito de expulsão tenha caducado com a morte de Cláudio (54 A. D.), se
não antes. Mas em 57 A. D., os cristãos de Roma incluíam gentios bem
como"judeus, conquanto Paulo faça lembrar aos cristãos gentílicos que a
base da comunidade é judaica, e que não a devem desprezar ainda que venham a
superá-la em número (11:18).
Na verdade, o lastro judaico do cristianismo
romano não foi esquecido logo. Ainda no tempo de Hipólito (falecido em 235 A.
D.), alguns traços das práticas religiosas cristãs em Roma proclamavam sua
origem judaica - origem que deve ser procurada no judaísmo sectário ou
dissidente, e não em suas correntes principais. Se as saudações que se acham em
16:3-16 se destinavam a Roma e não a Éfeso (ver pp. 215-224), então podemos
achar nelas alguma informação muito interessante a respeito dos membros da
igreja romana em 57 A. D. Estes eram presumivelmente cristãos que Paulo tinha
encontrado em outros lugares durante sua carreira apostólica e que nesse tempo
residiam em Roma. Estavam incluídos entre eles alguns que eram dos primeiros
cristãos da igreja primitiva, tais como Andrônico e Júnia (ou Júnias) que, como
diz Paulo, "estavam em CRISTO antes" dele próprio, e eram bem
conhecidos nos círculos apostólicos, se é que não eram de fato reconhecidos
como "apóstolos" (16:7). Ê razoável identificar o Rufo mencionado no
versículo 13 com o filho de Simão Cireneu mencionado em Marcos 15:21. Paulo
pode tê-lo conhecido, e à sua mãe, em Antioquia. Áqüila e Priscila, que tinham
sido compelidos a deixar Roma uns oito ou mais anos antes, estavam agora de
novo na capital, e sua casa era um dos locais de reunião dos membros da igreja
de lá (O fato de que a basílica - o estilo típico dos edifícios eclesiásticos
primitivos - preserva o contorno de uma casa particular romana, lembra-nos que
a casa-igreja era geralmente o lugar de reunião dos cristãos nos tempos
primitivos.) Com efeito, talvez o cristianismo já tivesse começado a exercer
algum impacto nas altas camadas da sociedade romana. Em 57 A. D., ano em que
Paulo escreveu sua Epístola aos Romanos, Pompônia Graecina, mulher de Aulo Pláutio
(que acrescentou a província da Bretanha ao Império Romano em 43 A. D.), foi
julgada e absolvida por um tribunal doméstico, da acusação de haver abraçado
uma "superstição estrangeira", que podia ter sido o cristianismo. Mas
aos olhos da maioria dos romanos que pouco sabiam do cristianismo, este era
simplesmente outra enfadonha superstição oriental, a espécie de coisa que o
satírico Juvenal tinha em mente sessenta anos mais tarde, quando se queixou do
modo como os esgotos do Orontes se descarregavam no Tibre. (Visto que
Antioquia, à margem do Orontes, era o lar do cristianismo gentílico, é provável
que Juvenal considerasse o cristianismo gentílico como um dos elementos
presentes naqueles esgotos.) Sete anos depois da produção desta epístola,
quando Roma foi devastada por enorme incêndio, e o imperador Nero procurou à
sua volta bodes expiatórios para os quais pudesse desviar a suspeita popular
(talvez injustamente) dirigida contra ele, encontrou-os perto e prontos. Os
cristãos de Roma eram impopulares. Eram vistos como "inimigos da raça
humana" e acusados de práticas criminosas como o incesto e o canibalismo.
Por isso, fizeram-se em grande número vítimas do ódio imperial. E é essa
perseguição movida por Nero que tradicionalmente compõe o cenário para o martírio
de Paulo e de Pedro.
Três anos após escrever esta carta, Paulo
afinal concretizou sua esperança de visitar Roma. E o fez de um modo que não
esperava ao escrevê-la. O receio quanto à acolhida que lhe dariam em Jerusalém
- receio que expressara em 15:31 - provou-se bem fundado. Poucos dias depois de
sua chegada ali, foi acusado perante as autoridades romanas da Judéia de ter
feito grave ofensa à santidade do templo. O processo arrastou-se
inconclusivamente, até que, por fim, Paulo se valeu dos seus direitos de
cidadão romano e apelou para que sua causa fosse transferida para Roma, para a
jurisdição direta do imperador. Foi, então, enviado para Roma. Depois de um
naufrágio, e após invernar em Malta, chegou a Roma no princípio do ano 60 A. D.
Quando estava sendo conduzido para o norte, pela Via Ápia, por um corpo militar
de mensageiros sob cuja custódia estava, os cristãos de Roma, ouvindo falar de
sua chegada, foram encontrá-lo em pontos situados a 50 ou 60 quilômetros do sul
da cidade e lhe deram algo assim como uma escolta triunfal para o resto da
viagem. Ver estes amigos foi uma fonte de grande estímulo para ele. Nos dois
anos seguintes, Paulo ficou em Roma, mantido sob guarda em seus alojamentos
particulares, com permissão para receber visitas e propagar o Evangelho no
centro vital do império.
O que sucedeu no fim desses dois anos é
objeto de conjetura. Não há plena certeza de que ele tenha chegado a cumprir o
seu plano de visitar a Espanha e de pregar o Evangelho ali. O que é mais
provável é que, não muitos anos mais tarde, tendo sido sentenciado à morte em
Roma, como líder dos cristãos, foi levado para fora da cidade, pela estrada que
vai ao porto marítimo de Ostia, e ali decapitado, no local até hoje assinalado
pela Igreja de San Paolo Fuori
Le Mura ("São Paulo Fora dos Muros").
Todavia, nas palavras de Tertuliano, ficou
provado que o sangue dos cristãos é semente. Só a perseguição e o martírio não
extinguiram o cristianismo em Roma. A igreja ali continuou a florescer com
crescente vigor e a contar com a estima dos cristãos do mundo inteiro como uma
igreja "digna de DEUS, digna de honra, digna de congratulações, digna de
louvor, digna de sucesso; digna em pureza, preeminente em amor, andando segundo
a lei de CRISTO e levando o nome do Pai".
1. A Comunidade
Judaica.
|
Havia judeus em Roma já no segundo século a.C.
Quando o imperador Pompeu, em 63 a.C., conquistou a Judéia, o número de
judeus em Roma aumentou consideravelmente . Mas, por um decreto do imperador
Tibério, os judeus de Roma foram expulsos da cidade, para logo em seguida
retornarem em maior número. em 49 d.C.
|
o imperador Cláudio decreta uma nova
expulsão de judeus da cidade - este fato é mencionado em At 18.2 - onde está
dito que em Corinto, Paulo conheceu um certo judeu chamado Áquila, que
havia recentemente chegado a Itália, com Priscila, sua esposa, por ter o
imperador decretado a expulsão dos judeus da cidade. Tudo indica que Áquila e
Priscila já eram cristãos antes do encontro com Paulo em Corinto. Talvez
fossem membros da primeira igreja cristã em Roma.
|
|
Na capital do Império Romano, desenvolveu-se, no
século primeiro, o maior centro judaico do mundo antigo.Havia 13 comunidades
e sinagogas com elevado número de membros.
|
Nações presentes - Dia Pentecostes
2. Judeus no dia de Pentecostes.
|
O Pentecostes era uma das sete
festas sagradas de Israel. Estas prefiguravam eventos futuros na história da
redenção efetuada por CRISTO. O novo Testamento confirma que elas eram
profecias tipológicas da salvação(Cl 2.16,17; Hb 10.1)
|
Nos dias do Novo Testamento,
judeus devotos, bem como gentios prosélitos de todas as partes do Império
romano, compareciam a Jerusalém para a celebração da festa de Pentecostes (At
2.1,10;20.16). É possível que alguns dos convertidos, quando da descida do
ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes, tenham levado, num trabalho pioneiro, o
evangelho de CRISTO a Roma (At 2.1,10,37-10). Assim como fez o homem etíope,
eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era
superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para
adoração,(At 8.27)
|
|
Sendo Roma a capital do império, havia um fluxo
constante de viajantes que se dirigiam de todas as partes para lá. O capítulo
16 de romanos demonstra que muitos cristãos daquela congregação eram procedentes
de outras regiões, especialmente da Ásia Menor.
|
|
Quando o Testemunho Cristão, repleto do poder do
ESPÍRITO SANTO, ressoou nas sinagogas em Roma, logo surgiram e
multiplicaram-se igrejas na região, como acontecera em Damasco, Antioquia,
Ásia Menor, Macedônia e Grécia. Multidões aceitaram a CRISTO, conforme relata
o evangelista Marcos: " E eles tendo partido, pregaram por toas as
partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a Palavra com sinais que
se seguiram. Amém" (Mc16.20).
|
III. A IGREJA EM ROMA NA ÉPOCA DA CARTA DE
PAULO
Paulo, ao escrever aos
romanos por volta do ano 57 d.C., destacou a fé daqueles crentes, tanto no
início da epístola como no seu final (1.12;16.19). Eles tinham muita fé, e esta
já era conhecida como todos (1.8).
Romanos e o Corpo Paulino
"Carta de Paulo aos Romanos - e a
Outros" é o título sugerido para esta epístola por T. W. Manson."
Pois há boas razões para crer que, em adição à cópia da carta levada a Roma,
foram feitas outras cópias mais, "enviadas a outras igrejas. Uma das
coisas que apontam para isso é a evidência textual do fim do capítulo 15 (ver
p", 27), que indica que havia em circulação na Antigüidade, uma edição da
carta à qual faltava o capítulo 16. Este capítulo, com suas saudações pessoais,
teria valor apenas para uma igreja. É possível que Paulo mesmo tenha sido o
responsável pelo despacho de cópias a várias igrejas - não somente porque o
conteúdo da maior parte da carta era de interesse e importância para os
cristãos em geral, mas também (quem sabe) porque sua apreensão acerca do que o
esperava em Jerusalém (ver 15:31) o moveu a deixar esta exposição do Evangelho
aos cuidados das igrejas gentílicas como uma espécie de "testamento".
O exemplar mandado para Roma certamente foi guardado como tesouro na igreja
daquela cidade, e sobreviveu à perseguição de 64 A. D.
Por volta do ano 96 A. D., Clemente
"secretário estrangeiro" da igreja romana, mostra-se bem
familiarizado com a Epístola aos Romanos. A linguagem desta reaparece
repetidamente como um eco na carta que Clemente enviou aquele ano, em nome da
igreja romana, à igreja de Corinto. A maneira pela qual repete a Linguagem de
Romanos dá idéia de que a sabia de cor. É possível que a epístola fosse lida
regularmente nas reuniões da igreja romana desde quando foi recebida. É preciso
aduzir que, embora Clemente esteja familiarizado com a linguagem da epístola,
não parece ter captado seu significado tão completamente como era de esperar.
Mas Clemente não está de modo algum sozinho quanto a isso entre os leitores
desta epístola!
Pela carta de Clemente se vê claramente que
por volta de 96 A. D. que algumas cartas de Paulo tinham começado a circular em
outros lugares além daqueles para onde foram inicialmente enviadas. Clemente,
por exemplo, conhece e cita 1 Coríntios. E não muitos anos depois, um anônimo
benfeitor de todas as eras subseqüentes transcreveu pelo menos dez cartas
paulinas num códice do qual foram feitos muitos exemplares para uso em muitas
partes do mundo cristão. Desde o começo do segundo século, as cartas de Paulo
circulavam como uma coleção - o corpus Paulinum - e não isoladamente. Os
escritores do segundo século tanto os ortodoxos como os heterodoxos - que se
referem às cartas paulinas, conheciam-nas na forma de um corpo de escritos.
Um desses escritores - da variedade
heterodoxa - foi Márcion, natural do Ponto, na Ásia Menor. Márcion foi para
Roma por volta do ano 140 A. D. e poucos anos mais tarde publicou um cânon da
Escritura Sagrada. O autor rejeitava a autoridade do Velho Testamento e sustentava
que Paulo fora o único apóstolo de JESUS que se mantivera fiel, sendo que os
demais haviam corrompido o ensino de CRISTO com misturas judaizantes. Seu cânon
refletia suas idéias peculiares. Consistia de duas partes - o Evangelion,
edição do Evangelho de Lucas que começava com as palavras: "No ano XV de
Tibério César, JESUS desceu a Cafarnaum" (ver Lc 3:1; 4:31); e o
Apostolikon, que abrangia dez das epístolas paulinas (excluídas as cartas a
Timóteo e a Tito).
Gálatas, objeto da predileção natural de
Márcion por causa de sua ênfase anti-judaizante, ocupava o primeiro lugar no
Apostolikon de Márcion. As outras epístolas vinham depois em ordem descendente,
segundo a extensão. As epístolas "duplas" (isto é, as duas aos
Coríntios e as duas aos Tessalonicenses) foram, para aquele fim, consideradas,
cada par, como uma única epístola. Assim, Romanos vinha depois de Coríntios. E
junto a cada uma das epístolas vinha um prefácio. O de Romanos diz o seguinte:
"Os romanos vivem na região da Itália. Já tinham sido visitados por falsos
apóstolos, sendo induzidos a reconhecerem a autoridade da Lei e dos Profetas,
com o pretexto do nome do Senhor JESUS CRISTO. O apóstolo, escrevendo-Ihes de
Atenas, os chama de volta à verdadeira fé característica do Evangelho".
Esta não é uma inferência que se poderia
deduzir naturalmente da argumentação de Paulo. Márcion, porém, assumia
pressuposições na abordagem das epístolas e as afirmava categoricamente. Onde
ele encontrava, nas epístolas, afirmações contrárias a essas pressuposições,
concluía que o texto apostólico fora adulterado por escribas judaizantes, e
fazia emendas para ajeitá-las ao seu modo de entender (ver pp. 26ss.). E a
influência do cânon -de Márcion foi tanta - chegando a ultrapassar os limites
dos seus seguidores - que muitos MSS "ortodoxos" das epístolas
paulinas contêm os prefácios marcionitas.
O mais antigo MS de epístolas paulinas que
chegou até nós, datado do fim do século segundo, contém o mais curto corpus
Paulinum, consistindo de dez epístolas, juntamente com a Epístola aos Hebreus.
Este MS (o papiro 46, um dos papiros bíblicos de Chester Beatty) provém do
Egito, e no Egito (diferentemente do que ocorria em Roma) Hebreus era
considerada epístola paulina já em 180 A. D. No P 46 (como lhe chamaremos daqui
por diante), Romanos vem em primeiro lugar.
Romanos ocupa o último lugar entre as
epístolas paulinas enviadas a igrejas noutro documento dos últimos anos do
segundo século - o "Cânon Muratori", uma lista de livros do Novo
Testamento reconhecidos em Roma. Esta lista credencia o corpus Paulinum mais
longo, de treze cartas, pois em seguida às cartas a igrejas, acrescenta as
enviadas a pessoas individualmente - não só Filemom, mas também Timóteo e Tito.
Na ordem em que finalmente se fixou, Romanos
tem lugar de honra entre as epístolas paulinas. Historicamente, isto se dá
evidentemente porque ela é a epístola mais comprida. Mas há uma validade
ingênita na concessão desta posição de primazia à epístola que, acima de todas
as outras, merece o título de "Evangelho Segundo Paulo".
1. Uma igreja heterogênea.
|
A lista de saudações de Paulo (no capítulo
16) evidencia que a igreja em Roma tinha um caráter heterogêneo,. Havia
judeus (convertidos), gentios e escravos. A menção de Paulo a seus
"parentes" pode referir-se a seus irmãos de raça - judeus, agora
convertidos a CRISTO (9.3,4). É bem provável que estes fossem cristãos que o
apóstolo conhecera em outros lugares durante suas extensas e prolongadas
viagens evangelísticas, pastorais e administrativas e que , na ocasião em que
escreveu a carta, residissem em Roma.
|
Áquila e Priscila, queridos irmãos , amigos e
colaboradores de Paulo, foram obrigados a deixar Roma anteriormente. Mas,
agora, estavam e volta, e sua casa era um dos locais de reunião da igreja
(era prática comum na igreja primitiva a reunião nas casas dos próprios
cristãos).
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2. Uma igreja respeitada.
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Os crentes de Roma eram fiéis e delicados
seguidores de CRISTO, segundo o evangelho (Rm1.8,12;6.17;7.4;15.14;16.19).
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Conforme se lê em Rm 15.24, Paulo, por ocasião da
epístola, contava com a assistência daqueles irmãos para a realização de uma
obra missionária na Espanha.
|
|
Em romanos 16.16, Paulo transmite uma saudação
das demais igrejas dirigida exclusivamente à igreja de Roma.
|
CONCLUSÃO
A igreja em Roma deixou
exemplos de santidade, fé e visão evangelística de homens e mulheres
capacitados para o SANTO serviço que, se seguido, fortalecerão a igreja atual.
É um padrão a ser fielmente observado por todos aqueles que oram e lutam pela a
expansão do Reino de DEUS.
Mensagem: A Justificação pela Fé, seu método e
Resultados
INTRODUÇÃO GERAL
AUTOR O
apóstolo Paulo.
A carta pode ser dividida em duas seções
principais:
TEMA PRINCIPAL
Parte I: O plano da salvação. A justificação
pela fé e a santificação através do ESPÍRITO SANTO.
Parte II: Exortações, principalmente acerca dos deveres cristãos.
Parte II: Exortações, principalmente acerca dos deveres cristãos.
UM PODEROSO ARGUMENTO: Na parte I, o apóstolo prova que todo ser
humano está rodeado de três muros insuperáveis.
Em meio ao seu argumento de que é terrível a
situação do homem natural, ele a acentua as portas da misericórdia divina
mediante a provisão do plano de salvação, através das quais todos os que
desejam podem escapar dos iminentes juízos de DEUS.
CADEIA
CHAVE: mostra a
corrente do pensamento, 1:16; 3:22,23,28; 4:3, 5:1,18; 9:31 32; 10:3,4,6,7,8,9.
SINOPSE
PARTE I. O
plano da salvação.
· (1) Sua necessidade, fundamentada na culpabilidade
universal da humanidade:
· (4) Suas bênçãos se tornam efetivas através
do amor de DEUS, que é manifestado no sacrifício da morte de CRISTO, vs. 5:1-11.
· (6) O dom gratuito não estimula a prática do
pecado, mas, pelo contrário, requer a crucificação da natureza corrupta do
homem e uma vida de serviço SANTO a DEUS, 6:1-23.
· (7) No capítulo sete, Paulo fala claramente
da luta com as tendências pecaminosas e os desejos da carne. Se ele se refere
às próprias experiências antes ou depois de sua conversão, é uma questão que
divide os eruditos da Bíblia. Todos, entretanto, concordam que o texto descreve
vividamente o que ocorre no coração humano, 7:7-24.
· (8) Temos, no capítulo oito, a descrição
culminante do plano da salvação. É uma nova vida espiritual de liberdade e
justiça por meio da fé em CRISTO. Este é um dos grandes capítulos espirituais
da Bíblia, no qual o ESPÍRITO SANTO é mencionado dezenove vezes.
· (10) O ministério da eleição divina e o trato
de DEUS com Israel.
o (d) Os profetas predisseram o fracasso dos
judeus em viver de acordo com seus privilégios; o chamado aos gentios e sua
aceitação do plano divino de justificação pela fé, 9:25-33.
· (11) A má interpretação que os judeus fizeram
do plano divino, resultou na sua justiça própria, 10:1-3.
· (14) Os gentios são advertidos a não
jactar-se de seus privilégios, e a cuidar-se para não cair em condenação, 11:13-22.
· (15) Profecia da restauração de Israel e a
declaração de que os mistérios dos caminhos de DEUS são insondáveis, 11:23-36.
PARTE II. Prática.
Contém principalmente exortações e instruções acerca dos deveres cristãos, caps. 12-16.
Cap. 12. Este
capítulo apresenta um dos melhores resumos dos deveres cristãos encontrados na
Escritura. Pode-se obter um estudo mais completo consultando os temas à margem
desse capítulo nesta Bíblia.
PENSAMENTOS FINAIS. Principalmente experiências pessoais e
saudações.
· (1) Razões para dar graças da parte dos
gentios, e a propagação do ministério do apóstolo entre eles, vs. 8-21.
A EPÍSTOLA
esta epístola foi escrita aos crentes em
Roma, no mês de fevereiro, A.D. 58, em Corinto, quando então, Paulo estava em
casa de Gaio, (16:23) um
crente rico daquela cidade. Paulo a ditou e Tertius a escreveu (16:22). A
epístola foi levada a Roma por uma viúva rica, chamada Febe, que ia para lá
para atender a negócios particulares (16:1,2).
AS OPINIÕES
Sempre considerou-se, esta, epístola, como a
obra-prima de Paulo, tanto do ponto de vista intelectual como do teológico,
tanto que, sempre foi tida em elevada consideração por grandes homens. Dizem
que Crisóstomo a lia uma vez por semana e que Coleridge a considerava "a
obra mais profunda, jamais escrita". - Calvino, a respeito desta carta,
disse: "Abriu-se
a porta a todos os tesouros das Escrituras." -
Lutero pronunciou-se desta forma: O
livro principal do Novo Testamento e o Evangelho mais puro" e, Melancton, afim de conhecê-la melhor e
melhor familiarizar-se com ela, copiou-a duas vezes com
sua própria mão. - Godet a descreveu como "A catedral da fé cristã".
O PROPÓSITO
Esta carta responde à pergunta dos séculos: "Como se justificará o homem com
DEUS?" (Jó 9:2).
Ninguém pode julgar-se justo se não se justificar com seu Criador. É ainda,
nesta carta que se revela e se expõe a maneira como DEUS justifica. Seus
versos-chave são 1:16 e 17.
Estes dois versos podem ser considerados como o texto, e o restante da carta
como sendo o sermão.
ANÁLISE
Divide-se em duas seções: Como um pregador
sábio, Paulo, expõe, em primeiro lugar a doutrina (1-11) e, em seguida faz a
aplicação (12-16). A primeira seção tem 9 divisões.
(A) DOUTRINA
· Após iniciar com a saudação, Paulo manifesta
o desejo de visitar Roma.
o para atender ao desejo ardente de sua alma
o ser uma bênção para os irmãos ali
o para solver uma dívida, indo ali pregar o Evangelho
· Ele afirma que este Evangelho revela o método
de DEUS, de conceder a justiça e justificar o pecador.
Estes são os textos básicos.
(2) A necessidade universal da
justificação pela Fé - 1:18 - 3:20
· Nesta seção se vê que toda a humanidade tem
necessidade da Graça justificadora de DEUS.
· Em primeiro lugar mostra como os gentios se
desviaram de DEUS e os resultados funestos que se seguiram. 1:18-32
A justificação pela Fé é somente para aqueles
cujas bocas foram fechadas
· Mas, esta doutrina não é completamente nova?
Não é uma nova idéia? Certamente que não.
· Abraão foi justificado pela fé.
· Até Davi descreveu a bem-aventurança do
estado do justificado.
Esta seção é muito importante.
Notar:
Na parte anterior somos dirigidos a obra de
CRISTO prar nós antes da obra do ESPÍRITO em nós.
Aqui se revela que a justificação pela Fé não
permite a continuação no pecado. Do contrário, morreremos para ele.
Para o "Homem velho" a versão do
século vinte dá o "Velho Eu".
Sem dúvida, temos aqui a experiência da
pessoa regenerada. Embora muitos despertados, mas não convertidos tenham
experiência igual. Aqui vemos a batalha, incessante, entre a velha natureza e a
nova.
Neste capítulo temos a Terra de promessa onde
mana leite e mel para todos a possuírem.
Que contraste deste capítulo com o anterior!
Este capítulo começa com "nenhuma
condenação há" e
termina afirmando que não há mais separação!
E Israel?
O capítulo 9 é dedicado à reivindicação da liberdade de
DEUS em orientar seus planos conforme sua onisciência.
No capítulo 10,
porque Israel foi rejeitado. No capítulo 11, se
revela que a rejeição de Israel foi parcial e não permanente. (B) PRÁTICA
1.
Embarque Navio Com Centurião Júlio; Junto Com Irmãos Aristarco E Lucas.
2.
Sidom Vê Amigos E Obtém Assistência
3.
Mirra, Na Lícia; Pegaram Navio P/Itália, Navegação Difícil E Penosa
4.
Bons Portos – Porto Ruim, Paulo Adverte Capitão Dos Perigos De Seguir Viagem,
Este Prefere Acreditar No Seu Piloto E No Seu Mestre De Navio; Vento
Assopra Brandamente E Engana A Todos E Partem.
5.
Tufão (Chamado Euro-Aquilão) Muito Vento E Chuva, Muitos Dias Sem Ver Sol E
Estrelas, Muitos Dias Sem Comer – Paulo Os Anima E Relembra De Seu Aviso E
Conta-Lhes De Sua Visão De Um Anjo Que Revelou A Salvação De Todas As Almas
Alí Durante O
6.
Naufrágio Do Navio Perto De Uma Ilha.
7.
14 Dias Sem Comer – Paulo Os Convida A Cear Evitando A Fuga De Alguns E
Lembrando-Lhes A Promessa De DEUS. Eram 276 Vidas A Bordo.
8.
Soldados Queriam Matar Passageiros, Mas Centurião Queria Salvar Vida De Paulo.
Nadaram Até Ilha.
9.
Malta – À Beira Da Fogueira – Serpente Morde Paulo Que A Sacode No Fogo, Nada
Lhe Acontece – Prncipal Da Ilha Públio – Seu Pai Doente De Desinteria E Febre,
Paulo Ora Por Ele E JESUS O Cura – Todos Os Doentes Vêm E Recebem Cura Também.
10.
Recomeça Viagem
11.
Siracusa Tres Dias
12.
Régio Um Dia
13.
Poteóli Sete Dias Junto Com Alguns Irmãos
14.
Roma : Praça De Ápio E Três Vendas Irmãos Vêm Ao Encontro De Paulo
15.
Em Roma Afinal Permitido Morar Em Uma Casa Alugada Por Sua Conta
16.
Convocação Dos Judeus, Pregação Em Sua Residência, Manhã Até À Tarde,
17.
Algumas Conversôes, Muitos Contradizentes, Paulo Decide Pregar Aos Gentios,
18.
Por Dois Anos Morou Ali Pregando O Evangelho.
19.
Parece Que Foi Preso, Depois Solto Indo Pregar Na Espanha, Depois Preso
Novamente – Escreveu Muito, Foi Abandonado Por Muitos, Criticado Por Todos –
Morreu Defendendo A Salvação Pela Fé Em JESUS CRISTO. ( Provavelmente
Degolado)
20.
Despedida Triunfante: Em Carta Á Timóteo Escreveu:
“Quanto A
Mim, Estou Sendo Já Oferecido Por Libação, E O Tempo Da Minha Partida É
Chegado.Combatí O Bom Combate, Completei A Carreira, Guardei A Fé. Já Agora A
Coroa De Justiça Me Está Guardada, A Qual O Senhor, Reto Juíz Me Dará Naquele
Dia; E Não Somente A Mim, Mas Também A Todos Quantos Amam A Sua Vinda.” 2 Tm
4.6-8
Conclusão:
*** Repare Que Paulo Pregava E Ensinava,
Depois Abria Um Local De Culto, Depois Colocava Alguém (Ancião - Obreiro ) Da
Própria Região Para Dirigir Aquela Nova Igreja E Depois Partia Para Outro Local
Para Abrir Uma Nova Igreja; Devemos Aprender Com A Bíblia A
Fazer Missões.
Paulo de Tarso - Principal Missionário e
Pregador do Evangelho durante a igreja primitiva
|
2 a.C.
|
Nasce em Tarso, na Cilícia (At.9:11; 21:39;
22:3). Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamin (Rm.11:1; Fp.3:5). Na
infância é levado à Jerusalém para sr instruído por Gamaliel (At.22:3)
|
-
|
Durante a juventude, estudou filosofia grega em
Tarso. Após ter trabalhado como fabricante de tendas, entra para o exército
romano????????
|
36
|
Lidera o exército romano ou sacerdotal do templo
na perseguição contra os cristãos?????????. Participa do Martírio de Estevão
e segue para Damasco.
|
37
|
Converte-se ao cristianismo quando ia à Damasco
para prender cristãos. Tem uma visão de JESUS e fica cego por alguns dias,
até que Ananias ora lhe impondo as mãos para curá-lo (Atos 9:1-19).
Posteriormente tem seu nome mudado de Saulo (grande) para Paulo (pequeno).
|
45-48
|
Inicia sua 1ª viagem missionária, pregando por
toda Ásia Menor.
|
49-52
|
Inicia sua 2ª viagem missionária. Funda
comunidades cristãs na Cilícia, na Galácia e na Grécia.
|
49 ou 52
|
Escreve a Epístola aos Gálatas.
|
51
|
Escreve as duas Epístolas aos Tessalonicenses.
|
53-58
|
Inicia sua 3ª Viagem Missionária.
|
55-57
|
Durante a 3ª Viagem Missionária, estabelece-se em
Éfeso. Combate a adoração a deusa Diana. É expulso da cidade por comerciantes
do templo de Diana.
|
57-58
|
Durante Os Primeiros Dias Do Ano 57 A. D., Ele
Ditou A Seu Amigo Tércio - Cristão Posto Às Suas Ordens Talvez Por Seu
Hospedeiro Gaio, Para Servir-Lhe De Secretário - Uma Carta Destinada Aos
Cristãos Romanos. Esta Carta Visava Prepará-Los Para A Sua Visita À Cidade E
Explicar A Finalidade Da Mesma. E Julgou De Bom Alvitre, Ao Escrevê-La,
Oferecer-Lhes Uma Completa Exposição Do Evangelho Como Ele O Compreendia E O
Proclamava. Depois Escreve a 1ª
Epístola aos Coríntios.
|
58
|
Prega na região da Macedônia, visita novamente
comunidades cristãs de Filipos e Corinto.
|
58
|
Escreve a 2ª Epístola aos Coríntios.
|
58
|
É preso em Jerusalém por estar pregando a
ressurreição de CRISTO. Sofre complô dos Fariseus e dos Saduceus, no templo
onde fazia votos, por conselho dos apóstolos.
|
58
|
É transferido de Cesaréia para a prisão em Roma.
|
58-59
|
Durante a viagem sofre um naufrágio no Mar
Mediterrâneo.
|
60
|
Já em Roma, escreve na prisão domiciliar as
Epístolas aos Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom.
|
64
|
Escreve a 1ª Epístola a Timóteo.
|
65
|
Escreve a Epístola a Tito.
|
67
|
Escreve a 2ª Epístola a Timóteo.
|
67
|
Possível liberdade temporária de Paulo (podendo
ter pregado na Espanha ou não), depois sua condenação à morte em Roma, seu
martírio.
|
Editora Vida Nova e Mundo Cristão - Livro
Romanos, Introdução e Comentários - Autor F.F.Bruce - Série Cultura Bíblica
2º Trimestre de 1998 - CPAD -
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus - Comentarista: Pr.
Esequias Soares da Silva
Lição 6: A eficácia da graça de
Deus - Data: 10 de Maio de 1998
TEXTO
ÁUREO
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo,
buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de
Deus” (Cl 3.1).
VERDADE
PRÁTICA
Não devemos abusar da infinita bondade de
Deus mediante a desculpa de que, quanto maior o pecado, maior será a graça
divina.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Ts 4.2-7 Nossa santificação é a
vontade de Deus
Terça — Ef 2.8-10 Praticamos as boas
obras porque somos salvos e não para sermos salvos
Quarta — 1Pe 1.14-16 Devemos viver em
santidade porque Deus é santo
Quinta — Gl 2.20 Estamos crucificados com
Cristo, pois vivemos para Ele
Sexta — Hb 12.14 Sem a santificação ninguém
verá a Deus
Sábado — 1Pe 2.11-16 Como deve ser a
conduta cristã na sociedade
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE -Romanos 6.1-14.
1 — Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que a graça seja mais abundante?
2 — De modo nenhum! Nós, que estamos
mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 — Ou não sabeis que todos quantos
fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 — De sorte que fomos sepultados com
ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela
glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 — Porque, se fomos plantados
juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua
ressurreição;
6 — sabendo isto: que o nosso velho
homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim
de que não sirvamos mais ao pecado.
7 — Porque aquele que está morto está
justificado do pecado.
8 — Ora, se já morremos com Cristo,
cremos que também com ele viveremos;
9 — sabendo que, havendo Cristo
ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.
10 — Pois, quanto a ter morrido, de uma
vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 — Assim também vós considerai-vos
como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
12 — Não reine, portanto, o pecado em
vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
13 — nem tampouco apresenteis os vossos
membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus,
como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de
justiça.
14 — Porque o pecado não terá domínio
sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
PONTO
DE CONTATO
Professor, grande é o seu privilégio de estar
junto a uma classe ensinando a Palavra de Deus. A palavra “educar” é derivada
do latim educare que significa “conduzir para fora”. Logo, podemos
afirmar que o seu trabalho como professor é conduzir para fora o potencial
inato do seu aluno. Esta definição de educação também revela-nos, de forma
implícita, que o professor não é exatamente quem ensina o educando, mas sim,
quem o orienta em sua aprendizagem. Portanto, ao trabalhar este tema, você o
levará a descobrir as bênçãos que Deus lhe reservou conduzindo-o a uma vida
vitoriosa.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar a função da fé na obra da
salvação em relação à lei.
Distinguir o viver pela graça de Deus do
abuso da liberdade em Cristo.
Resolver deixar as coisas do velho homem
e ser beneficiário das bênçãos advindas da nova vida em Cristo.
SÍNTESE TEXTUAL
No capítulo anterior o apóstolo discorre
sobre a justificação e a graça encontrada em Cristo Jesus. No capítulo estudado
nesta lição, o apóstolo continua o assunto falando agora da eficácia da graça
provida por Deus, através de Jesus Cristo. Expõe ao povo sobre a nulidade de
viver nos rudimentos da velha doutrina, e desafia-o a viver uma nova vida para
Deus, ofertando seus membros como instrumentos de justiça.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
O professor da Escola Bíblica Dominical
precisa ser sempre exemplo para seus alunos. Seja amigo, fiel, disciplinado,
ordeiro, grato, etc. Nesta lição o apóstolo concita-nos a vivermos para Deus
porque fomos salvos pela Sua graça. Então, a nossa atitude precisa ser de
gratidão por tudo o que Ele fez e faz.
Sugerimos ao professor que leia com a classe
o versículo 13 e pergunte quais são os membros, a que se refere este versículo
e que devem ser apresentados a Deus. Após discorrerem sobre o assunto,
pergunte-lhes como apresentar estes membros a Deus, e por que fazê-lo? Deixe
que cada um participe. Se, você professor, perceber que estão levando muito
tempo na condução do assunto, interfira com bastante carinho e tato para não os
desanimar. Inicie a lição nesse clima amistoso e interativo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Até aqui temos visto que o homem é
salvo pela graça de Deus, sem as obras da lei. O capítulo 6 de Romanos mostra
que a vida cristã requer santidade e um coração puro.
A graça não significa que o cristão esteja
isento de suas responsabilidades diante de Deus, da Igreja e da sociedade. Há
incompatibilidade entre o cristão e o pecado. Esse é o tema desta lição.
I.
CORRIGINDO UM MAL-ENTENDIDO
Depois de haver demonstrado que a salvação
dos gentios e judeus se dá unicamente pela fé, por meio de Jesus Cristo, agora
surge uma dificuldade gerada por uma interpretação errônea.
1. O duplo problema. Se a salvação é
pela fé, então cada um pode fazer o que quer e andar como quiser? Se a lei não
salva, temos algum compromisso com ela? A dificuldade era dupla, porque havia
os que se interessavam por essa interpretação distorcida (Jd v.4). Por outro
lado, os que entendiam o ensino paulino dessa forma o condenavam. Haja vista os
judeus (Rm 3.8). Mais adiante, o apóstolo defende-se dessa acusação (v.31).
2. A preocupação do apóstolo. A
preocupação de Paulo não era somente evitar o mal-entendido dos seus leitores,
mas também defender-se dos que o interpretavam de maneira errônea. O apóstolo
via nisso o risco de o Cristianismo cair no antinomianismo, que é libertinagem.
A preposição grega anti, significa “contra”, e o substantivo nomos,
“lei, norma”. A partir daí o apóstolo dos gentios faz uma exposição mostrando,
provando e justificando ser incompatível com o espírito do evangelho de Cristo
o crente viver em pecado.
3. A doutrina de Paulo. Convém lembrar
que a Epístola aos Romanos não é fruto do acaso, nem o apóstolo a ditou de
improviso conforme as ideias lhe iam surgindo (Rm 16.22).
Essa carta representa o que Paulo vivia. Ele
respirava essas coisas. São frutos de muitos anos de experiências com Deus. Ele
pregava essa doutrina em todas as igrejas (At 21.21). E, inspirado pelo
Espírito Santo, escreveu essas mesmas coisas aos romanos.
II. A
INCOMPATIBILIDADE DO CRISTÃO COM O PECADO
1. Origem das perguntas. As perguntas do
apóstolo nos versículos 1 e 2 são diretamente em decorrência dos versículos 20
e 21 do capítulo anterior: “... onde o pecado abundou, superabundou a graça”.
Paulo esclarece que isso não significa que
devamos pecar e continuar a pecar para recebermos mais graça. Essas perguntas
são o ponto de partida para esclarecer a necessidade de santificação dos
crentes, para que ninguém venha confundir a graça de Deus com abuso da
liberdade cristã.
2. Romanos 5.12-19. Nesse texto, o
apóstolo traça um paralelo entre Adão e Cristo, mostrando que toda a humanidade
está unificada em Adão e em Cristo.
Por causa da transgressão de Adão, todos os
homens tomaram-se pecadores, e por isso a morte passou a todos os homens. Mas
em virtude da justiça de Cristo, Deus coloca gratuitamente, pela fé em Jesus, a
salvação à disposição de toda a raça humana.
3. O paralelo exato. O apóstolo afirma
que, com a promulgação da lei, abundou o pecado. A condição humana piorou ao
invés de melhorar. Até que veio o Salvador e então “superabundou a graça”. No
v.21, Paulo apresenta um paralelo exato com relação à graça: “Para que, assim
como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida
eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor”.
4. O significado de Romanos 5.20. Isso
não significa que o cristão deve aprofundar-se no pecado esperando obter maior
graça. Mas, assim como o pecado reinou com domínio total sobre o homem, Deus
quis que sua graça dominasse, por meio da justiça de Cristo, produzindo vida
abundante, no povo salvo.
III.
MORTO PARA O PECADO
Morto para o pecado não significa que o
pecado, no cristão, tenha sido zerado. Isso seria perfeição absoluta. Vejamos o
que Paulo ensina a respeito.
1. “Morto para o pecado” (v.2). Essa
fraseologia era muito comum entre judeus, gregos e romanos. Para esses povos,
“morrer” para uma pessoa, ou coisa, significava separar-se totalmente, não ter
mais nada com a situação anterior.
Isso significa que o novo nascimento é o
divisor de águas entre o velho homem e a nova vida em Cristo. Não temos mais
nada com o mundo; agora vivemos para Cristo (Cl 3.3-5). Como pode alguém estar
morto para o pecado e, ao mesmo tempo, continuar a viver nele? Não é possível o
cristão viver do mesmo modo que vivia antes de conhecer Jesus.
2. O velho homem crucificado (v.6a). Não
confundir com Gálatas 5.24: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as
suas paixões e concupiscências”, pois, no v.6, o apóstolo fala de algo que já
nos aconteceu, enquanto que, em Gálatas, ele fala de algo que acontece com
todos os que são crucificados com Cristo. A primeira (v.6a) fala de morte
definitiva, legal — cravado, abolido legalmente —, e é algo passado; enquanto
que a segunda diz respeito à morte moral, que é contínua, repetitiva. Essa
morte espiritual do cristão, com respeito à santidade, é morte para o pecado; e
a de Gálatas 5.24 é a mortificação do “eu”.
3. Desfeito o corpo do pecado
(v.6b). Essa expressão, usada pelo apóstolo, denota a natureza pecaminosa
que se exterioriza por meio do corpo. O pecado foi abolido legalmente na morte
de Cristo, e com Ele, morremos (2Co 5.14). Diante disso não há como servir a um
tirano destronado nem obedecer a um sistema caído.
A palavra grega para “desfeito” tem o sentido
de “vencido, dominado” e não destruído. A expressão: “A fim de que não sirvamos
mais ao pecado”, assinala o propósito de tudo isso. Ou seja: devemos servir
unicamente a Cristo, que é o nosso Senhor.
4. A morte liberta o homem de suas obrigações
(v.7). “Porque aquele que está morto está justificado do pecado”. Não se
pode aplicar uma sentença a um morto. Por conseguinte, nosso compromisso com o
pecado se foi quando morremos com Cristo. Por isso, estamos libertos do reino
do pecado. “Justificado”, aqui, diz respeito à libertação do poder do pecado.
IV.
VIVO PARA CRISTO
1. A ilustração do batismo (vv.4,5). Paulo
ilustra essa situação na prática do batismo, pois os cristãos de então tinham
essa experiência (Mt 28.19; At 2.38). Era, portanto, fácil compreender a
ilustração do batismo. Essa passagem mostra, com muita clareza, que o batismo é
por imersão, como o próprio verbo grego baptizo sugere: “mergulhar,
imergir”, o oposto de aspergir.
2. Nossa identidade com Cristo
(vv.8-11). Leia mais uma vez os versículos 4 e 5, e veja a analogia que o
apóstolo faz. “Sepultados com ele pelo batismo na morte” significa que estamos
identificados com Cristo na sua morte. Da mesma maneira, fomos ressuscitados
com ele na sua ressurreição (vv.9,10). Diante disso, vem a conclusão:
“Considerai-vos como mortos para o pecado; mas vivos para Deus, em Cristo Jesus
nosso Senhor” (v.11).
3. Santificação (v.11). “Vivo para Deus”
significa viver em santidade. A santificação é um dos aspectos da salvação, bem
como a justificação e regeneração (1Co 6.11; Tt 3.5-7). O termo original
grego, hagiasmos, “santificação”, significa “separar do mundo, apartar-se
do pecado, consagrar”.
4. Agora devemos dominar o pecado
(vv.12-14). A salvação pela graça traz como resultado a santificação (1Co
6.11). “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal” (v.12), implica
viver em retidão moral, de maneira irrepreensível e inculpável no meio de uma
geração perversa e corrompida (Fp 2.15; Cl 1.22; 1Ts 2.10).
CONCLUSÃO
Ainda hoje há quem interprete erroneamente a
doutrina bíblica “pela graça e pela fé somente” da sola gracia, sola
fide. Essa doutrina, porém, mostra que não somos servos da lei, mas servos
voluntários de Cristo.
Somos livres do pecado para servir à justiça
de Deus (Rm 6.18). A salvação pela graça não nos exime de compromissos com
Deus, com a Palavra e com a Igreja. Devemos ter muito cuidado, pois o abuso da
liberdade cristã leva o cristão à libertinagem.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Doutrinário
“No AT Deus revelou-se como o Deus da graça e
misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque esse merecesse,
mas por causa da fidelidade de Deus à sua promessa feita a Abraão, Isaque e
Jacó. Os escritores bíblicos dão prosseguimento ao tema da graça como sendo a
presença e o amor de Deus em Cristo Jesus, transmitidos aos crentes pelo
Espírito Santo, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para
fazer a vontade de Deus (Jo 3.16; 1Co 15.10; Fp 2.13; 1Tm 1.15.16). Toda
atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta graça
divina.
(1) Deus concede uma medida da sua graça como
dádiva aos incrédulos (1Co 1.4; 15.10). a fim de poderem crer no Senhor Jesus
Cristo (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.4).
(2) Deus concede graça ao crente para que
seja ‘liberto do pecado’ (Rm 6.20,22), para que nele opere ‘tanto o querer como
o efetuar, segundo a sua boa vontade’ (Fp 2.13; cf. Tt 2.11,12), para orar (Zc
12.10), para crescer em Cristo (2Pe 3.18) e para testemunhar de Cristo (At
4.33; 11.23).
(3) Devemos diligentemente desejar e buscar a
graça de Deus (Hb 4.16). Alguns dos meios pelos quais o crente recebe a graça de
Deus são: estudar as Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos (Jo
15.1-11; 20.31; 2Tm 3.15), ouvir a proclamação do evangelho (Lc 24.47; At 1.8;
Rm 1.16; 1Co 1.17,18), orar (Hb4.16; Jd v.20), jejuar (cf. Mt 4.2; 6.16),
adorar a Cristo (Cl 3.16); estar continuamente cheio do Espírito Santo (cf. Ef
5.18) e participar da Ceia do Senhor (cf. At 2.42).
(4) A graça de Deus pode ser resistida (Hb
12.15), recebida em vão (2Co 6.1), apagada (1Ts 5.19), anulada (Gl 2.21) e
abandonada pelo crente (Gl 5.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD).
Subsídio
Teológico
“As palavras mais frequentemente usadas
no Antigo Testamento para transmitir a ideia de graça
são chanan (‘demonstrar favor’ ou ‘ser gracioso’) e suas formas
derivadas (especialmente chên) e chesedh (‘bondade fiel’ ou
‘amor infalível’). A primeira refere-se usualmente ao favor de livrar o seu
povo dos inimigos (2Rs 13.23; Sl 6.2,7) ou aos rogos pelo perdão de pecados (Sl
41.4; 51.1). Isaías revela que o Senhor anseia por ser gracioso com o seu povo
(Is 30.18). Mas a salvação pessoal não é o assunto de nenhum desses textos. O
substantivo chên aparece principalmente na frase ‘achar favor aos
olhos de alguém’ (dos homens: Gn 30.27; 1Sm 20.29; de Deus: Êx 34.9; 2Sm
15.25). Chesedh contém sempre um elemento de lealdade às alianças e
promessas, expresso espontaneamente em atos de misericórdia e amor. No Antigo
Testamento, a ênfase recai sobre o favor demonstrado ao povo da aliança, embora
as demais nações também estejam incluídas.
No Novo Testamento, a ‘graça’, como o dom
imerecido mediante o qual as pessoas são salvas, aparece primariamente nos
escritos de Paulo. E um ‘conceito central que expressa mais claramente seu modo
de entender o evento da salvação... demonstrando livre graça imerecida. O elemento
da liberdade.... é essencial’. Paulo enfatiza a ação de Deus, e não a sua
natureza. ‘Ele não fala do Deus gracioso; fala da graça concretizada na cruz de
Cristo’. Em Efésios 1.7, Paulo afirma: ‘Em quem temos a redenção pelo seu
sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça’, pois ‘pela
graça sois salvos’ (Ef 2.5,8)” (Teologia Sistemática. CPAD).
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